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Reino Unido diz que Rússia tenta criar confusão sobre caso Skripal

Representante britânica acusou a Rússia de desprezar as instituições internacionais que estão investigando o envenenamento do ex-espião russo

Representante britânica criticou o pedido russo se reunir com o Conselho de Segurança da ONU (Alexander Zemlianichenko/Reuters)

Representante britânica criticou o pedido russo se reunir com o Conselho de Segurança da ONU (Alexander Zemlianichenko/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de abril de 2018 às 15h31.

Nações Unidas - O Reino Unido acusou nesta quinta-feira a Rússia de tentar criar "confusão" em torno do envenenamento do ex-espião Serguei Skripal e sua filha Yulia com a convocação de uma nova reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o caso.

"Pedir uma reunião do Conselho de Segurança hoje é outro passo no padrão de confusão e desprezo pelas instituições internacionais que tristemente vimos recentemente por parte da Federação Russa", disse aos jornalistas a embaixadora britânica perante a ONU, Karen Pierce.

A diplomata se expressou assim horas antes de o principal órgão de decisão das Nações Unidas se reunir para analisar o caso, como já fez em março deste ano.

Pierce questionou as intenções da Rússia ao pedir este novo encontro, pois ainda está à espera dos resultados da investigação que está sendo feita pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) sobre a natureza da substância que envenenou os Skripal.

Ontem, o Governo russo tentou sem sucesso que a OPAQ lhe permitisse fazer parte da sua investigação.

Para a embaixadora britânica, Moscou estaria tratando agora de preparar o terreno para não aceitar os resultados desse organização independente.

"Nós não temos nada o que esconder. Esperamos o relatório (...) Nos perguntamos, o que temem os russos? ", apontou.

O Reino Unido acusa a Rússia de estar por trás do ataque de 4 de março em Salisbury (Inglaterra) contra o ex-espião, de 66 anos, a sua filha de 33.

"As investigações apontam incomodamente para os russos e pudemos determinar que a substância usada é um agente nervoso de grau militar, de um tipo tão horrível e complexo que só pode ter sido produzido por um Estado", lembrou hoje Pierce.

Em mensagem no Twitter, o embaixador adjunto da Rússia perante a ONU, Dmitry Polyanskiy, garantiu hoje que é muito provável que na reunião do Conselho de Segurança haja "um momento da verdade".

"Aqueles que divulgam mentiras sobre a suposta participação da Rússia no envenenamento de Salisbury devem entender que esse comportamento irresponsável tem um preço", afirmou.

Perguntada a respeito, Pierce disse que "há uma parte de mim que tem a tentação de dizer: 'antecipe-se'. Temos confiança na nossa postura, a deixamos muito clara. A fase seguinte é que a OPAQ nos dê os resultados de sua análise independente".

 

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