Regiões da Venezuela enfrentam 14 horas de corte de energia
No último blecaute, o governante Nicolás Maduro responsabilizou os Estados Unidos e à oposição venezuelana pela "sabotagem" no fornecimento de energia
EFE
Publicado em 30 de março de 2019 às 14h32.
Caracas — Um novo apagão acontece desde ontem à noite na Venezuela e já se prolonga por 14 horas em vários estados do país, sem que as autoridades tenham se pronunciado a respeito até o momento.
O corte de energia atingiu quase todo o país por volta das 19h de sexta-feira (horário local, 20h em Brasília), e atualmente se mantém em estados da região oeste, como Barinas, Trujillo e Zulia, conforme relatos de moradores ouvidos pela Agência Efe.
Em várias cidades, o serviço de energia apresentou falhas nas últimas horas, como aconteceu ontem à noite durante vários segundos antes do corte definitivo, que de acordo com a imprensa local afetou 21 dos 23 estados.
Por volta das 23h (meia-noite em Brasília), a prefeita de Libertador, Erika Farías, informou no Twitter que 90% do fornecimento de energia já tinha sido restabelecido na sua cidade, que abriga prédios dos três poderes e que é considerada um reduto do chavismo.
Já o governador de Miranda, Héctor Rodríguez, cuja postagem mais recente é das 22h de ontem (23h em Brasília) afirmou que essa região perto de Caracas tinha recuperado a luz em 60% do território.
O governador de Anzoátegui, no leste do país, Antonio Barreto, disse à Efe que seu estado ficou quase totalmente sem luz ontem à noite e que hoje o norte ainda não tinha voltado à normalidade.
Em Caracas, o metrô está inoperante, como no apagão do dia 7.
No último blecaute, o governante Nicolás Maduro responsabilizou os Estados Unidos e à oposição venezuelana pela "sabotagem" no fornecimento de energia. Ele afirmou que foram realizados ataques "eletromagnéticos" e "com fuzil de longa distância" contra o sistema elétrico.
A oposição venezuelana culpa o governo por erros no sistema, assegurando que a inaptidão e a má gestão dos milionários recursos destinados ao setor elétrico foram as causas reais do problema.