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Refugiados palestinos se manifestam contra decisão de Trump

O presidente americano transferir a embaixada americana para Jerusalém e declarar a cidade como capital de Israel

Palestina: "O governo americano tomou mais uma vez uma decisão a favor do usurpador" (Ali Hashisho/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 16h45.

Beirute - Refugiados palestinos no Líbano se manifestaram nesta quarta-feira em várias regiões do país contra o anúncios feitos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , de transferir a embaixada americana para Jerusalém e declarar a cidade como capital de Israel, informou a Agência Nacional de Notícias (ANN)

No campo de refugiados de Baas, na região de Tiro, cerca de 2.000 estudantes se mobilizaram para protestar contra as decisões, disse a agência.

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"O governo americano tomou mais uma vez uma decisão a favor do usurpador, mas isso não vai mudar a história e a identidade do Jerusalém, que é a capital do Estado palestino", disse o palestino Abdul Mayid Awad em discurso aos demais manifestantes.

"Trata-se de uma agressão direta contra a nação e o povo palestinos, que são capazes de fazer fracassar as decisões injustas. A decisão do governo Trump é contrária às resoluções da comunidade internacional e não poderá mudar a história", acrescentou.

Os refugiados palestinos se mobilizaram também no acampamento de Bedawi, onde se reuniram na frente do escritório do diretor da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA).

Outras manifestações similares aconteceram em Beirute e no campo de refugiados palestinos de Ein el Hilweh, o maior do Líbano e localizado nos arredores da cidade de Sidon.

Neste acampamento, o general Maher Chabaita, representando o movimento nacionalista Fatah, classificou a decisão do governo Trump como uma "violação do direito internacional".

"Reconhecer Jerusalém como a capital da ocupação desencadeará o fogo do inferno nesta região", advertiu.

Jerusalém Oriental, que os palestinos reivindicam como capital de seu desejado Estado, está sob controle de Israel desde a Guerra dos Seis Dias de 1967 e foi anexada em 1980 em uma decisão unilateral israelense que não foi reconhecida pela comunidade internacional.

Hoje nenhum país tem embaixada em Jerusalém, e a mudança da sede diplomática americana é outro reconhecimento da soberania israelense sobre toda a cidade.

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