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Rebelião em prisão de segurança máxima deixa 7 mortos nos EUA

O incidente, na Carolina do Sul, é um dos mais violentos das últimas décadas

EUA: a população carcerária americana atingiu um nível recorde, com cerca de 2,2 milhões de pessoas atrás das grades (Shannon Stapleton/Reuters)
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AFP

Publicado em 16 de abril de 2018 às 12h51.

Sete presos morreram e outros 17 ficaram feridos em uma rebelião ocorrida no domingo em um presídio de segurança máxima na Carolina do Sul, sudeste dos Estados Unidos, num dos incidentes mais violentos das últimas décadas.

A rebelião ocorreu na tarde de domingo na Lee Correctional Institution, da localidade de Bishopville, e foi controlada apenas durante a madrugada desta segunda-feira.

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"O incidente na Lee CI resultou em 17 detidos que requerem atenção médica externa e sete presos mortos", anunciou o departamento correcional estadual em sua conta de Twitter.

A situação saiu do controle às 19H15, com "várias brigas em três blocos", indicou o departamento, ressaltando que nenhum guarda ou policial foi ferido na violência.

O balanço de mortos e feridos, anunciado sucintamente no Twitter, ilustra a dureza do mundo carcerário americano, que é frequentemente criticado por sua falta de humanidade, levando muitos presos ao desespero.

A população carcerária nos Estados Unidos atingiu um nível recorde, com cerca de 2,2 milhões de pessoas atrás das grades, incluindo legiões de doentes mentais e pequenos delinquentes.

A prisão Lee de Bishopville abriga alguns dos condenados do sexo masculino mais perigosos da Carolina do Sul.

Universo carcerário violento

O centro penitenciário foi construído em 1993 com uma capacidade de quase 1.800 lugares, para condenados cumprindo sentenças muitas vezes longas.

Episódios de violência e rebeliões ocasionais são relativamente comuns.

No mês passado, os detentos neutralizaram um guarda e assumiram o controle de parte de um dormitório, segundo informou o canal local WACH Fox.

Um prisioneiro foi morto em uma briga em fevereiro, outro foi fatalmente ferido em novembro e um terceiro foi morto em julho passado durante uma luta.

Uma investigação foi aberta sobre os últimos incidentes na prisão de Lee, que registra um número de vítimas entre os mais pesados ​​em um quarto de século.

Em 1993, nove detentos e um agente penitenciário morreram em uma prisão de segurança máxima em Lucasville, Ohio.

Uma rebelião em uma prisão estadual do Novo México resultou na morte de 33 detentos em 1980 e cerca de 200 feridos.

Mas a revolta que mais marcou a história americana continua sendo a rebelião de Attica, uma penitenciária no nordeste dos Estados Unidos que abrigava em sua maioria prisioneiros negros e porto-riquenhos.

Esta rebelião eclodiu em 9 de setembro de 1971, antes de ser reprimida quatro dias depois, em uma sangrenta repressão.

Cerca de 1.300 detidos haviam assumido o controle dos edifícios da Attica, mantendo os guardas e funcionários como reféns.

O governador de Nova York, Nelson Rockefeller, decidiu enviar as tropas: Centenas de policiais e guardas nacionais abriram fogo contra os amotinados desarmados. Vinte e nove prisioneiros e dez reféns morreram e cem homens ficaram gravemente feridos.

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