Rebeldes se entregam junto com reféns no sul das Filipinas
Comandante de grupo rebelde outros sete membros responsáveis pelo ataque em Zamboanga, no sul das Filipinas, se entregaram às autoridades
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2013 às 08h41.
Manila - Um comandante da Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN) e outros sete membros do grupo rebelde responsável pelo ataque em Zamboanga, no sul das Filipinas , se entregaram às autoridades junto com cinco reféns, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
Três dos oito insurgentes que se renderam ontem à noite estavam feridos e foram transferidos para um posto militar para receber tratamento, segundo o jornal "The Star".
Os sete rebeldes e seu comandante, Salip Idjal, foram depois entregues ao diretor regional da polícia, Juanito Vao, enquanto os 5 reféns foram transferidos ao Grupo de Investigação Criminal e Detecção para assegurar que não eram insurgentes tentando se passar por civis sequestrados.
Os rebeldes se renderam depois que o Exército intensificou sua ofensiva em Zamboanga, onde ocorrem enfrentamentos constantes desde o dia 9 de setembro, quando o FMLN invadiu a cidade para declarar a independência da região.
Segundo a polícia, Idjal garantiu, após se entregar, que outros três comandantes e 200 membros do FMLN com "alguns" reféns continuam na região onde persistem os combates nos quais morreram ontem outros cinco rebeldes e um soldado do Exército filipino.
As últimas mortes elevaram para 110 o número de rebeldes mortos desde o início do conflito, no qual também morreram 13 soldados, mas as autoridades preveem que os números podem aumentar, já que o Exército continua bombardeando as posições do FMLN.
Cerca de 150 colégios de Zamboanga situados fora da zona de conflito reiniciaram ontem suas aulas depois de mais de duas semanas de inatividade.
O ataque dos insurgentes aconteceu um mês depois que o líder da facção do FMLN, Nur Misuari, exigiu a independência da região de Mindanao e denunciou que seu grupo tinha sido excluído das negociações entre o governo e a Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI).
Ao diálogo de paz também se opõem os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro, que ontem à noite se retiraram da cidade de Midsayap, também em Mindanao, que foi invadida na segunda-feira passada.
Neste ataque, no qual morreram quatro rebeldes, quatro soldados e dois civis, os insurgentes sequestraram cerca de 30 moradores, a maioria professores e agricultores, que foram libertados.
Os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro se formaram após uma cisão da Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI), que nasceu de outra divisão do FMLN e foi estabelecido formalmente em 1984.
Misuari fundou o FMLN em 1971 e esta foi a principal organização muçulmana a recorrer à luta armada nas Filipinas até a assinatura de um acordo de paz em 1996.
No entanto, cinco anos depois, o grupo renunciou o acordo e recorreu novamente às armas quando Misuari estava prestes a perder nas urnas seu cargo de governador da Região Autônoma do Mindanao Muçulmano.
O FMLI se encontra na fase final de suas negociações com o governo. Segundo analistas filipinos citados pelo site de notícias "Rappler", Misuari "está fazendo barulho" para boicotar as conversas entre o governo e o FMLI. EFE
Manila - Um comandante da Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN) e outros sete membros do grupo rebelde responsável pelo ataque em Zamboanga, no sul das Filipinas , se entregaram às autoridades junto com cinco reféns, informou nesta quarta-feira a imprensa local.
Três dos oito insurgentes que se renderam ontem à noite estavam feridos e foram transferidos para um posto militar para receber tratamento, segundo o jornal "The Star".
Os sete rebeldes e seu comandante, Salip Idjal, foram depois entregues ao diretor regional da polícia, Juanito Vao, enquanto os 5 reféns foram transferidos ao Grupo de Investigação Criminal e Detecção para assegurar que não eram insurgentes tentando se passar por civis sequestrados.
Os rebeldes se renderam depois que o Exército intensificou sua ofensiva em Zamboanga, onde ocorrem enfrentamentos constantes desde o dia 9 de setembro, quando o FMLN invadiu a cidade para declarar a independência da região.
Segundo a polícia, Idjal garantiu, após se entregar, que outros três comandantes e 200 membros do FMLN com "alguns" reféns continuam na região onde persistem os combates nos quais morreram ontem outros cinco rebeldes e um soldado do Exército filipino.
As últimas mortes elevaram para 110 o número de rebeldes mortos desde o início do conflito, no qual também morreram 13 soldados, mas as autoridades preveem que os números podem aumentar, já que o Exército continua bombardeando as posições do FMLN.
Cerca de 150 colégios de Zamboanga situados fora da zona de conflito reiniciaram ontem suas aulas depois de mais de duas semanas de inatividade.
O ataque dos insurgentes aconteceu um mês depois que o líder da facção do FMLN, Nur Misuari, exigiu a independência da região de Mindanao e denunciou que seu grupo tinha sido excluído das negociações entre o governo e a Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI).
Ao diálogo de paz também se opõem os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro, que ontem à noite se retiraram da cidade de Midsayap, também em Mindanao, que foi invadida na segunda-feira passada.
Neste ataque, no qual morreram quatro rebeldes, quatro soldados e dois civis, os insurgentes sequestraram cerca de 30 moradores, a maioria professores e agricultores, que foram libertados.
Os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro se formaram após uma cisão da Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI), que nasceu de outra divisão do FMLN e foi estabelecido formalmente em 1984.
Misuari fundou o FMLN em 1971 e esta foi a principal organização muçulmana a recorrer à luta armada nas Filipinas até a assinatura de um acordo de paz em 1996.
No entanto, cinco anos depois, o grupo renunciou o acordo e recorreu novamente às armas quando Misuari estava prestes a perder nas urnas seu cargo de governador da Região Autônoma do Mindanao Muçulmano.
O FMLI se encontra na fase final de suas negociações com o governo. Segundo analistas filipinos citados pelo site de notícias "Rappler", Misuari "está fazendo barulho" para boicotar as conversas entre o governo e o FMLI. EFE