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Rebeldes do Sudão do Sul denunciam bombardeios de Uganda

Rebeldes do Sudão do Sul afirmaram que o Exército de Uganda bombardeou várias posições em seu reduto no leste do país

Soldados do Sudão do Sul: quatro aviões das Forças Armadas de Uganda fizeram bombardeios, segundo porta-voz so Sudão do Sul (ADRIANE OHANESIAN/AFP/GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 13h38.

Adis Abeba - Os rebeldes do Sudão do Sul afirmaram nesta quinta-feira que o Exército de Uganda bombardeou várias posições em seu reduto do Estado de Jonglei, no leste do país.

Segundo disse aos jornalistas em Adis Adeba - onde o Governo sul-sudanês e os rebeldes negociam o fim das hostilidades - o porta-voz dos subordinados de Hussein Mar Nyuot, quatro aviões das Forças Armadas de Uganda bombardearam entre ontem e hoje locais de Pariak, Sudão Safari e Bor, capital de Jonglei.

Os bombardeios mataram um número indeterminado de civis, que se somam, assegura o porta-voz rebelde, às mortes ordenadas na zona pelo presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir.

A declaração de Nyuot acusa Uganda de se envolver na crise do Sudão do Sul "enquanto os países da Igad -Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad), bloco regional mediador da África Oriental no conflito sul-sudanês- buscam uma solução pacífica".

"Pedimos à Igad, à ONU, à União Africana (UA), à União Europeia (UE) e à comunidade regional e internacional que condene a bárbara atitude do Governo ugandense, que poderia colocar em perigo e minar os esforços da Igad em favor da paz", afirmou Nyuot.

Apesar disso, Nyuot descartou que os ataques ugandenses aos rebeldes levem ao colapso total das negociações, e responsabilizou Kir pela estagnação das conversas de paz de Adis-Abeba por sua recusa de libertar os presos pela tentativa golpista rebelde.

O dirigente rebelde minimizou a importância do último comunicado da Igad, divulgado ontem à noite e no qual assegura que o Governo sul-sudanês e os detidos "se comprometeram em negociações incondicionais a respeito"

"Os detidos falaram isso quando estavam na mira de pistolas e sob o controle de seus carcereiros, por isso que não disseram o que realmente queriam", acrescentou Nyuot, que se recusou a falar sobre a reação dos rebeldes se Kir não aceitar a libertação dos presos.

As negociações cara a cara entre as delegações de Governo e rebeldes começaram na segunda-feira em Adis-Abeba e estão impulsionadas pela Igad.

No entanto, as conversas de paz da capital etíope entre as duas partes encalharam pela negativa do Governo sul-sudanês a libertar os rebeldes presos.

A violência no Sudão do Sul explodiu em 15 de dezembro por uma tentativa de golpe de Estado perpetrado pelo ex-vice-presidente e hoje chefe rebelde Kier Mashar, segundo sustenta Salva Kiir, e desde esse dia faleceram milhares de pessoas no país.

Para tentar evitar que a crise derive em uma guerra civil, vários países africanos realizam esforços mediadores, e tanto EUA como a União Europeia (UE) enviaram seus representantes especiais à região.

O jovem país enfrenta o maior desafio desde seu nascimento em julho de 2011, após ficar independente do Sudão.

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Adis Abeba - Os rebeldes do Sudão do Sul afirmaram nesta quinta-feira que o Exército de Uganda bombardeou várias posições em seu reduto do Estado de Jonglei, no leste do país.

Segundo disse aos jornalistas em Adis Adeba - onde o Governo sul-sudanês e os rebeldes negociam o fim das hostilidades - o porta-voz dos subordinados de Hussein Mar Nyuot, quatro aviões das Forças Armadas de Uganda bombardearam entre ontem e hoje locais de Pariak, Sudão Safari e Bor, capital de Jonglei.

Os bombardeios mataram um número indeterminado de civis, que se somam, assegura o porta-voz rebelde, às mortes ordenadas na zona pelo presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir.

A declaração de Nyuot acusa Uganda de se envolver na crise do Sudão do Sul "enquanto os países da Igad -Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad), bloco regional mediador da África Oriental no conflito sul-sudanês- buscam uma solução pacífica".

"Pedimos à Igad, à ONU, à União Africana (UA), à União Europeia (UE) e à comunidade regional e internacional que condene a bárbara atitude do Governo ugandense, que poderia colocar em perigo e minar os esforços da Igad em favor da paz", afirmou Nyuot.

Apesar disso, Nyuot descartou que os ataques ugandenses aos rebeldes levem ao colapso total das negociações, e responsabilizou Kir pela estagnação das conversas de paz de Adis-Abeba por sua recusa de libertar os presos pela tentativa golpista rebelde.

O dirigente rebelde minimizou a importância do último comunicado da Igad, divulgado ontem à noite e no qual assegura que o Governo sul-sudanês e os detidos "se comprometeram em negociações incondicionais a respeito"

"Os detidos falaram isso quando estavam na mira de pistolas e sob o controle de seus carcereiros, por isso que não disseram o que realmente queriam", acrescentou Nyuot, que se recusou a falar sobre a reação dos rebeldes se Kir não aceitar a libertação dos presos.

As negociações cara a cara entre as delegações de Governo e rebeldes começaram na segunda-feira em Adis-Abeba e estão impulsionadas pela Igad.

No entanto, as conversas de paz da capital etíope entre as duas partes encalharam pela negativa do Governo sul-sudanês a libertar os rebeldes presos.

A violência no Sudão do Sul explodiu em 15 de dezembro por uma tentativa de golpe de Estado perpetrado pelo ex-vice-presidente e hoje chefe rebelde Kier Mashar, segundo sustenta Salva Kiir, e desde esse dia faleceram milhares de pessoas no país.

Para tentar evitar que a crise derive em uma guerra civil, vários países africanos realizam esforços mediadores, e tanto EUA como a União Europeia (UE) enviaram seus representantes especiais à região.

O jovem país enfrenta o maior desafio desde seu nascimento em julho de 2011, após ficar independente do Sudão.

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