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Quem são os suspeitos do ataque ao Charlie Hebdo

A polícia francesa divulgou fotos dos suspeitos do ataque contra o jornal Charlie Hebdo. Os irmãos Chérif e Said Kouachi ainda não foram encontrados

Cherif Kouachi (E) e seu irmão Said Kouachi. A dupla é suspeita de ter realizado o ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo (FRENCH POLICE/AFP)

Gabriela Ruic

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 10h31.

São Paulo – A polícia de Paris ( França ) divulgou fotos da dupla suspeita de ter realizado o violento ataque terrorista contra o jornal satírico Charlie Hebdo na última quarta-feira. Os irmãos Chérif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, ainda estão foragidos e foram descritos como “armados e perigosos”.

Nascidos na França em uma família argelina, os irmãos Kouachi ainda não tiveram os seus laços com organizações terroristas confirmados. Mas, segundo o jornal americano USA Today, eles passaram meses na Síria, um país que é palco de uma guerra civil entre rebeldes e tropas do governo e uma das principais regiões de atuação do grupo Estado Islâmico (EI). Teriam retornado para solo francês em meados de 2014.

Histórico

O caçula Chérif, conta a rede de notícias CNN, foi preso em 2005 e condenado a três anos de prisão em 2008 por ter participado de um grupo que recrutava jovens na França para batalha em conflitos no Iraque.

Criado nos subúrbios de Paris, Chérif teria se tornado um extremista por conta da influência de um radical islâmico chamado Farid Benyettou.

Recebeu treinamento de combate e aprendeu a manejar o fuzil Kalashnikov, arma usada no ataque ao Charlie Hebdo, com a ajuda de um homem que conheceu na mesquita de Benyettou.

No julgamento, contou que sua transformação em extremista foi motivada pelos abusos cometidos pelos Estados Unidos contra os muçulmanos na prisão de Abu Ghraib. Disse também ter ficado aliviado por ter sido preso antes que conseguisse embarcar para o Iraque.

“Se eu tivesse desistido, seria visto como um covarde.” Segundo o jornal The New York Times, as investigações realizadas na época não revelaram indícios de que Chérif poderia planejar um ataque na França.

Em 2010, foi novamente julgado por ligações com um grupo que planejava entrar em uma prisão para libertar o extremista argelino Smain Belkacem, preso desde 1995 por participação em atentado em uma estação de trem de Paris que deixou oito mortos e mais de 100 feridos.

Chérif era um velho conhecido das autoridades francesas. Já sobre seu irmão mais velho, Said, pouco se sabe. Ainda de acordo com a CNN, ele chegou a ser investigado por suposto envolvimento no plano de fuga de Belkacem, mas nenhuma forte evidência foi encontrada.

3º suspeito

Durante a madrugada, um terceiro suspeito, Hamyd Mourad, 18 anos, se entregou à polícia após ver seu nome citado nas investigações. Seu envolvimento direto nos ataques ainda não foi esclarecido, mas ele encontra-se em custódia.

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São Paulo – A polícia de Paris ( França ) divulgou fotos da dupla suspeita de ter realizado o violento ataque terrorista contra o jornal satírico Charlie Hebdo na última quarta-feira. Os irmãos Chérif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, ainda estão foragidos e foram descritos como “armados e perigosos”.

Nascidos na França em uma família argelina, os irmãos Kouachi ainda não tiveram os seus laços com organizações terroristas confirmados. Mas, segundo o jornal americano USA Today, eles passaram meses na Síria, um país que é palco de uma guerra civil entre rebeldes e tropas do governo e uma das principais regiões de atuação do grupo Estado Islâmico (EI). Teriam retornado para solo francês em meados de 2014.

Histórico

O caçula Chérif, conta a rede de notícias CNN, foi preso em 2005 e condenado a três anos de prisão em 2008 por ter participado de um grupo que recrutava jovens na França para batalha em conflitos no Iraque.

Criado nos subúrbios de Paris, Chérif teria se tornado um extremista por conta da influência de um radical islâmico chamado Farid Benyettou.

Recebeu treinamento de combate e aprendeu a manejar o fuzil Kalashnikov, arma usada no ataque ao Charlie Hebdo, com a ajuda de um homem que conheceu na mesquita de Benyettou.

No julgamento, contou que sua transformação em extremista foi motivada pelos abusos cometidos pelos Estados Unidos contra os muçulmanos na prisão de Abu Ghraib. Disse também ter ficado aliviado por ter sido preso antes que conseguisse embarcar para o Iraque.

“Se eu tivesse desistido, seria visto como um covarde.” Segundo o jornal The New York Times, as investigações realizadas na época não revelaram indícios de que Chérif poderia planejar um ataque na França.

Em 2010, foi novamente julgado por ligações com um grupo que planejava entrar em uma prisão para libertar o extremista argelino Smain Belkacem, preso desde 1995 por participação em atentado em uma estação de trem de Paris que deixou oito mortos e mais de 100 feridos.

Chérif era um velho conhecido das autoridades francesas. Já sobre seu irmão mais velho, Said, pouco se sabe. Ainda de acordo com a CNN, ele chegou a ser investigado por suposto envolvimento no plano de fuga de Belkacem, mas nenhuma forte evidência foi encontrada.

3º suspeito

Durante a madrugada, um terceiro suspeito, Hamyd Mourad, 18 anos, se entregou à polícia após ver seu nome citado nas investigações. Seu envolvimento direto nos ataques ainda não foi esclarecido, mas ele encontra-se em custódia.

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