Quem lincha criminosos é assassino, diz governo argentino
O secretário de Segurança da Argentina disse que os que fazem justiça com as próprias mãos são assassinos
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2014 às 13h14.
Buenos Aires - O secretário de Segurança da Argentina , Sergio Berni, afirmou nesta quarta-feira que os que fazem justiça com as próprias mãos são "assassinos", em referência aos reiterados casos de linchamento de supostos criminosos.
"Não são moradores, estamos em frente a assassinos", disse Berni em declaração à rádio "La Red", de Buenos Aires.
Segundo jornais locais, nos últimos dez dias foram registrados em todo o país 12 casos de espancamentos em vias públicas a supostos assaltantes e batedores de carteiras.
O caso mais grave aconteceu na semana passada na cidade de Rosário, onde um criminoso foi morto pelas agressões ferozes de um grupo de moradores depois de ter roubado a bolsa de uma mulher que caminhava com sua filha.
"Esses casos devem ser condenados com o rigor do código penal", afirmou o secretário de Segurança argentino.
Berni reconheceu, no entanto, que o povo às vezes "reage com certa saturação" porque muitos criminosos, assim que são detidos pela polícia, são libertados pela Justiça.
"Entendo que a sociedade tenha certo saturação da porta giratória da Justiça mas seria um despropósito usar uma arma letal para deter o ladrão de um celular", assinalou.
Os casos de linchamento geraram polêmica entre o governo e setores da oposição, que culpam o Executivo dizendo que o Estado está ausente das ruas e "obriga" os cidadãos a se defenderem como pode.
"Se há um setor da Justiça que não quer trabalhar e outro não tem ferramenta, não é um Estado ausente; em lugar de ter um discurso demagógico, é preciso dar ferramentas aos juízes para que resolvam os problemas diários dos cidadãos", opinou Berni.
Buenos Aires - O secretário de Segurança da Argentina , Sergio Berni, afirmou nesta quarta-feira que os que fazem justiça com as próprias mãos são "assassinos", em referência aos reiterados casos de linchamento de supostos criminosos.
"Não são moradores, estamos em frente a assassinos", disse Berni em declaração à rádio "La Red", de Buenos Aires.
Segundo jornais locais, nos últimos dez dias foram registrados em todo o país 12 casos de espancamentos em vias públicas a supostos assaltantes e batedores de carteiras.
O caso mais grave aconteceu na semana passada na cidade de Rosário, onde um criminoso foi morto pelas agressões ferozes de um grupo de moradores depois de ter roubado a bolsa de uma mulher que caminhava com sua filha.
"Esses casos devem ser condenados com o rigor do código penal", afirmou o secretário de Segurança argentino.
Berni reconheceu, no entanto, que o povo às vezes "reage com certa saturação" porque muitos criminosos, assim que são detidos pela polícia, são libertados pela Justiça.
"Entendo que a sociedade tenha certo saturação da porta giratória da Justiça mas seria um despropósito usar uma arma letal para deter o ladrão de um celular", assinalou.
Os casos de linchamento geraram polêmica entre o governo e setores da oposição, que culpam o Executivo dizendo que o Estado está ausente das ruas e "obriga" os cidadãos a se defenderem como pode.
"Se há um setor da Justiça que não quer trabalhar e outro não tem ferramenta, não é um Estado ausente; em lugar de ter um discurso demagógico, é preciso dar ferramentas aos juízes para que resolvam os problemas diários dos cidadãos", opinou Berni.