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Putin recebe Guterres para falar da Síria, Ucrânia e terrorismo

Guterres, que assumirá o cargo em 1º de janeiro, se reunirá também com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov

ONU: a Rússia espera ouvir de Guterres sua visão sobre o futuro da ONU e seus planos para aumentar a eficácia da organização (Denis Balibouse / Reuters)
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EFE

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 14h47.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, receberá na quinta-feira o secretário-geral eleito da ONU , António Guterres, com quem falará, entre outras coisas, da Síria, Ucrânia e da luta contra o terrorismo.

"Na agenda do encontro figuram o reforço do papel coordenador da ONU nos assuntos internacionais e o aumento da eficácia do trabalho da organização, em particular na luta contra o terrorismo", informou o Kremlin em comunicado.

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Além disso, Putin e Guterres abordarão também "a solução de crise como a Síria e Ucrânia".

Putin, que retornou em 2015 à ONU após dez anos de ausência para propor uma ampla frente internacional contra o terrorismo, sempre defendeu o papel central das Nações Unidas na solução de conflitos.

Recentemente, a Rússia rejeitou a proposta de eliminar o direito de veto no Conselho de Segurança em casos como os crimes de guerra na Síria, ao considerar que é um instrumento que garante "o equilíbrio de forças" e impede "a hegemonia de um só dos países".

Guterres, que assumirá o cargo em 1º de janeiro, se reunirá também com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, antigo embaixador perante Nações Unidas.

"Será dada prioridade à difícil situação mundial e à regulação das graves crises regionais, a mais importante das quais é a Síria", adiantou Gennady Gatilov, vice-ministro das Relações Exteriores russo.

A Rússia, que qualificou a escolha do português como possivelmente a melhor decisão do Conselho de Segurança nos últimos cinco anos, espera ouvir de Guterres sua visão sobre o futuro da ONU e seus planos para aumentar a eficácia da organização.

"Temos grandes esperanças que Guterres se comporte no cargo como um político maduro e capaz de levar em conta os interesses dos principais grupos e países-membros", afirmou.

Gatilov admitiu que essa "não é uma tarefa fácil", mas em isso radica precisamente o trabalho do secretário-geral, "em encontrar um denominador comum entre as posições dos diferentes países".

Lembrou que Guterres já tem experiência de gestão e demonstrou uma "postura equilibrada" em sua etapa à frente de organizações como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Embora apoiou abertamente para o cargo a búlgara Irina Bokova, diretora da Unesco, Rússia viu com bons olhos a eleição de Guterres à frente das Nações Unidas, que viajará na próxima semana à China, outro membro permanente do Conselho de Segurança.

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