Putin ordena saída de tropas russas da fronteira com Ucrânia
Anúncio da retirada das tropas russas da fronteira abre a esperança de um avanço nas relações entre Rússia e Ocidente.
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2014 às 11h27.
O presidente russo, Vladimir Putin , ordenou ao ministro da Defesa a retirada das tropas da fronteira com a Ucrânia , informou o Kremlin, poucos dias antes de uma reunião entre Putin e o presidente ucraniano que deve debater a frágil trégua na ex-república soviética.
"O chefe de Estado determinou ao ministro da Defesa que comece a transportar as tropas de volta para suas bases permanentes", anunciou o Kremlin.
A ordem envolve 17.600 soldados, que participaram em manobras militares na região de Rostov, na fronteira com a Ucrânia.
O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, recebeu a ordem depois de informar sobre o fim do treinamento de verão no distrito militar do sul, informou o Kremlin.
A Rússia enfrenta o isolamento internacional, com sua economia em crise, uma importante fuga de capitais e um rublo cada vez mais desvalorizado em consequência das sanções impostas pelo Ocidente, que acusa Moscou de armar os separatistas do leste da Ucrânia e de enviar tropas à região.
Moscou sempre negou a presença de seus soldados ao lado dos separatistas pró-Rússia. A Otan afirmou que quase 20.000 soldados russos estavam posicionados perto da fronteira ucraniana.
O anúncio da retirada das tropas russas da fronteira abre a esperança de um avanço nas relações entre Rússia e Ocidente.
O presidente ucraniano Petro Poroshenko anunciou no sábado que se reunirá na próxima sexta-feira com Putin durante a reunião ASEM (Diálogo Ásia-Europa), que acontecerá na cidade italiana de Milão com a presença de governantes da União Europeia e de vários países asiáticos.
"Não espero negociações simples", afirmou Poroshenko.
A chanceler alemã Angela Merkel, os primeiros-ministros italiano Matteo Renzi e britânico David Cameron, entre outros, também estarão presentes na reunião.
Putin e Poroshenko se reuniram pela última vez em agosto à margem de uma cúpula regional em Minsk, Belarus. Depois do encontro, Kiev anunciou um cessar-fogo que os rebeldes pró-Rússia não respeitaram.
Alguns membros da oposição russa consideraram o anúncio da retirada das tropas o reconhecimento do fracasso da política russa na Ucrânia.
"O projeto 'Nova Rússia' acabou", declarou o opositor e ex-vice-primeiro-ministro Boris Nemtsov, em referência à expressão usada por Putin após a anexação da Crimeia em março.
Para o analista ucraniano Taras Berezovets, a retirada das tropas russas significa que "Putin perdeu".
Washington advertiu novamente durante a semana para o risco de novas sanções se a Rússia não retirasse "imediatamente" as tropas do leste da Ucrânia.
Kiev afirmou no sábado que os combates entre o exército e os separatistas diminuíram de intensidade na região de Donetsk.
O presidente russo, Vladimir Putin , ordenou ao ministro da Defesa a retirada das tropas da fronteira com a Ucrânia , informou o Kremlin, poucos dias antes de uma reunião entre Putin e o presidente ucraniano que deve debater a frágil trégua na ex-república soviética.
"O chefe de Estado determinou ao ministro da Defesa que comece a transportar as tropas de volta para suas bases permanentes", anunciou o Kremlin.
A ordem envolve 17.600 soldados, que participaram em manobras militares na região de Rostov, na fronteira com a Ucrânia.
O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, recebeu a ordem depois de informar sobre o fim do treinamento de verão no distrito militar do sul, informou o Kremlin.
A Rússia enfrenta o isolamento internacional, com sua economia em crise, uma importante fuga de capitais e um rublo cada vez mais desvalorizado em consequência das sanções impostas pelo Ocidente, que acusa Moscou de armar os separatistas do leste da Ucrânia e de enviar tropas à região.
Moscou sempre negou a presença de seus soldados ao lado dos separatistas pró-Rússia. A Otan afirmou que quase 20.000 soldados russos estavam posicionados perto da fronteira ucraniana.
O anúncio da retirada das tropas russas da fronteira abre a esperança de um avanço nas relações entre Rússia e Ocidente.
O presidente ucraniano Petro Poroshenko anunciou no sábado que se reunirá na próxima sexta-feira com Putin durante a reunião ASEM (Diálogo Ásia-Europa), que acontecerá na cidade italiana de Milão com a presença de governantes da União Europeia e de vários países asiáticos.
"Não espero negociações simples", afirmou Poroshenko.
A chanceler alemã Angela Merkel, os primeiros-ministros italiano Matteo Renzi e britânico David Cameron, entre outros, também estarão presentes na reunião.
Putin e Poroshenko se reuniram pela última vez em agosto à margem de uma cúpula regional em Minsk, Belarus. Depois do encontro, Kiev anunciou um cessar-fogo que os rebeldes pró-Rússia não respeitaram.
Alguns membros da oposição russa consideraram o anúncio da retirada das tropas o reconhecimento do fracasso da política russa na Ucrânia.
"O projeto 'Nova Rússia' acabou", declarou o opositor e ex-vice-primeiro-ministro Boris Nemtsov, em referência à expressão usada por Putin após a anexação da Crimeia em março.
Para o analista ucraniano Taras Berezovets, a retirada das tropas russas significa que "Putin perdeu".
Washington advertiu novamente durante a semana para o risco de novas sanções se a Rússia não retirasse "imediatamente" as tropas do leste da Ucrânia.
Kiev afirmou no sábado que os combates entre o exército e os separatistas diminuíram de intensidade na região de Donetsk.