Putin diz que Ocidente usa sanções para enfraquecer a Rússia
Presidente afirmou que potências ocidentais "teriam inventado outra coisa para conter as oportunidades crescentes da Rússia"
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 08h51.
Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin , afirmou nesta quinta-feira que o Ocidente adotou sanções contra a Rússia para enfraquecer o país, usando como pretexto a crise na Ucrânia .
Ao mesmo tempo, Putin deixou claro no discurso anual do estado da nação, pronunciado no Kremlin diante das duas câmaras do Parlamento, que não tem nenhuma intenção de romper com a Europa ou os Estados Unidos.
"Cada vez que alguém acredita que a Rússia se tornou muito forte e independente, aplicam imediatamente este tipo de medidas", disse Putin em referência às sanções ocidentais.
Segundo ele, mesmo sem a anexação da península da Crimeia em março e o subsequente conflito no leste separatista pró-Rússia da Ucrânia, as potências ocidentais "teriam inventado outra coisa para conter as oportunidades crescentes da Rússia".
Putin advertiu que "esta maneira de proceder não data de ontem".
Apesar da situação, afirmou que tem nenhuma intenção de romper as relações com a Europa e os Estados Unidos.
"Não pensamos em nenhum caso em romper nossas relações com a Europa e os Estados Unidos. Mas, ao mesmo tempo, restabeleceremos e ampliaremos nossos vínculos tradicionais com o continente sul-americano, seguiremos cooperando com a África e com os países do Oriente Médio", afirmou.
Putin voltou a criticar o governo dos Estados Unidos, que "tenta influenciar, nos bastidores ou de forma direta, as relações com nossos vizinhos".
No mesmo discurso, Vladimir Putin pediu ao Banco Central e ao governo "ações contundentes" para acabar com a especulação com o rublo, que esta semana alcançou uma cotação mínima histórica.
"Pedi ao Banco da Rússia e ao governo que adotem medidas contundentes e coordenadas para dissuadir os chamados especuladores de negociar com as flutuações da moeda russa".
"O rublo não pode virar impunemente um objeto de especulação", insistiu Putin.
"As autoridades sabem quem são os especuladores. Temos os meios para enfrentar. É hora de utilizar estes meios", completou, sem revelar a identidade dos especuladores.
As sanções econômicas impostas pelas potências ocidentais a Moscou por seu papel na crise ucraniana e a queda do preço do petróleo provocaram um forte aumento da inflação e a desvalorização do rublo, que desde o início do ano perdeu 40% do valor em relação ao euro e 60% em relação ao dólar.
As autoridades russas anunciaram uma previsão de recessão para o país em 2015.
Ao mesmo tempo, o presidente russo propôs uma anistia para quem repatriar o dinheiro à Rússia.
As sanções econômicas ocidentais provocaram uma fuga de capitais que deve alcançar 125 bilhões de dólares.
Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin , afirmou nesta quinta-feira que o Ocidente adotou sanções contra a Rússia para enfraquecer o país, usando como pretexto a crise na Ucrânia .
Ao mesmo tempo, Putin deixou claro no discurso anual do estado da nação, pronunciado no Kremlin diante das duas câmaras do Parlamento, que não tem nenhuma intenção de romper com a Europa ou os Estados Unidos.
"Cada vez que alguém acredita que a Rússia se tornou muito forte e independente, aplicam imediatamente este tipo de medidas", disse Putin em referência às sanções ocidentais.
Segundo ele, mesmo sem a anexação da península da Crimeia em março e o subsequente conflito no leste separatista pró-Rússia da Ucrânia, as potências ocidentais "teriam inventado outra coisa para conter as oportunidades crescentes da Rússia".
Putin advertiu que "esta maneira de proceder não data de ontem".
Apesar da situação, afirmou que tem nenhuma intenção de romper as relações com a Europa e os Estados Unidos.
"Não pensamos em nenhum caso em romper nossas relações com a Europa e os Estados Unidos. Mas, ao mesmo tempo, restabeleceremos e ampliaremos nossos vínculos tradicionais com o continente sul-americano, seguiremos cooperando com a África e com os países do Oriente Médio", afirmou.
Putin voltou a criticar o governo dos Estados Unidos, que "tenta influenciar, nos bastidores ou de forma direta, as relações com nossos vizinhos".
No mesmo discurso, Vladimir Putin pediu ao Banco Central e ao governo "ações contundentes" para acabar com a especulação com o rublo, que esta semana alcançou uma cotação mínima histórica.
"Pedi ao Banco da Rússia e ao governo que adotem medidas contundentes e coordenadas para dissuadir os chamados especuladores de negociar com as flutuações da moeda russa".
"O rublo não pode virar impunemente um objeto de especulação", insistiu Putin.
"As autoridades sabem quem são os especuladores. Temos os meios para enfrentar. É hora de utilizar estes meios", completou, sem revelar a identidade dos especuladores.
As sanções econômicas impostas pelas potências ocidentais a Moscou por seu papel na crise ucraniana e a queda do preço do petróleo provocaram um forte aumento da inflação e a desvalorização do rublo, que desde o início do ano perdeu 40% do valor em relação ao euro e 60% em relação ao dólar.
As autoridades russas anunciaram uma previsão de recessão para o país em 2015.
Ao mesmo tempo, o presidente russo propôs uma anistia para quem repatriar o dinheiro à Rússia.
As sanções econômicas ocidentais provocaram uma fuga de capitais que deve alcançar 125 bilhões de dólares.