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Província síria tem 22 casos suspeitos de pólio, diz OMS

Maioria dos afetados no leste da província de Deir al-Zor com paralisia flácida aguda, um sintoma de doenças como a pólio, é formada por crianças de até 2 anos

Criança recebe vacina contra a poliomelite: campanhas de imunização também estão sendo planejadas para países vizinhos, onde poderá haver brechas na cobertura da vacinação (Parwiz/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 13h34.

Genebra - Ao menos 22 pessoas estão sob suspeita de terem contraído poliomielite na Síria, onde autoridades do setor de saúde tentam responder ao primeiro surto da doença viral paralisante em 14 anos no país, informou a Organização Mundial da Saúde ( OMS ) nesta quinta-feira.

A maioria dos afetados no leste da província de Deir al-Zor com paralisia flácida aguda, um sintoma de doenças como a pólio, é formada por crianças de até 2 anos de idade, disse o porta-voz da OMS Oliver Rosenbauer.

"A principal preocupação agora é lançar rapidamente uma resposta de imunização", disse Rosenbauer.

A OMS, uma agência da ONU, anunciou no sábado que dois casos suspeitos de pólio haviam sido detectados, na primeira constatação da doença na Síria desde 1999.

Testes iniciais para a pólio deram positivo em 2 dos 22 casos e, segundo Rosenbauer, os resultados finais de exames de laboratório, realizados em uma instituição de referência da OMS em Túnis, previstos para a semana que vem, "muito provavelmente" vão confirmar a presença do vírus.

Não há cura para a doença altamente infecciosa, que somente pode ser prevenida por meio da imunização, normalmente feita em três doses.

Mais de 100 mil crianças com menos de 5 anos estão sob o risco de contrair pólio na província de Deir al-Zor, disse o porta-voz. A maior parte do interior está em mãos da oposição, mas a cidade de Deir al-Zor ainda está parcialmente sob controle de forças do governo.


"A maior preocupação agora é lançar rapidamente uma resposta de imunização", afirmou Rosenbauer. Campanhas de vacinação estão sendo planejadas para toda a Síria em novembro, mas ainda está em discussão a logística em meio à guerra civil.

Com cerca de 4 mil refugiados sírios deixando o país diariamente, campanhas de imunização também estão sendo planejadas para países vizinhos, onde poderá haver brechas na cobertura da vacinação.

De acordo com Rosenbauer, provavelmente a maioria das 22 vítimas nunca tenha sido vacinada ou recebido uma única dose da vacina contra a poliomielite.

A pólio ataca o sistema nervoso e pode causar paralisia irreversível em questão de horas. É endêmica em apenas três países: Nigéria, Paquistão e Afeganistão, mas casos esporádicos ocorrem em outras nações.

Os casos de pólio em todo o mundo caíram de uma estimativa de 350 mil quando a campanha de vacinação começou, em 1988, para 223 relatados em 2012, de acordo com a OMS.

Até o momento, foram registrados este ano 296 casos do vírus selvagem da poliomielite no mundo, excluídos os 22 não confirmados na Síria.

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Genebra - Ao menos 22 pessoas estão sob suspeita de terem contraído poliomielite na Síria, onde autoridades do setor de saúde tentam responder ao primeiro surto da doença viral paralisante em 14 anos no país, informou a Organização Mundial da Saúde ( OMS ) nesta quinta-feira.

A maioria dos afetados no leste da província de Deir al-Zor com paralisia flácida aguda, um sintoma de doenças como a pólio, é formada por crianças de até 2 anos de idade, disse o porta-voz da OMS Oliver Rosenbauer.

"A principal preocupação agora é lançar rapidamente uma resposta de imunização", disse Rosenbauer.

A OMS, uma agência da ONU, anunciou no sábado que dois casos suspeitos de pólio haviam sido detectados, na primeira constatação da doença na Síria desde 1999.

Testes iniciais para a pólio deram positivo em 2 dos 22 casos e, segundo Rosenbauer, os resultados finais de exames de laboratório, realizados em uma instituição de referência da OMS em Túnis, previstos para a semana que vem, "muito provavelmente" vão confirmar a presença do vírus.

Não há cura para a doença altamente infecciosa, que somente pode ser prevenida por meio da imunização, normalmente feita em três doses.

Mais de 100 mil crianças com menos de 5 anos estão sob o risco de contrair pólio na província de Deir al-Zor, disse o porta-voz. A maior parte do interior está em mãos da oposição, mas a cidade de Deir al-Zor ainda está parcialmente sob controle de forças do governo.


"A maior preocupação agora é lançar rapidamente uma resposta de imunização", afirmou Rosenbauer. Campanhas de vacinação estão sendo planejadas para toda a Síria em novembro, mas ainda está em discussão a logística em meio à guerra civil.

Com cerca de 4 mil refugiados sírios deixando o país diariamente, campanhas de imunização também estão sendo planejadas para países vizinhos, onde poderá haver brechas na cobertura da vacinação.

De acordo com Rosenbauer, provavelmente a maioria das 22 vítimas nunca tenha sido vacinada ou recebido uma única dose da vacina contra a poliomielite.

A pólio ataca o sistema nervoso e pode causar paralisia irreversível em questão de horas. É endêmica em apenas três países: Nigéria, Paquistão e Afeganistão, mas casos esporádicos ocorrem em outras nações.

Os casos de pólio em todo o mundo caíram de uma estimativa de 350 mil quando a campanha de vacinação começou, em 1988, para 223 relatados em 2012, de acordo com a OMS.

Até o momento, foram registrados este ano 296 casos do vírus selvagem da poliomielite no mundo, excluídos os 22 não confirmados na Síria.

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