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Protestos dominam discussões de reunião da OSCE em Kiev

Protestos acontecem no país contra a decisão do governo de congelar um acordo que estreitaria os laços com a União Europeia

Manifestante na Ucrânia: milhares de ativistas mantiveram os protestos na praça central da capital, Kiev (Vasily Fedosenko/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 10h31.

Kiev, Ucrânia - Diplomatas ocidentais pediram às autoridades ucranianas nesta quinta-feira que respeitem os protestos que acontecem no país contra a decisão do governo de congelar um acordo que estreitaria os laços com a União Europeia .

Milhares de ativistas mantiveram os protestos na praça central da capital, Kiev, enquanto governo e integrantes do conselho ministerial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) iniciavam uma reunião em outro ponto da cidade. O encontro estava marcado muito antes de protestos terem dominado o país.

A secretária de Estado adjunta Victoria Nuland exigiu que as autoridades ucranianas analisem os protestos de forma construtiva. "Este é o momento da Ucrânia atender às aspirações de seu povo ou desapontá-lo", declarou Nuland durante a reunião. "Nós estamos com o povo da Ucrânia, que vê seu futuro na Europa", afirmou.

O ministro adjunto para Assuntos Europeus do Reino Unido, David Liddington, pediu às autoridades que respeitem o direito dos cidadãos de "se reunirem pacificamente". "Os olhos do mundo estão na Ucrânia hoje", disse ele.

O primeiro-ministro ucraniano Mykola Azarov tentou dar uma interpretação positiva sobre a situação tensa, dizendo que os protestos "são uma evolução completamente normal num país onde a democracia está se desenvolvendo". "Faremos o que pudermos para assegurar que este seja um protesto pacífico", declarou Azarov

Com o presidente Viktor Yanukovych na China, o governo não demonstrou sinais de ceder aos protestos. A polícia prometeu não usar a força, mas órgãos de segurança têm detido e investigado vários ativistas da oposição.

As manifestações tiveram início após a decisão de Yanukovych de desistir de um significativo tratado com a UE após forte pressão da Rússia. Os protestos também foram intensificados por causa da violenta repressão policial uma manifestação pequena e pacífica realizada no mês passado.

Os manifestantes exigem que o governo renuncie e que eleições antecipadas sejam convocadas. Azarov reprovou as manifestações, que ocuparam ou bloquearam prédios do governo, afirmando que elas contradizem os valores que seus participantes afirmam apoiar. "Este não é o caminho de avanço europeu", afirmou ele, a respeito da ocupação de edifícios governamentais.

O premiê afirmou também que a Ucrânia continua comprometida com o avanço da associação com a UE e caracterizou como uma simples pausa a decisão de Yanukovych de não assinar o acordo. "A breve suspensão que adotamos foi claramente decidida apenas por causa das dificuldades econômicas", disse ele.

A Ucrânia disse que não pode absorver as perdas comerciais com a Rússia que o país provavelmente sofreria se tivesse assinado o acordo com a UE no mês passado.

Já o ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, que falou imediatamente após Nuland na conferência, não mencionou os protestos ucranianos, que tiveram um forte elemento anti-Rússia. O presidente russo Vladimir Putin está determinado a trazer a Ucrânia, uma ex-república soviética, de volta a sua área de influência.

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Kiev, Ucrânia - Diplomatas ocidentais pediram às autoridades ucranianas nesta quinta-feira que respeitem os protestos que acontecem no país contra a decisão do governo de congelar um acordo que estreitaria os laços com a União Europeia .

Milhares de ativistas mantiveram os protestos na praça central da capital, Kiev, enquanto governo e integrantes do conselho ministerial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) iniciavam uma reunião em outro ponto da cidade. O encontro estava marcado muito antes de protestos terem dominado o país.

A secretária de Estado adjunta Victoria Nuland exigiu que as autoridades ucranianas analisem os protestos de forma construtiva. "Este é o momento da Ucrânia atender às aspirações de seu povo ou desapontá-lo", declarou Nuland durante a reunião. "Nós estamos com o povo da Ucrânia, que vê seu futuro na Europa", afirmou.

O ministro adjunto para Assuntos Europeus do Reino Unido, David Liddington, pediu às autoridades que respeitem o direito dos cidadãos de "se reunirem pacificamente". "Os olhos do mundo estão na Ucrânia hoje", disse ele.

O primeiro-ministro ucraniano Mykola Azarov tentou dar uma interpretação positiva sobre a situação tensa, dizendo que os protestos "são uma evolução completamente normal num país onde a democracia está se desenvolvendo". "Faremos o que pudermos para assegurar que este seja um protesto pacífico", declarou Azarov

Com o presidente Viktor Yanukovych na China, o governo não demonstrou sinais de ceder aos protestos. A polícia prometeu não usar a força, mas órgãos de segurança têm detido e investigado vários ativistas da oposição.

As manifestações tiveram início após a decisão de Yanukovych de desistir de um significativo tratado com a UE após forte pressão da Rússia. Os protestos também foram intensificados por causa da violenta repressão policial uma manifestação pequena e pacífica realizada no mês passado.

Os manifestantes exigem que o governo renuncie e que eleições antecipadas sejam convocadas. Azarov reprovou as manifestações, que ocuparam ou bloquearam prédios do governo, afirmando que elas contradizem os valores que seus participantes afirmam apoiar. "Este não é o caminho de avanço europeu", afirmou ele, a respeito da ocupação de edifícios governamentais.

O premiê afirmou também que a Ucrânia continua comprometida com o avanço da associação com a UE e caracterizou como uma simples pausa a decisão de Yanukovych de não assinar o acordo. "A breve suspensão que adotamos foi claramente decidida apenas por causa das dificuldades econômicas", disse ele.

A Ucrânia disse que não pode absorver as perdas comerciais com a Rússia que o país provavelmente sofreria se tivesse assinado o acordo com a UE no mês passado.

Já o ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, que falou imediatamente após Nuland na conferência, não mencionou os protestos ucranianos, que tiveram um forte elemento anti-Rússia. O presidente russo Vladimir Putin está determinado a trazer a Ucrânia, uma ex-república soviética, de volta a sua área de influência.

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