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Promotoria de Paris abre investigação vinculada ao caso Lagarde

Os promotores investigam sobre um eventual "abuso de poder social" contra um alto funcionário do governo subordinado a ministra francesa de Economia

A Justiça francesa decidirá em julho se abre uma investigação por abuso de autoridade contra Lagarde (Getty Images / Allison Shelley)
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h27.

Paris - A promotoria de Paris abriu neste mês uma investigação preliminar sobre um eventual "abuso de poder social" contra um alto funcionário do governo no caso que envolve a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, candidata ao posto de chefe do FMI, informaram fontes ligadas às investigações.

Esta investigação é separada do procedimento da Corte de Justiça da República (CJR, instância responsável por investigar as infrações cometidas por ministros em exercício), que em 8 de julho anunciará se abre uma investigação por abuso de autoridade contra Lagarde, atual candidata ao posto de número um do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A investigação preliminar aberta em meados de junho aponta contra as decisões adotadas por Jean François Rocchi, que presidia uma estrutura pública chamada CDR (Consórcio de Realizações), responsável por administrar os passivos do banco francês Credit Lyonnais.

O funcionário, que institucionalmente era subordinado a Lagarde, foi o encarregado por levar adiante o litígio arbitral entre o ex-empresário francês Bernard Tapie e o Estado francês pela venda do grupo Adidas em 1993.

Em julho de 2008, o Tribunal Arbitral condenou o CDR a pagar a Tapie 385 milhões de euros, sendo 45 milhões por "dano moral", menção que segundo o jornal Le Monde foi acrescentada por Rocchi.

A promotoria do Tribunal de Contas suspeita que o CDR "favoreceu os interesses de Bernard Tapie", segundo o Le Monde, que afirma ainda que o valor recebido pelo empresário alcança € 403 milhões.

Um alto magistrado afirmou que existem elementos suficientes que justificam a abertura de uma investigação contra Lagarde por "abuso de autoridade" e por ter recorrido à justiça privada quando o dinheiro público estava em jogo.

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A investigação preliminar aberta em meados de junho aponta contra as decisões adotadas por Jean François Rocchi, que presidia uma estrutura pública chamada CDR (Consórcio de Realizações), responsável por administrar os passivos do banco francês Credit Lyonnais.

O funcionário, que institucionalmente era subordinado a Lagarde, foi o encarregado por levar adiante o litígio arbitral entre o ex-empresário francês Bernard Tapie e o Estado francês pela venda do grupo Adidas em 1993.

Em julho de 2008, o Tribunal Arbitral condenou o CDR a pagar a Tapie 385 milhões de euros, sendo 45 milhões por "dano moral", menção que segundo o jornal Le Monde foi acrescentada por Rocchi.

A promotoria do Tribunal de Contas suspeita que o CDR "favoreceu os interesses de Bernard Tapie", segundo o Le Monde, que afirma ainda que o valor recebido pelo empresário alcança € 403 milhões.

Um alto magistrado afirmou que existem elementos suficientes que justificam a abertura de uma investigação contra Lagarde por "abuso de autoridade" e por ter recorrido à justiça privada quando o dinheiro público estava em jogo.

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