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Promotoria acusa Strauss-Kahn de 7 crimes sexuais

Diretor-gerente do FMi pode ser condenado a até 74 anos de prisão; promotor apresentou detalhes do suposto ataque

Dominique Strauss-Kahn negou as acusações e se declarou inocente (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 18h50.

Nova York - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), o francês Dominique Strauss-Kahn, foi acusado nesta segunda-feira de sete crimes de caráter sexual pelos quais, se for condenado, poderá ficar décadas na prisão.

Após escutar o relato acusatório apresentado pela promotoria de Manhattan, a juíza Melissa Jackson negou o pedido de liberdade sob fiança de US$ 1 milhão solicitada pelo advogado de defesa, Benjamin Braffman, e fixou a próxima audiência do caso para sexta-feira (20).

O promotor distrital de Manhattan, Cyrus Vance Jr, anunciou por sua vez que Strauss-Kahn, de 62 anos, foi acusado de tentativa de violação e de abuso sexual em primeiro grau contra uma imigrante africana, de 32 anos e que trabalha como camareira de um hotel nova-iorquino no qual teria ocorrido o ataque. A soma das penas máximas para as sete acusações apresentadas contra o dirigente do FMI é de 74 anos e três meses de prisão.

Strauss-Kahn foi detido no último sábado no aeroporto John F. Kennedy de Nova York quando já estava a bordo de um avião da Air France que o levaria a Paris, onde nesta segunda-feira participaria de uma reunião em Bruxelas com ministros da União Europeia (UE) sobre a possível reestruturação da dívida grega.

A promotoria de Manhattan informou que sobre o diretor-gerente do FMI pesam duas acusações de agressão sexual em primeiro grau, outra por tentativa de violação e outras quatro por abusos sexuais.

A detenção do político e economista socialista francês, casado com a jornalista franco-americana Anne Sinclair e pai de quatro filhos, chocou o mundo financeiro internacional e a política na França, onde se perfilava como possível candidato de seu partido às eleições presidenciais de 2012.

Por enquanto, a direção do FMI, com sede em Washington, ficou nas mãos do "número 2" da instituição, o economista americano John Lipsky, que nesta mesma segunda-feira reuniu o conselho executivo da instituição para analisar a situação.

Algemado e vestindo o mesmo traje com o qual foi visto durante o fim de semana após ser detido, o ex-ministro francês de Indústria e Economia se apresentou perante o tribunal nova-iorquino, onde se declarou "inocente".

Segundo a acusação apresentada pela promotoria de Manhattan, "Strauss-Kahn fechou a porta do quarto do hotel onde estava hospedado para evitar que sua vítima, uma camareira do estabelecimento, pudesse escapar".

"Ele tocou o seio da vítima sem seu consentimento e tentou tirar sua roupa íntima, além de ter agarrado sua região vaginal", disse o promotor, que relatou que Strauss-Kahn tentou por duas vezes forçar sexo oral com a vítima.

Ao apresentar as acusações contra o político francês, a promotoria nova-iorquina apresentou provas legistas contra ele e lembrou que o acusado tem uma investigação pendente por outro escândalo sexual no qual estaria envolvido.

Essa situação foi a que levou a juíza a não aceitar a liberdade sob fiança pedida pela defesa, pois considerou que haveria uma possibilidade de fuga do país, enquanto a promotoria destacou que Strauss-Kahn não tem imunidade diplomática.

Durante a audiência, o diretor-gerente do FMI, com a cabeça baixa, negou as acusações, enquanto seu advogado expressou "decepção" pela decisão da juíza e ressaltou que acreditava na inocência de seu cliente.

Strauss-Kahn, que se prontificou a participar de exames de corpo de delito, alegou que na hora em que teria ocorrido a agressão sexual almoçava com sua filha em um restaurante de Manhattan. Depois, teria entrado em um táxi para ir ao aeroporto, onde percebeu que havia esquecido um de seus telefones celulares no hotel, e por isso ligou para o estabelecimento para dizer que o motorista o pegaria.

Essa ligação permitiu à polícia nova-iorquina localizar Strauss-Kahn e detê-lo quando estava a bordo do avião poucos minutos antes de decolar rumo a Paris. Da vítima, protegida pela unidade contra delitos sexuais da polícia, pouco se sabe: é uma imigrante africana de 32 anos, que tem um filha adolescente e que vive no bairro do Bronx e que seus vizinhos, segundo a imprensa local, a consideram uma boa pessoa.

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Nova York - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), o francês Dominique Strauss-Kahn, foi acusado nesta segunda-feira de sete crimes de caráter sexual pelos quais, se for condenado, poderá ficar décadas na prisão.

Após escutar o relato acusatório apresentado pela promotoria de Manhattan, a juíza Melissa Jackson negou o pedido de liberdade sob fiança de US$ 1 milhão solicitada pelo advogado de defesa, Benjamin Braffman, e fixou a próxima audiência do caso para sexta-feira (20).

O promotor distrital de Manhattan, Cyrus Vance Jr, anunciou por sua vez que Strauss-Kahn, de 62 anos, foi acusado de tentativa de violação e de abuso sexual em primeiro grau contra uma imigrante africana, de 32 anos e que trabalha como camareira de um hotel nova-iorquino no qual teria ocorrido o ataque. A soma das penas máximas para as sete acusações apresentadas contra o dirigente do FMI é de 74 anos e três meses de prisão.

Strauss-Kahn foi detido no último sábado no aeroporto John F. Kennedy de Nova York quando já estava a bordo de um avião da Air France que o levaria a Paris, onde nesta segunda-feira participaria de uma reunião em Bruxelas com ministros da União Europeia (UE) sobre a possível reestruturação da dívida grega.

A promotoria de Manhattan informou que sobre o diretor-gerente do FMI pesam duas acusações de agressão sexual em primeiro grau, outra por tentativa de violação e outras quatro por abusos sexuais.

A detenção do político e economista socialista francês, casado com a jornalista franco-americana Anne Sinclair e pai de quatro filhos, chocou o mundo financeiro internacional e a política na França, onde se perfilava como possível candidato de seu partido às eleições presidenciais de 2012.

Por enquanto, a direção do FMI, com sede em Washington, ficou nas mãos do "número 2" da instituição, o economista americano John Lipsky, que nesta mesma segunda-feira reuniu o conselho executivo da instituição para analisar a situação.

Algemado e vestindo o mesmo traje com o qual foi visto durante o fim de semana após ser detido, o ex-ministro francês de Indústria e Economia se apresentou perante o tribunal nova-iorquino, onde se declarou "inocente".

Segundo a acusação apresentada pela promotoria de Manhattan, "Strauss-Kahn fechou a porta do quarto do hotel onde estava hospedado para evitar que sua vítima, uma camareira do estabelecimento, pudesse escapar".

"Ele tocou o seio da vítima sem seu consentimento e tentou tirar sua roupa íntima, além de ter agarrado sua região vaginal", disse o promotor, que relatou que Strauss-Kahn tentou por duas vezes forçar sexo oral com a vítima.

Ao apresentar as acusações contra o político francês, a promotoria nova-iorquina apresentou provas legistas contra ele e lembrou que o acusado tem uma investigação pendente por outro escândalo sexual no qual estaria envolvido.

Essa situação foi a que levou a juíza a não aceitar a liberdade sob fiança pedida pela defesa, pois considerou que haveria uma possibilidade de fuga do país, enquanto a promotoria destacou que Strauss-Kahn não tem imunidade diplomática.

Durante a audiência, o diretor-gerente do FMI, com a cabeça baixa, negou as acusações, enquanto seu advogado expressou "decepção" pela decisão da juíza e ressaltou que acreditava na inocência de seu cliente.

Strauss-Kahn, que se prontificou a participar de exames de corpo de delito, alegou que na hora em que teria ocorrido a agressão sexual almoçava com sua filha em um restaurante de Manhattan. Depois, teria entrado em um táxi para ir ao aeroporto, onde percebeu que havia esquecido um de seus telefones celulares no hotel, e por isso ligou para o estabelecimento para dizer que o motorista o pegaria.

Essa ligação permitiu à polícia nova-iorquina localizar Strauss-Kahn e detê-lo quando estava a bordo do avião poucos minutos antes de decolar rumo a Paris. Da vítima, protegida pela unidade contra delitos sexuais da polícia, pouco se sabe: é uma imigrante africana de 32 anos, que tem um filha adolescente e que vive no bairro do Bronx e que seus vizinhos, segundo a imprensa local, a consideram uma boa pessoa.

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