Procuradora da Geórgia é afastada de caso de interferência eleitoral contra Trump
Tribunal citou a ‘impropriedade’ de um relacionamento íntimo que Fani Wills teve com um ex-integrante da equipe de acusação
Agência de notícias
Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 18h37.
Um tribunal estadual da Geórgia desqualificou nesta quinta-feira, 19, a promotora distrital Fani Willis, que liderava o processo contra o ex-presidente Donald Trump por interferência nas eleições de 2020. Apesar da decisão, o tribunal rejeitou a solicitação de Trump para arquivar as acusações.
O afastamento foi decidido pelo Tribunal de Apelações da Geórgia, que apontou a "impropriedade" de um relacionamento íntimo entre Willis e o promotor especial contratado para o caso. Um juiz de primeira instância havia permitido a permanência de Willis, mas a corte de apelações discordou, afirmando que a desqualificação era necessária para restaurar a confiança no processo judicial.
Segundo os juízes, “embora a aparência de impropriedade nem sempre exija desqualificação, este é um caso raro em que nenhum outro remédio será suficiente para preservar a integridade do processo.”
Donald Trump enfrenta acusações de associação criminosa por supostas tentativas de adulterar os resultados eleitorais da Geórgia em 2020. No entanto, o caso tem enfrentado atrasos e, seguindo a política do Departamento de Justiça dos EUA, pode ser congelado durante seu mandato presidencial.
Fani Willis ainda pode recorrer da decisão junto à Suprema Corte da Geórgia. Enquanto isso, o tribunal também rejeitou um pedido de Trump para descartar as acusações restantes contra ele.
Impacto no cenário político
Este é o único processo criminal em andamento contra Trump, que se prepara para reassumir a presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2025. A decisão de afastar Willis adiciona um novo capítulo ao complexo cenário jurídico que o ex-presidente enfrenta.