Processos milionários após indenização de vítima de tsunami
Decisão da Suprema Corte que aprovou pela primeira vez uma indenização milionária a uma vítima do tsunami de 2010 no Chile abre as portas para mais processos
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 12h05.
Santiago - A decisão da Suprema Corte que aprovou pela primeira vez uma indenização milionária a uma vítima do tsunami de 2010 no Chile abre as portas para mais processos contra o Estado, por descartar muito cedo que a tragédia fosse ocorrer.
"Com esta decisão a justiça começa a ser feita. Não apenas a mim, tomara que também para todos os que foram afetados", afirmou a meios de comunicação locais María Valenzuela, viúva de Mario Ovando, um homem de 57 anos que morreu devido às lesões provocadas pelo tsunami de 27 de fevereiro de 2010.
Ovando e sua família decidiram permanecer em casa depois de ouvirem na rádio o governador da região de Bío Bío, Jaime Tohá, dizer que não existia risco de tsunami após o terremoto de 8,8 graus que atingiu o centro e o sul do país.
A Suprema Corte decidiu na quinta-feira a primeira condenação contra o Tesouro pela morte de uma vítima do tsunami, neste caso Mario Ovando, que faleceu dias depois pelas lesões ocasionadas na tragédia, e determinou uma indenização para sua família de 55 milhões de pesos (104 mil dólares).
"A entrevista por rádio do governador mudou o sentimento dos Ovando de incerteza para tranquilidade, razão pela qual ao ocorrer o avanço do mar eles foram pegos de surpresa, já que acreditavam que estavam seguros", afirma a decisão.
"O argumento que o Tribunal acolhe é que, em definitivo, o apelo do governador da época de permanecer em suas casas foi o que provocou a morte deste senhor", afirmou o advogado da família, Adolfo Ortega.
Sob este mesmo argumento, Ortega tramita causas similares de outros seis falecidos devido ao tsunami que se seguiu ao terremoto de 27 de fevereiro, que devastou as costas do centro-sul e deixou mais de 500 vítimas fatais.
A Justiça determinou que, do número total de mortes, 180 foram causadas pelo tsunami.
Santiago - A decisão da Suprema Corte que aprovou pela primeira vez uma indenização milionária a uma vítima do tsunami de 2010 no Chile abre as portas para mais processos contra o Estado, por descartar muito cedo que a tragédia fosse ocorrer.
"Com esta decisão a justiça começa a ser feita. Não apenas a mim, tomara que também para todos os que foram afetados", afirmou a meios de comunicação locais María Valenzuela, viúva de Mario Ovando, um homem de 57 anos que morreu devido às lesões provocadas pelo tsunami de 27 de fevereiro de 2010.
Ovando e sua família decidiram permanecer em casa depois de ouvirem na rádio o governador da região de Bío Bío, Jaime Tohá, dizer que não existia risco de tsunami após o terremoto de 8,8 graus que atingiu o centro e o sul do país.
A Suprema Corte decidiu na quinta-feira a primeira condenação contra o Tesouro pela morte de uma vítima do tsunami, neste caso Mario Ovando, que faleceu dias depois pelas lesões ocasionadas na tragédia, e determinou uma indenização para sua família de 55 milhões de pesos (104 mil dólares).
"A entrevista por rádio do governador mudou o sentimento dos Ovando de incerteza para tranquilidade, razão pela qual ao ocorrer o avanço do mar eles foram pegos de surpresa, já que acreditavam que estavam seguros", afirma a decisão.
"O argumento que o Tribunal acolhe é que, em definitivo, o apelo do governador da época de permanecer em suas casas foi o que provocou a morte deste senhor", afirmou o advogado da família, Adolfo Ortega.
Sob este mesmo argumento, Ortega tramita causas similares de outros seis falecidos devido ao tsunami que se seguiu ao terremoto de 27 de fevereiro, que devastou as costas do centro-sul e deixou mais de 500 vítimas fatais.
A Justiça determinou que, do número total de mortes, 180 foram causadas pelo tsunami.