Principal instituição do islã sunita condena atentados no Egito
"Os atentados terrorista representam um crime horrível contra todos os egípcios", afirmou a instituição muçulmana Al Azhar
EFE
Publicado em 9 de abril de 2017 às 12h22.
Última atualização em 9 de abril de 2017 às 12h23.
Cairo .- A instituição egípcia Al Azhar, o centro de referência do islã sunita, condenou "energicamente" os atentados contra duas igrejas cristãs coptas no norte do Egito , nos quais morreram pelo menos 33 pessoas,neste domingo (9).
Os atentados "terroristas" representam "um crime horrível contra todos os egípcios", afirmou a Al Azhar em um comunicado no qual insistiu que o ocorrido é um ato desumano.
A instituição muçulmana também enfatizou que essas ações têm como objetivo desestabilizar o país e minar a segurança e a unidade nacional egípcia, e pediu que toda a sociedade trabalhasse em conjunto para combater o terrorismo.
Além disso, a instituição islâmica mostrou sua solidariedade com a Igreja copta na luta contra o terrorismo, bem como sua confiança de que os responsáveis serão levados à Justiça.
Por outro lado, o máximo responsável da instituição sunita, o xeque Ahmad al Tayeb, ofereceu suas condolências aos familiares das vítimas.
Pelo menos 33 pessoas morreram neste domingo e outras 77 ficaram feridas em dois atentados contra duas igrejas cristãs coptas no norte de Egito, segundo fontes de segurança e do Ministério da Saúde do país árabe.
Em um primeiro ataque contra o templo de Mar Guergues (São Jorge, em árabe), na cidade de Tanta, que fica 120 quilômetros ao norte do Cairo, 22 fiéis morreram e 41 ficaram feridos quando participavam de uma missa por causa da comemoração do Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa.
Pouco depois, um segundo atentado contra a catedral de São Marcos, na cidade litorânea de Alexandria, causou a morte de mais 11 pessoas e ferimentos em 36, informou o Ministério da Saúde egípcio em um comunicado.
Os ataques acontecem 20 dias antes da visita do papa Francisco ao Egito, que está prevista para os dias 28 e 29 de abril, a primeira viagem do pontífice argentino ao Oriente Médio.
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu através de sua agência de informação "Amaq", a autoria dos dois atentados.
Em um breve comunicado difundido por vários ativistas nas redes sociais, e cuja veracidade não pôde ser comprovada, a "Amaq" assegurou que o ataque foi lançado por um "grupo de segurança pertencente ao Estado Islâmico".