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Primeiro-ministro tunisiano disposto a se reunir com opositores

Manifestantes comemoraram saída dos aliados de Ben Ali do governo de transição, mas também querem que Ghannouchi parta

O primeiro-ministro da Tunísia, Mohamed Ghanouchi (centro), e o novo governo de transição (Fethi Belaid/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 19h50.

Túnis - O primeiro-ministro tunisiano, Mohamed Ghannouchi, se declarou nesta sexta-feira disposto a reunir-se com os manifestantes que continuam protestando diante da sede do governo mesmo que os membros ligados ao ex-regime Ben Ali tenham abandonado seus cargos sob pressão das massas.

Segundo o sindicato UGTT, representantes sindicais e manifestantes sindicais começaram a discutir pela manhã, quando foi anunciado que Ghanuchi estava disposto a dialogar com os manifestantes.

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Na véspera, Ghannouchi remodelou, após intensas negociações, o governo de transição da Tunísia, deixando de lado os principais ministros aliados ao presidente deposto Ben Ali.

O anúncio da saída dos chefes do antigo regime provocou uma explosão de alegria entre as centenas de manifestantes da Kasba, no centro da Tunísia, acampados há quatro noites sob as janelas do primeiro-ministro, desafiando o toque de recolher.

Os manifestantes insistiram ao mesmo tempo na exigência de que Ghannouchi também parta.

Em sua mensagem televisiva, Ghannouchi divulgou a lista do novo governo, no qual os ministérios do Interior, Defesa, Relações Exteriores e Finanças já não estão nas mãos de representantes do regime deposto, que deverá organizar eleições democráticas nos próximos meses.

"As consultas com todos os partidos políticos e os representantes da sociedade civil que aceitaram participar nos permitiram formar um governo provisório", disse Ghannouchi, antes de ler a lista dos novos membros.

"Sua missão será organizar as eleições para que o povo possa eleger com toda a liberdade", acrescentou, pedindo a todos os tunisianos "voltar ao trabalho".

O "governo se compromete que as eleições sejam organizadas sob o controle de uma comissão independente e na presença de observadores internacionais para garantir a transparência", afirmou.

Mais cedo, a central UGTT afirmou estar "de acordo" que o primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi seguisse em seu posto, mas rejeitou participar do novo governo, afirmaram seus líderes à AFP.

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