Primeiro-ministro português se pronuncia
A surpreendente renúncia do ministro das Relações Exteriores, Paulo Portas, deixou o governo português sem o líder do partido que lhe dá maioria parlamentar
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2013 às 16h19.
Lisboa - O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, convocou nesta terça-feira reuniões urgentes do governo e da cúpula de seu partido, o Social Democrata (PSD) e fará um pronunciamento ao país, após a renúncia do ministro das Relações Exteriores, Paulo Portas.
A surpreendente renúncia do ministro, insatisfeito com a sucessora do titular de Finanças, que renunciou ontem, deixou o governo português sem o líder do partido que lhe dá maioria parlamentar.
Um porta-voz do PSD confirmou à Agência Efe a realização de uma reunião da direção em sua sede, durante a qual será discutido o rumo a seguir daqui em diante, enquanto fontes oficiais informaram que Passos Coelho falará ao país depois.
Assim que foi divulgada a saída do democrata-cristão Portas do Executivo, Passos Coelho foi ao Palácio presidencial de Belém para assistir à posse da nova ministra de Finanças, Maria Luís Albuquerque, até então secretária de Estado do Tesouro, sem fazer declarações à imprensa.
No ato não estiveram presentes nem Portas nem os outros dois ministros que o CDS-PP tem no Executivo.
A designação de Maria ao cargo é o motivo dado para a renúncia por Portas, muito crítico a algumas das últimas medidas de austeridade do governo aplicadas para cumprir o resgate financeiro concedido há dois anos.
Está previsto que o primeiro-ministro português faça um pronunciamento nacional a partir às 20h (16h de Brasília) de sua residência oficial, no Palácio de São Bento, em Lisboa.
Por sua vez, o CDS-PP realizará na quarta-feira uma reunião de sua cúpula e um porta-voz do partido recusou hoje esclarecer se vai manter seu apoio ao Executivo.
Os democratas-cristãos têm 24 dos 230 deputados do Parlamento português e dão a maioria absoluta ao PSD de Passos Coelho, que tem 108.
A oposição esquerdista conta com 74 deputados do Partido Socialista (PS), 16 da coalizão de comunistas e verdes e oito do Bloco de Esquerda.
Mesmo se se unissem, os três partidos não poderiam, sem o apoio do CDS-PP, derrubar o governo ou impedir a aprovação das polêmicas medidas de austeridade que prepara Passos Coelho.
Portas, de 51 anos, anunciou hoje sua renúncia "irrevogável", 24 horas depois da renúncia de Vitor Gaspar como ministro das Finanças e pouco antes que Maria tomasse posse.
Portas reprovou Passos Coelho não ter nomeado a nova titular de Finanças de forma "pactuada", apesar de ele ter expressado sua inconformidade.
Paulo Portas teve "divergências políticas" com o ministro das Finanças que saiu, reconheceu hoje em sua carta, e esperava que a substituição permitisse "um novo ciclo político e econômico".
Gaspar foi, como titular de Finanças, o principal artífice das políticas de austeridade aplicadas nos dois últimos anos em Portugal sob o resgate financeiro e se queixou, também ontem, em sua carta de renúncia, de falta de apoio "claro" a suas medidas no Executivo, em alusão às divergências de Portas.
Alguns dos dirigentes do CDS-PP, assim como outros do PSD de Passos Coelho, fizeram coro às críticas da esquerda pela falta de soluções à recessão e o desemprego, que se agravaram em Portugal sob o resgate financeiro.
Lisboa - O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, convocou nesta terça-feira reuniões urgentes do governo e da cúpula de seu partido, o Social Democrata (PSD) e fará um pronunciamento ao país, após a renúncia do ministro das Relações Exteriores, Paulo Portas.
A surpreendente renúncia do ministro, insatisfeito com a sucessora do titular de Finanças, que renunciou ontem, deixou o governo português sem o líder do partido que lhe dá maioria parlamentar.
Um porta-voz do PSD confirmou à Agência Efe a realização de uma reunião da direção em sua sede, durante a qual será discutido o rumo a seguir daqui em diante, enquanto fontes oficiais informaram que Passos Coelho falará ao país depois.
Assim que foi divulgada a saída do democrata-cristão Portas do Executivo, Passos Coelho foi ao Palácio presidencial de Belém para assistir à posse da nova ministra de Finanças, Maria Luís Albuquerque, até então secretária de Estado do Tesouro, sem fazer declarações à imprensa.
No ato não estiveram presentes nem Portas nem os outros dois ministros que o CDS-PP tem no Executivo.
A designação de Maria ao cargo é o motivo dado para a renúncia por Portas, muito crítico a algumas das últimas medidas de austeridade do governo aplicadas para cumprir o resgate financeiro concedido há dois anos.
Está previsto que o primeiro-ministro português faça um pronunciamento nacional a partir às 20h (16h de Brasília) de sua residência oficial, no Palácio de São Bento, em Lisboa.
Por sua vez, o CDS-PP realizará na quarta-feira uma reunião de sua cúpula e um porta-voz do partido recusou hoje esclarecer se vai manter seu apoio ao Executivo.
Os democratas-cristãos têm 24 dos 230 deputados do Parlamento português e dão a maioria absoluta ao PSD de Passos Coelho, que tem 108.
A oposição esquerdista conta com 74 deputados do Partido Socialista (PS), 16 da coalizão de comunistas e verdes e oito do Bloco de Esquerda.
Mesmo se se unissem, os três partidos não poderiam, sem o apoio do CDS-PP, derrubar o governo ou impedir a aprovação das polêmicas medidas de austeridade que prepara Passos Coelho.
Portas, de 51 anos, anunciou hoje sua renúncia "irrevogável", 24 horas depois da renúncia de Vitor Gaspar como ministro das Finanças e pouco antes que Maria tomasse posse.
Portas reprovou Passos Coelho não ter nomeado a nova titular de Finanças de forma "pactuada", apesar de ele ter expressado sua inconformidade.
Paulo Portas teve "divergências políticas" com o ministro das Finanças que saiu, reconheceu hoje em sua carta, e esperava que a substituição permitisse "um novo ciclo político e econômico".
Gaspar foi, como titular de Finanças, o principal artífice das políticas de austeridade aplicadas nos dois últimos anos em Portugal sob o resgate financeiro e se queixou, também ontem, em sua carta de renúncia, de falta de apoio "claro" a suas medidas no Executivo, em alusão às divergências de Portas.
Alguns dos dirigentes do CDS-PP, assim como outros do PSD de Passos Coelho, fizeram coro às críticas da esquerda pela falta de soluções à recessão e o desemprego, que se agravaram em Portugal sob o resgate financeiro.