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Presidente turco se mobiliza após atentados na Turquia

Dois dias após um novo ataque suicida, Erdogan apelou à "grandeza do império otomano", para enfrentar " uma das maiores ondas de terrorismo da Turquia

Turquia: dois dias após um novo ataque suicida, Erdogan apelou à "grandeza do império otomano", para enfrentar " uma das maiores ondas de terrorismo da Turquia (Sertac Kayar / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 15h48.

O presidente turco , Recep Tayyip Erdogan, decretou nesta segunda-feira uma mobilização geral contra o " terrorismo " após uma série inédita de atentados no país, que está em alerta, enquanto a polícia procura três jihadistas suspeitos de planejar outros ataques.

Dois dias após um novo ataque suicida que teve como alvo o coração turístico de Istambul, Erdogan apelou à "grandeza do império otomano" e ao espírito dos vencedores da batalha de Galípoli durante a Primeira Guerra Mundial, para enfrentar "uma das maiores ondas de terrorismo de sua história" da Turquia.

"Vamos atingir estas organizações terroristas da maneira mais forte", disse Erdogan em um discurso público em Istambul. "Diante das novas estratégias dos terroristas, desenvolveremos novas formas de combate e venceremos rapidamente", acrescentou.

"Não combatemos a democracia, mas o terrorismo, não combatemos os direitos humanos, mas os terroristas", disse o presidente turco, respondendo aos que o acusam de uma guinada autoritária.

No sábado de manhã, um ataque suicida na avenida Istiklal, importante artéria para pedestres e comercial utilizada diariamente por milhares de pessoas, matou quatro turistas, três israelenses e um iraniano, e feriou outras trinta pessoas.

O ataque não foi reivindicado, mas o ministro turco do Interior, Efkan Ala, identificou formalmente o turco Mehmet Öztürk, de 33 anos, como seu autor, e afirmou que este tinha laços com o grupo Estado Islâmico (EI).

A imprensa turca publicou nesta segunda-feira as imagens e os nomes de três outros jihadistas turcos procurados por toda a polícia do país. Segundo fontes policiais citadas pela agência Dogan, eles teriam recebido a ordem de cometer outros ataques suicidas, especialmente em Istambul.

As autoridades turcas cancelaram na noite de domingo, duas horas antes do início, a partida de futebol entre Galatasaray e Fenerbahce, por uma ameaça "séria" de ataque terrorista.

O jornal Hurriyet informou nesta segunda-feira, citando fontes próximas aos serviços de inteligência, que várias pessoas planejavam cometer ataques suicidas no meio da multidão de torcedores, em uma operação similar a que visava em 13 de novembro o Estade de France em Paris.

'Hipocrisia'

A Turquia vive desde junho passado em estado de alerta reforçado em razão da série inédita de ataques atribuídos aos jihadistas, como o que matou 12 turistas alemães em janeiro em Istambul, e por causa do reinício do conflito curdo.

Embora tenha condenado sem reservas o ataque da avenida Istiklal, Erdogan reservou seus ataques contra os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e seus aliados europeus acusados de serem complacentes com esse partido.

Desta forma, Erdogan colocou em xeque a sinceridade dos países da União Europeia (UE) na luta contra os curdos, que segundo ele "podem levantar uma tenda de campanha em Bruxelas em frente ao edifício do Conselho Europeu".

"Atrás do edifício onde assinamos o acordo (turco-europeu de 19 de março sobre os migrantes em Bruxelas), a organização terrorista ergue uma tenda de campanha", disse Erdogan referindo-se ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

"Como é possível que a União Europeia, que considera esta organização como terrorista, possa tolerar tal situação?", se perguntou. "Onde está a sinceridade, a honestidade? É uma hipocrisia", insistiu o homem forte da Turquia.

No domingo, a Turquia convocou o embaixador da Bélgica em Ancara para protestar pela instalação, perto da sede da Comissão Europeia, de uma tenda de campanha do PKK.

Um grupo radical e dissidente do PKK, os Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK) reivindicou dois atentados suicidas com carro-bomba, em 17 de fevereiro e 13 de março em Ancara, que causaram 65 mortos e cerca de 200 feridos.

Erdogan retomou sua guerra contra aqueles que considera "cúmplices" dos "terroristas" e ordenou a detenção de muitos políticos, intelectuais ou advogados próximos da causa curda.

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O presidente turco , Recep Tayyip Erdogan, decretou nesta segunda-feira uma mobilização geral contra o " terrorismo " após uma série inédita de atentados no país, que está em alerta, enquanto a polícia procura três jihadistas suspeitos de planejar outros ataques.

Dois dias após um novo ataque suicida que teve como alvo o coração turístico de Istambul, Erdogan apelou à "grandeza do império otomano" e ao espírito dos vencedores da batalha de Galípoli durante a Primeira Guerra Mundial, para enfrentar "uma das maiores ondas de terrorismo de sua história" da Turquia.

"Vamos atingir estas organizações terroristas da maneira mais forte", disse Erdogan em um discurso público em Istambul. "Diante das novas estratégias dos terroristas, desenvolveremos novas formas de combate e venceremos rapidamente", acrescentou.

"Não combatemos a democracia, mas o terrorismo, não combatemos os direitos humanos, mas os terroristas", disse o presidente turco, respondendo aos que o acusam de uma guinada autoritária.

No sábado de manhã, um ataque suicida na avenida Istiklal, importante artéria para pedestres e comercial utilizada diariamente por milhares de pessoas, matou quatro turistas, três israelenses e um iraniano, e feriou outras trinta pessoas.

O ataque não foi reivindicado, mas o ministro turco do Interior, Efkan Ala, identificou formalmente o turco Mehmet Öztürk, de 33 anos, como seu autor, e afirmou que este tinha laços com o grupo Estado Islâmico (EI).

A imprensa turca publicou nesta segunda-feira as imagens e os nomes de três outros jihadistas turcos procurados por toda a polícia do país. Segundo fontes policiais citadas pela agência Dogan, eles teriam recebido a ordem de cometer outros ataques suicidas, especialmente em Istambul.

As autoridades turcas cancelaram na noite de domingo, duas horas antes do início, a partida de futebol entre Galatasaray e Fenerbahce, por uma ameaça "séria" de ataque terrorista.

O jornal Hurriyet informou nesta segunda-feira, citando fontes próximas aos serviços de inteligência, que várias pessoas planejavam cometer ataques suicidas no meio da multidão de torcedores, em uma operação similar a que visava em 13 de novembro o Estade de France em Paris.

'Hipocrisia'

A Turquia vive desde junho passado em estado de alerta reforçado em razão da série inédita de ataques atribuídos aos jihadistas, como o que matou 12 turistas alemães em janeiro em Istambul, e por causa do reinício do conflito curdo.

Embora tenha condenado sem reservas o ataque da avenida Istiklal, Erdogan reservou seus ataques contra os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e seus aliados europeus acusados de serem complacentes com esse partido.

Desta forma, Erdogan colocou em xeque a sinceridade dos países da União Europeia (UE) na luta contra os curdos, que segundo ele "podem levantar uma tenda de campanha em Bruxelas em frente ao edifício do Conselho Europeu".

"Atrás do edifício onde assinamos o acordo (turco-europeu de 19 de março sobre os migrantes em Bruxelas), a organização terrorista ergue uma tenda de campanha", disse Erdogan referindo-se ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

"Como é possível que a União Europeia, que considera esta organização como terrorista, possa tolerar tal situação?", se perguntou. "Onde está a sinceridade, a honestidade? É uma hipocrisia", insistiu o homem forte da Turquia.

No domingo, a Turquia convocou o embaixador da Bélgica em Ancara para protestar pela instalação, perto da sede da Comissão Europeia, de uma tenda de campanha do PKK.

Um grupo radical e dissidente do PKK, os Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK) reivindicou dois atentados suicidas com carro-bomba, em 17 de fevereiro e 13 de março em Ancara, que causaram 65 mortos e cerca de 200 feridos.

Erdogan retomou sua guerra contra aqueles que considera "cúmplices" dos "terroristas" e ordenou a detenção de muitos políticos, intelectuais ou advogados próximos da causa curda.

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