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Presidente palestino discursará na ONU contra plano de paz de Trump

Abbas não quer que os EUA façam a mediação do acordo de paz, depois que o país reconheceu Jerusalém como capital de Israel

Abbas: a Autoridade Palestina se opõe ao plano de paz impulsionado por Trump (Drew Angerer/Getty Images)
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EFE

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 12h34.

Jerusalém - O presidente da Autoridade Nacional Palestiniana ( ANP ), Mahmoud Abbas, declarará em seu discurso diante da Assembleia Geral da ONU em setembro sua oposição ao plano de paz impulsionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , disse nesta quinta-feira o ministro palestino das Relações Exteriores, Riad al Maliki.

Abbas expressará sua "rejeição categórica" ao que denominou como "plano de paz americano-israelense" e aos planos de "liquidar a causa palestina com o chamado pacto do século", informou a agência de notícias estatal palestina "Wafa".

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O presidente palestino apontará que a alternativa para o plano de Trump é a proposta que já propôs ao Conselho de Segurança em fevereiro: a realização de uma conferência de paz internacional para resolver o conflito com um mecanismo multilateral de implementação.

Abbas e a liderança palestina rejeitaram a mediação apenas de Washington no processo de paz ao deixar de considerar um parceiro imparcial após Trump reconhecer Jerusalém como capital de Israel em dezembro do ano passado e a mudança em maio deste ano da Embaixada americana de Tel Aviv à cidade santa, cuja parte oriental está ocupada pelos palestinos desde 1967.

Maliki afirmou à emissora "Voz da Palestina" que usarão meios políticos, diplomáticos e legais para se opor à proposta de paz americana, cujos detalhes ainda não são conhecidos, mas que Abbas já advertiu que rejeitará.

O secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e chefe negociador palestino, Saeb Erekat, por sua vez, criticou as tentativas dos EUA de "tentar tirar Jerusalém, os refugiados e os assentamentos da mesa de negociação".

"Não haverá paz sem Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina nas fronteiras de 1967, sem resolver o assunto dos refugiados palestinos em todos os seus aspectos e com base na resolução da ONU 194 e sem reconhecer que todos os assentamentos coloniais israelenses são ilegais", afirmou Erekat a um grupo de deputados e diplomatas estrangeiros em seu escritório em Jericó.

O comentário surge pouco depois de o governo americano ter questionado o número de refugiados palestinos e o seu direito ao retorno.

Erekat pediu que a comunidade internacional rechace as tentativas de acabar com a agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) e levante fundos para fazer frente à grave crise financeira que sofrem.

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