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Presidente eleito da Colômbia não enviará embaixador à Venezuela

Iván Duque, que assumirá cargo em 7 agosto, chamou de "ilegítimo" o governo de Nicolás Maduro, que foi reeleito em maio em eleições contestadas

Duque: "Continuo fazendo um apelo pela liberdade dos presos políticos e acho que esse tipo de tática, de calar vozes da oposição, é nefasta" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de junho de 2018 às 20h14.

Bogotá - O presidente eleito da Colômbia , Iván Duque, afirmou nesta terça-feira que não enviará um embaixador para à Venezuela enquanto Nicolás Maduro for o presidente, já que ele considera o governo "ilegítimo", apesar de afirmar que as "relações consulares" serão mantidas.

"Não podemos aceitar uma representação com um governo que consideramos ilegítimo, obviamente o que manteremos serão as relações consulares, que fazem parte dos protocolos normais do direito internacional para conduzir os temas migratórios e seguiremos operando dessa maneira", disse Duque a jornalistas em Bogotá.

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As eleições presidenciais de 20 de maio na Venezuela, nas quais Maduro foi reeleito, foram rechaçadas por boa parte da comunidade internacional. A Colômbia não tem embaixador no país há mais de um ano. Ricardo Lozano, que ocupava esse cargo, ficou em Bogotá em março de 2017 "em consultas" e desde então não retornou a Caracas.

Duque, que assumirá em 7 de agosto, afirmou que reivindicará entre os países da América Latina que defendem a Carta Democrática Interamericana "uma atitude multilateral e articulada que leve a eleições livres na Venezuela". Ele qualificou de "vergonhoso" que "a ditadura de Nicolás Maduro queira agora prender" a líder opositora venezuelana María Corina Machado, o que, na sua opinião, é "uma forma de abafar as vozes da oposição".

"Eu, como sou defensor da democracia e acredito na democracia, continuo fazendo um apelo pela liberdade dos presos políticos e acho que esse tipo de tática, de calar vozes da oposição, é nefasta", manifestou.

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