Presidente do PMDB diz que pedido de demissão foi decisão de Wagner Rossi
Ex-ministro decidiu sair no final da tarde de hoje (17) e não conversou com o partido
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2011 às 21h03.
Brasília – A demissão do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi uma decisão dele e não da presidente Dilma Rousseff, de acordo com o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). Segundo ele, Rossi decidiu pedir demissão no fim da tarde de hoje (17) e não conversou previamente com o partido.
“Foi ele que entregou o cargo para deixar o caminho livre”, disse Raupp. “Foi uma decisão pessoal”, completou o presidente do PMDB, que ainda hoje se reunirá com o vice-presidente da república, Michel Temer, presidente licenciado do partido.
O ministro vinha sendo alvo de denúncias e acusações de favorecimento de aliados em licitações. O ex-presidente da Comissão de Licitações da pasta acusou o ministro de saber da presença de um lobista, trabalhando nas dependências do ministério, para interferir nos processos licitatórios. As primeiras denúncias foram feitas pela revista Veja. Ontem (16), reportagem do jornal Correio Braziliense trouxe a denúncia de que o ministro viajou em um jatinho emprestado de uma empresa que presta serviços ao governo.
Para a oposição, a queda de Rossi pode contribuir para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Corrupção. Essa é a expectativa do líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), que conta a revolta dos parlamentares do PMDB no Congresso Nacional para conseguir as assinaturas necessárias para instalar a comissão. “Teremos mais um foco de insatisfação no governo e isso pode contribuir para que a CPI se torne um fato”, afirmou Dias, pouco depois do anúncio da demissão de Rossi.
Na opinião do senador oposicionista, a saída de um ministro do PMDB do governo deve indicar mais problemas na relação do partido com o PT e com a presidente Dilma Rousseff. “O vice-presidente da República [Michel Temer] é patrono do ministro e é óbvio que há um desconforto”, avaliou Dias.
No momento da demissão de Rossi, a maior parte dos parlamentares governistas, em especial os do PMDB, já não estavam mais no Senado. Para o senador da base aliada Lindbergh Farias (PT-RJ), “ninguém quer falar sobre crise”. Ele não acredita que a demissão ocasione problemas na base governista, nem a instalação da CPI da Corrupção. “Quanto a problemas na base, eu não acredito. O que levou à demissão do ministro foram os fatos”, disse.
Lindbergh afastou a possibilidade da CPMI da Corrupção vingar. “Não creio em CPI. Às vezes, o movimento de CPI funciona com alguns descontentes da base para constranger o governo. Nesse caso, a CPI pode tentar parar o governo. Eu sempre digo à oposição que nós temos que defender a presidente”, observou.
Brasília – A demissão do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi uma decisão dele e não da presidente Dilma Rousseff, de acordo com o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). Segundo ele, Rossi decidiu pedir demissão no fim da tarde de hoje (17) e não conversou previamente com o partido.
“Foi ele que entregou o cargo para deixar o caminho livre”, disse Raupp. “Foi uma decisão pessoal”, completou o presidente do PMDB, que ainda hoje se reunirá com o vice-presidente da república, Michel Temer, presidente licenciado do partido.
O ministro vinha sendo alvo de denúncias e acusações de favorecimento de aliados em licitações. O ex-presidente da Comissão de Licitações da pasta acusou o ministro de saber da presença de um lobista, trabalhando nas dependências do ministério, para interferir nos processos licitatórios. As primeiras denúncias foram feitas pela revista Veja. Ontem (16), reportagem do jornal Correio Braziliense trouxe a denúncia de que o ministro viajou em um jatinho emprestado de uma empresa que presta serviços ao governo.
Para a oposição, a queda de Rossi pode contribuir para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Corrupção. Essa é a expectativa do líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), que conta a revolta dos parlamentares do PMDB no Congresso Nacional para conseguir as assinaturas necessárias para instalar a comissão. “Teremos mais um foco de insatisfação no governo e isso pode contribuir para que a CPI se torne um fato”, afirmou Dias, pouco depois do anúncio da demissão de Rossi.
Na opinião do senador oposicionista, a saída de um ministro do PMDB do governo deve indicar mais problemas na relação do partido com o PT e com a presidente Dilma Rousseff. “O vice-presidente da República [Michel Temer] é patrono do ministro e é óbvio que há um desconforto”, avaliou Dias.
No momento da demissão de Rossi, a maior parte dos parlamentares governistas, em especial os do PMDB, já não estavam mais no Senado. Para o senador da base aliada Lindbergh Farias (PT-RJ), “ninguém quer falar sobre crise”. Ele não acredita que a demissão ocasione problemas na base governista, nem a instalação da CPI da Corrupção. “Quanto a problemas na base, eu não acredito. O que levou à demissão do ministro foram os fatos”, disse.
Lindbergh afastou a possibilidade da CPMI da Corrupção vingar. “Não creio em CPI. Às vezes, o movimento de CPI funciona com alguns descontentes da base para constranger o governo. Nesse caso, a CPI pode tentar parar o governo. Eu sempre digo à oposição que nós temos que defender a presidente”, observou.