Presidente de Malauí morre aos 78 anos após sofrer infarto
Chefe de Estado havia sido internado após desmaiar durante audiência
Da Redação
Publicado em 6 de abril de 2012 às 09h37.
Johanesburgo - O presidente de Malauí, Bingu wa Mutharika, faleceu aos 78 anos nesta sexta-feira, um dia depois de ter sofrido um ataque cardíaco, informaram fontes hospitalares e do Governo do país.
Segundo essas fontes, citadas pelos sites dos diários locais 'Malawi Voice' e 'Nyasa Times', os médicos não conseguiram reanimar o presidente, que chegou inconsciente ao Hospital Central de Kamuzu, em Lilongwe, a capital do país.
O chefe de Estado havia sido internado na quinta-feira, após desmaiar durante uma audiência em sua residência oficial.
De acordo com o 'Nyasa Times', a esposa do presidente, Calista Mutharika, foi informada formalmente da morte de seu marido e recebeu a notícia 'com comoção'.
Igualmente, o ministro das Relações Exteriores do país africano, Peter Mutharika, irmão do presidente, está 'devastado' pela notícia.
Na noite de quinta-feira foi realizada uma reunião de emergência entre membros do Governo e responsáveis do partido de Mutharika, o Partido Democrático Progressista (DDP, na sigla em inglês), na qual se decidiu enviar o presidente à África do Sul para receber atendimento médico, embora ele já estivesse clinicamente morto, segundo o 'Nyasa Times'.
O porta-voz da Presidência sul-africana, Mac Maharaj, não confirmou a morte de Mutharika e se negou a fazer comentários até que houvesse um pronunciamento oficial do Governo de Malauí, que durante esta crise manteve uma política de silêncio total.
A Constituição do país estipula que se o presidente morrer o poder é assumido pela vice-presidente, no caso, Joyce Banda, que mantinha uma tensa relação com o líder desde que ela fora expulsa do DDP em 2010.
Na prática, no entanto, o chanceler malauiano, Peter Mutharika, assumiu o poder à revelia do presidente.
Mutharika dirigiu Malauí, um dos países mais pobres do mundo, desde 2004, quando venceu as eleições.
O líder, reeleito em 2009, ganhou inicialmente a reputação de democrata reformista, mas essa imagem foi questionada em 2011 pelos protestos que sacudiram o país contra a alta dos preços, a falta de combustível e a corrupção do Governo.
Além disso, as críticas a Mutharika aumentaram desde o ano passado, quando a Embaixada do Reino Unido comentou, em um documento privado que vazou através do site WikiLeaks, que o líder malauiano se tornara 'autocrático e intolerante'.
A resposta do presidente de Malauí foi expulsar o embaixador britânico, Fergus Cochrane-Dyet, com o que várias nações ocidentais decidiram parar de enviar ajuda ao país africano. EFE
Johanesburgo - O presidente de Malauí, Bingu wa Mutharika, faleceu aos 78 anos nesta sexta-feira, um dia depois de ter sofrido um ataque cardíaco, informaram fontes hospitalares e do Governo do país.
Segundo essas fontes, citadas pelos sites dos diários locais 'Malawi Voice' e 'Nyasa Times', os médicos não conseguiram reanimar o presidente, que chegou inconsciente ao Hospital Central de Kamuzu, em Lilongwe, a capital do país.
O chefe de Estado havia sido internado na quinta-feira, após desmaiar durante uma audiência em sua residência oficial.
De acordo com o 'Nyasa Times', a esposa do presidente, Calista Mutharika, foi informada formalmente da morte de seu marido e recebeu a notícia 'com comoção'.
Igualmente, o ministro das Relações Exteriores do país africano, Peter Mutharika, irmão do presidente, está 'devastado' pela notícia.
Na noite de quinta-feira foi realizada uma reunião de emergência entre membros do Governo e responsáveis do partido de Mutharika, o Partido Democrático Progressista (DDP, na sigla em inglês), na qual se decidiu enviar o presidente à África do Sul para receber atendimento médico, embora ele já estivesse clinicamente morto, segundo o 'Nyasa Times'.
O porta-voz da Presidência sul-africana, Mac Maharaj, não confirmou a morte de Mutharika e se negou a fazer comentários até que houvesse um pronunciamento oficial do Governo de Malauí, que durante esta crise manteve uma política de silêncio total.
A Constituição do país estipula que se o presidente morrer o poder é assumido pela vice-presidente, no caso, Joyce Banda, que mantinha uma tensa relação com o líder desde que ela fora expulsa do DDP em 2010.
Na prática, no entanto, o chanceler malauiano, Peter Mutharika, assumiu o poder à revelia do presidente.
Mutharika dirigiu Malauí, um dos países mais pobres do mundo, desde 2004, quando venceu as eleições.
O líder, reeleito em 2009, ganhou inicialmente a reputação de democrata reformista, mas essa imagem foi questionada em 2011 pelos protestos que sacudiram o país contra a alta dos preços, a falta de combustível e a corrupção do Governo.
Além disso, as críticas a Mutharika aumentaram desde o ano passado, quando a Embaixada do Reino Unido comentou, em um documento privado que vazou através do site WikiLeaks, que o líder malauiano se tornara 'autocrático e intolerante'.
A resposta do presidente de Malauí foi expulsar o embaixador britânico, Fergus Cochrane-Dyet, com o que várias nações ocidentais decidiram parar de enviar ajuda ao país africano. EFE