Presidente da Nigéria escapa de atentado com mulheres-bomba
Duas mulheres-bombas detonaram os explosivos que carregavam no local onde Goodluck Jonathan acabara de realizar um comício
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 17h41.
Kano - O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, escapou nesta segunda-feira de um atentado ao deixar um comício no nordeste do país, onde a ameaça do grupo Boko Haram é cada vez mais presente faltando duas semanas para as eleições presidenciais.
Duas mulheres-bombas detonaram os explosivos que carregavam no estacionamento de um estádio da cidade de Gombe, onde Goodluck Jonathan acabara de realizar um comício.
"Retiramos os corpos de duas mulheres que, acreditamos, sejam as suicidas que provocaram a explosão", afirmou um membro das equipes de socorro.
Segundo a fonte, 18 pessoas ficaram feridas.
De acordo com uma testemunha, a explosão aconteceu três minutos depois de Jonathan deixar o lugar.
"O presidente acabava de passar pelo estacionamento e estávamos seguindo o comboio quando aconteceu a explosão, a uns cem metros do ônibus em que estávamos", contou, por sua vez, um jornalista local.
Ainda não há informações de vítimas.
Jonathan, que pretende se reeleger nas presidenciais de 14 de fevereiro, realizou um comício para seguidores de seu Partido Democrático do Povo (PDP).
No fim de semana, o grupo jihadista demonstrou capacidade de lutar em várias frentes, em um conflito que já ganhou dimensões regionais e envolve os vizinhos Chade e Camarões.
Vários atentados de grande envergadura foram executados no domingo nas cidades nigerianas de Gombe e Potiskum, nordeste do país, enquanto os combates continuam entre o grupo islamita Boko Haram e os exércitos de Chade, Nigéria e Camarões em Gamboru e Maiduguri, mais a leste.
Na segunda-feira, o governo anunciou ter retomado o controle de Gamboru, 150 km a leste de Maiduguri, e de outras quatro cidades, depois que vários helicópteros do exército do Chade bombardearam posições islamitas na fronteira com o Camarões.
Gamboru está separada por uma ponte de 500 metros de extensão da cidade camaronesa de Fotokol, onde foram registrados combates na sexta-feira entre a guerrilha e os soldados do Chade, que mobilizaram um importante contingente para ajudar o vizinho Camarões a enfrentar o Boko Haram.
"Nossas tropas têm o controle após várias operações que tiveram o apoio tático de voluntários e dos nossos amistosos vizinhos", disse à AFP o porta-voz de segurança nacional, Mike Omeri.
Vários analistas de segurança acreditam que Maiduguri será atacada novamente antes das eleições, devido à sua importância simbólica, mas também como uma estratégia para sabotar as eleições.
"Os insurgentes [do Boko Haram] denunciam há tempos as eleições, que consideram uma prática pagã, incompatível com o Estado Islâmico", lembrou o pesquisador Nnamdi Obasi, do International Crisis Group.
As duas explosões no fim de semana aconteceram na cidade de Gombe, capital deste estado homônimo, matando pelo menos cinco pessoas, segundo testemunhas e fontes militares.
O primeiro ataque ocorreu no mercado de Tsohuwar Kasuwa, e nele morreram duas pessoas.
Pouco depois, um terrorista jogou a moto que dirigia em uma instalação de controle militar na área de Kasuwar Katako, matando um soldado e outras duas pessoas.
Os atentados de domingo e desta segunda não foram reivindicados até o momento, mas têm a marca do grupo Boko Haram.
A cidade de Gombe já foi alvo de ataques em outras ocasiões. Na última, um outro terrorista se imolou em um mercado, matando cinco personas.
O estado de Gombe é vizinho de Borno e Yobe, as duas regiões mais atingidas pela insurreição islamita.
A pouco mais de 300 quilômetros a nordeste de Gombe, o Boko Haram lançou uma nova ofensiva contra a cidade de Maiduguri — antigo bastião do grupo armado, onde residem mais de um milhão de pessoas — que o exército nigeriano garante ter afastado.
O grupo extremista deixou mais de 13.000 mortos desde seu levante, em 2009, em uma ofensiva na qual conquistou vários territórios no nordeste da Nigéria e chegou a entrar no Camarões.
Depois que a ascensão do Boko Haram derivou em uma crise regional, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) acordou a criação de uma força conjunta de 7.500 homens para combater os jihadistas.
Kano - O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, escapou nesta segunda-feira de um atentado ao deixar um comício no nordeste do país, onde a ameaça do grupo Boko Haram é cada vez mais presente faltando duas semanas para as eleições presidenciais.
Duas mulheres-bombas detonaram os explosivos que carregavam no estacionamento de um estádio da cidade de Gombe, onde Goodluck Jonathan acabara de realizar um comício.
"Retiramos os corpos de duas mulheres que, acreditamos, sejam as suicidas que provocaram a explosão", afirmou um membro das equipes de socorro.
Segundo a fonte, 18 pessoas ficaram feridas.
De acordo com uma testemunha, a explosão aconteceu três minutos depois de Jonathan deixar o lugar.
"O presidente acabava de passar pelo estacionamento e estávamos seguindo o comboio quando aconteceu a explosão, a uns cem metros do ônibus em que estávamos", contou, por sua vez, um jornalista local.
Ainda não há informações de vítimas.
Jonathan, que pretende se reeleger nas presidenciais de 14 de fevereiro, realizou um comício para seguidores de seu Partido Democrático do Povo (PDP).
No fim de semana, o grupo jihadista demonstrou capacidade de lutar em várias frentes, em um conflito que já ganhou dimensões regionais e envolve os vizinhos Chade e Camarões.
Vários atentados de grande envergadura foram executados no domingo nas cidades nigerianas de Gombe e Potiskum, nordeste do país, enquanto os combates continuam entre o grupo islamita Boko Haram e os exércitos de Chade, Nigéria e Camarões em Gamboru e Maiduguri, mais a leste.
Na segunda-feira, o governo anunciou ter retomado o controle de Gamboru, 150 km a leste de Maiduguri, e de outras quatro cidades, depois que vários helicópteros do exército do Chade bombardearam posições islamitas na fronteira com o Camarões.
Gamboru está separada por uma ponte de 500 metros de extensão da cidade camaronesa de Fotokol, onde foram registrados combates na sexta-feira entre a guerrilha e os soldados do Chade, que mobilizaram um importante contingente para ajudar o vizinho Camarões a enfrentar o Boko Haram.
"Nossas tropas têm o controle após várias operações que tiveram o apoio tático de voluntários e dos nossos amistosos vizinhos", disse à AFP o porta-voz de segurança nacional, Mike Omeri.
Vários analistas de segurança acreditam que Maiduguri será atacada novamente antes das eleições, devido à sua importância simbólica, mas também como uma estratégia para sabotar as eleições.
"Os insurgentes [do Boko Haram] denunciam há tempos as eleições, que consideram uma prática pagã, incompatível com o Estado Islâmico", lembrou o pesquisador Nnamdi Obasi, do International Crisis Group.
As duas explosões no fim de semana aconteceram na cidade de Gombe, capital deste estado homônimo, matando pelo menos cinco pessoas, segundo testemunhas e fontes militares.
O primeiro ataque ocorreu no mercado de Tsohuwar Kasuwa, e nele morreram duas pessoas.
Pouco depois, um terrorista jogou a moto que dirigia em uma instalação de controle militar na área de Kasuwar Katako, matando um soldado e outras duas pessoas.
Os atentados de domingo e desta segunda não foram reivindicados até o momento, mas têm a marca do grupo Boko Haram.
A cidade de Gombe já foi alvo de ataques em outras ocasiões. Na última, um outro terrorista se imolou em um mercado, matando cinco personas.
O estado de Gombe é vizinho de Borno e Yobe, as duas regiões mais atingidas pela insurreição islamita.
A pouco mais de 300 quilômetros a nordeste de Gombe, o Boko Haram lançou uma nova ofensiva contra a cidade de Maiduguri — antigo bastião do grupo armado, onde residem mais de um milhão de pessoas — que o exército nigeriano garante ter afastado.
O grupo extremista deixou mais de 13.000 mortos desde seu levante, em 2009, em uma ofensiva na qual conquistou vários territórios no nordeste da Nigéria e chegou a entrar no Camarões.
Depois que a ascensão do Boko Haram derivou em uma crise regional, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) acordou a criação de uma força conjunta de 7.500 homens para combater os jihadistas.