Presidente da Colômbia confirma 112 mortes por cheia de rios
Forte chuva aumentou o nível dos rios Mocoa, Sangoyaco e Mulatos, que transbordaram e provocaram uma avalanche de água e pedra
Agência Brasil
Publicado em 1 de abril de 2017 às 16h02.
O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, confirmou hoje (1º) que pelo menos 112 pessoas morreram em uma avalanche de água e pedras causada pelo transbordamento de três rios, que arrasou vários bairros da cidade de Mocoa, capital do departamento de Putumayo, no sul do país. A informação é da Agência EFE.
"Acabam de reportar que estamos em 112 (mortos). Não sabemos quantos serão, seguimos buscando e a primeira coisa que quero dizer é que meu coração e o de todos os colombianos estão com as vítimas desta tragédia", disse Santos aos jornalistas ao chegar a Mocoa.
A tragédia ocorreu na noite de ontem (31), após uma forte chuva aumentar o nível dos rios Mocoa, Sangoyaco e Mulatos, que transbordaram e provocaram uma avalanche de água e pedras que levou tudo o que encontrou pelo caminho.
Ao ser informado, Santos viajou a Mocoa para supervisionar os trabalhos de resgate que estão a cargo das unidades militares na região.
O presidente explicou que a primeira notícia que teve da tragédia foi de madrugada, quando foi avisado pelo diretor-geral da União Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (UNGRD), Carlos Ivan Márquez.
O número de mortos cresceu progressivamente ao longo da manhã. O governante comentou que "30% da chuva de um mês aconteceu ontem à noite e isso gerou um repentino aumento de vários rios", o que produziu as avalanches.
Devido à dimensão da tragédia, os serviços de emergência do principal hospital da cidade (de aproximadamente 45 mil habitantes) colapsaram pela quantidade de feridos, segundo detalhou o comandante da Brigada 27 do Exército, general Adolfo Hernández.
O oficial detalhou que também "estão sendo feitos esforços de busca no setor de Puerto Limón, onde apareceram alguns corpos".
Sobre a situação em Mocoa, cidade situada no meio da floresta da região amazônica que só se comunica com o restante do país por via aérea e por uma precária estrada, o militar afirmou que já começaram a chegar auxílios, apesar das dificuldades de acesso.