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Premiê tailandesa aceita se reunir com chefe dos protestos

A primeira-ministra interina da Tailândia aceitou se reunir com o chefe dos protestos antigovernamentais, mas impôs condições

Manifestante contrário ao governo usa uma máscara com as cores da Tailândia: premiê exigiu que o diálogo seja organizado dentro do marco constitucional (Damir Sagolj/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 11h17.

A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, que enfrenta pedidos de renúncia em protestos da oposição nas ruas há quatro meses, não compareceu nesta quinta-feira a uma audiência da Comissão Nacional Anticorrupção (NACC), um procedimento que poderia resultar em sua destituição.

Em uma viagem ao norte do país, ela informou que seria representada pelos advogados.

"Não comparecerá pessoalmente à NACC porque está em missão em Chiang Mai", disse à AFP seu secretário adjunto, o general Thawat Boonfaung.

"Pediu a seus advogados que a representassem", completou.

A NACC considera que Yingluck ignorou as advertências sobre um programa polêmico de subsídios aos produtores de arroz, que provocou casos de corrupção e perdas financeiras. A chefe de Governo foi convocada para ouvir as acusações por negligência.

Yingluck, que na quarta-feira viajou da capital Bangcoc a seu reduto no norte do país, onde revisará os projetos do governo, alega inocência e recentemente declarou que estava disposta a "cooperar para esclarecer os fatos".

"A primeira-ministra, que alega inocência, tem a intenção de cooperar", afirmou um de seus advogados, Norrawit Larlaeng, antes de destacar que ela continua acreditando no programa, que levou o governo a comprar arroz dos camponeses a um preço até 50% inferior ao do mercado.

Se for considerada culpada, o caso poderia ser enviado à justiça e ao mesmo tempo ao Senado, que poderia cassar os direitos políticos de Yingluck por cinco anos.

Desde o fim do ano passado, a primeira-ministra também enfrenta os manifestantes que desejam substituir o governo por um "conselho popular" não eleito.

O movimento de contestação a acusa de ser uma marionete do irmão Thaksin Shinawatra, ex-primeiro-ministro exilado que foi derrubado por um golpe de Estado em 2006.

Os partidos pró-Thaksin venceram todas as eleições legislativas nos últimos 10 anos. Mas os opositores acusam a família Shinawatra de corrupção e de utilizar dinheiro público para conseguir o apoio dos do norte e do nordeste do país, onde fica boa parte de seu eleitorado.

A violência provocada por esta crise - fundamentalmente ataques com granadas ou tiroteios contra os manifestantes -, aumentou nos últimos dias, o que elevou o balanço a 22 mortos e centenas de feridos.

*Atualizada às 11h18 do dia 27/02/2014

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A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, que enfrenta pedidos de renúncia em protestos da oposição nas ruas há quatro meses, não compareceu nesta quinta-feira a uma audiência da Comissão Nacional Anticorrupção (NACC), um procedimento que poderia resultar em sua destituição.

Em uma viagem ao norte do país, ela informou que seria representada pelos advogados.

"Não comparecerá pessoalmente à NACC porque está em missão em Chiang Mai", disse à AFP seu secretário adjunto, o general Thawat Boonfaung.

"Pediu a seus advogados que a representassem", completou.

A NACC considera que Yingluck ignorou as advertências sobre um programa polêmico de subsídios aos produtores de arroz, que provocou casos de corrupção e perdas financeiras. A chefe de Governo foi convocada para ouvir as acusações por negligência.

Yingluck, que na quarta-feira viajou da capital Bangcoc a seu reduto no norte do país, onde revisará os projetos do governo, alega inocência e recentemente declarou que estava disposta a "cooperar para esclarecer os fatos".

"A primeira-ministra, que alega inocência, tem a intenção de cooperar", afirmou um de seus advogados, Norrawit Larlaeng, antes de destacar que ela continua acreditando no programa, que levou o governo a comprar arroz dos camponeses a um preço até 50% inferior ao do mercado.

Se for considerada culpada, o caso poderia ser enviado à justiça e ao mesmo tempo ao Senado, que poderia cassar os direitos políticos de Yingluck por cinco anos.

Desde o fim do ano passado, a primeira-ministra também enfrenta os manifestantes que desejam substituir o governo por um "conselho popular" não eleito.

O movimento de contestação a acusa de ser uma marionete do irmão Thaksin Shinawatra, ex-primeiro-ministro exilado que foi derrubado por um golpe de Estado em 2006.

Os partidos pró-Thaksin venceram todas as eleições legislativas nos últimos 10 anos. Mas os opositores acusam a família Shinawatra de corrupção e de utilizar dinheiro público para conseguir o apoio dos do norte e do nordeste do país, onde fica boa parte de seu eleitorado.

A violência provocada por esta crise - fundamentalmente ataques com granadas ou tiroteios contra os manifestantes -, aumentou nos últimos dias, o que elevou o balanço a 22 mortos e centenas de feridos.

*Atualizada às 11h18 do dia 27/02/2014

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