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Premiê paquistanês é convocado pela Justiça no caso Panama Papers

Nawaz Sharif é acusado de ter ocultado os reais negócios e bens imobiliários que seus filhos possuem por meio de offshores com vantagens fiscais

Nawaz Sharif: o caso está nas manchetes há meses e quase causou a destituição de Sharif um ano antes das eleições (Kenzaburo Fukuhara/Pool/Reuters)
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AFP

Publicado em 12 de junho de 2017 às 08h40.

O primeiro-ministro do Paquistão foi convocado por uma comissão que investiga as acusações de corrupção contra a sua família no escândalo 'Panama Papers', anunciaram fontes do governo.

Nawaz Sharif é acusado de ter ocultado a verdade sobre as empresas e bens imobiliários que seus filhos possuem por meio de offshores com vantagens fiscais, sobretudo sua filha, Maryam Nawaz, que é considerada sua herdeira política.

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A família é acusada de corrupção, um caso que está nas manchetes há meses e que quase causou a destituição de Sharif, um ano antes das eleições.

"O governo recebeu uma carta da Comissão de Investigação Conjunta que ordena que se apresente a esta comissão, e se apresentará", afirmou a ministra da Informação, Marriyum Aurangzeb.

A carta, que circula nas redes sociais, insta Sharif a "apresentar-se à Comissão de Investigação Conjunta (JIT) na quinta-feira 15 de junho e levar todos os documentos necessários".

A comissão, integrada principalmente por representantes da unidade anticorrupção e do serviço secreto militar, foi criada no fim de abril pelo Tribunal Supremo do Paquistão. O objetivo é concluir o caso em 60 dias.

O líder opositor Imran Khan pediu ao primeiro-ministro seu afastamento do cargo durante a investigação.

O escândalo explodiu no ano passado, quando o Consórcio Internacional de Jornalista Investigativos (ICIJ) publicou quase 11,5 milhões de documentos secretos procedentes do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, os chamados 'Panama Papers'.

A investigação do Paquistão gira ao redor do financiamento de apartamentos de luxo em Londres, que a família Sharif possui por meio de empresas com vantagens fiscais administradas pelo escritório panamenho.

Os simpatizantes de Sharif afirmam que os fundos são procedentes de empresas da família com sede no Paquistão e no Golfo.

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