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Maliki conquista pelo menos 94 cadeiras no Parlamento

Primeiro-ministro conquistou a maior cota de cadeiras nas eleições do mês passado, um golpe nos rivais xiitas, sunitas e curdo

Trabalhador eleitoral conta os votos antes do final das eleições parlamentares de Bagdá, no Iraque (Ahmed Jadallah/Reuters/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 12h56.

Bagdá - O primeiro-ministro do Iraque , Nouri Maliki, conquistou a maior cota de cadeiras no Parlamento nas eleições nacionais do mês passado, um golpe nos rivais xiitas, sunitas e curdos que se opunham a seu terceiro mandato consecutivo.

Resultados preliminares desta segunda-feira mostraram que Maliki obteve pelo menos 94 assentos, muito mais que seus dois principais adversários xiitas, o movimento de Muqtada Sadr, que ficou com 28 vagas, e o Supremo Conselho Islâmico do Iraque, que conquistou 29 cadeiras.

A dimensão da vitória de Maliki, com 1,074 milhão de votos somente em Bagdá, tornará muito mais difícil para qualquer um de seus oposicionistas dizer que ele não é a escolha da maioria xiita do país.

O resultado é especialmente importante para ele porque seu governo está em guerra com grupos sunitas armados, como o Estado Islâmico do Iraque e o Levante, que controla territórios na Síria e arredores do centro do país. A salva de tiros de comemoração de seus aliados foi ouvida no centro de Bagdá no final da tarde de segunda-feira.

Maliki obteve 92 assentos de seus blocos no Estado da Lei, e outros dois graças a candidatos minoritários afiliados a ele que fizeram suas próprias campanhas. Os curdos conseguiram um total de 62 cadeiras, e os sunitas pelo menos 33 entre suas duas coalizões principais. Um bloco secular, liderado pelo ex-premiê Iyad Allawi, ficou com 21 vagas.

Os resultados finais são esperados nas próximas semanas, já que a comissão eleitoral está analisando queixas de fraudes e irregularidades no pleito. O tribunal federal irá certificar os resultados na sequência.

"A posição de Maliki é forte", disse o ex-conselheiro de segurança nacional Muwafak al Rubaie, candidado do campo político de Maliki, que enfatizou a experiência do primeiro-ministro como comandante em chefe.

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

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    O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
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    3 /4(EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

  • O quê: eleições presidenciais Quando: outubro Dilma Rousseff não deve ter dificuldade para conseguir o seu segundo mandato. A grande discussão da oposição se limita a saber quem pode ser forte o bastante para prolongar a disputa até o segundo turno. Dilma deverá enfrentar, em junho, o teste de fogo da Copa do Mundo (se algo der muito errado, as consequências para o governo são imprevisíveis). Além disso, mais uma onda de protestos em junho já está agendada há tempos no calendário dos manifestantes.
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    4 /4(STR/AFP/Getty Images)

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