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Premiê espanhol enfrenta 1ª crise com rejeição de aliados a orçamento

Só 88 membros do Parlamento votaram a favor da proposta do governo socialista para suavizar a abordagem de redução do déficit - 173 votaram contra

Pedro Sánchez: gestão frágil de dois meses do primeiro-ministro pode passar a ser questionada (Rafael Marchante/Reuters)
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Reuters

Publicado em 27 de julho de 2018 às 20h16.

Madri - O primeiro-ministro da Espanha , Pedro Sánchez, enfrentou sua primeira grande crise nesta sexta-feira, quando aliados políticos retiraram seu apoio ao plano de orçamento do governo, uma manobra que cria novas dúvidas sobre a estabilidade política do país.

Só 88 membros do Parlamento votaram a favor da proposta do governo socialista para suavizar a abordagem de redução do déficit - 173 votaram contra e 86 se abstiveram. Três deputados não participaram da votação.

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O governo de Sánchez, que só controla 84 cadeiras no Parlamento de 350 assentos, não consegue aprovar o orçamento completo sem os partidos que o ajudaram a chegar ao poder em junho, quando estes apoiaram uma moção de censura contra seu antecessor conservador.

Se Sánchez não conseguir fazê-lo, sua gestão frágil de dois meses pode passar a ser questionada.

O governo se reuniu com alguns dos sete partidos que o apoiam na legislatura na quinta-feira no gabinete do premiê, mas as posições eram díspares demais para se chegar a um acordo, disseram fontes a par das conversas.

Uma das desavenças disse respeito à resistência dos socialistas para iniciar um inquérito sobre reportagens que trataram de negócios do ex-rei Juan Carlos com empresas em paraísos fiscais, disseram quatro fontes.

O escritório do rei não quis comentar as reportagens à Reuters, que não conseguiu verificá-las de forma independente.

Uma das fontes disse que o Podemos também pressionou por metas de déficit mais amenas e mais gastos no orçamento da quarta maior economia da zona do euro, ideias que o gabinete rejeitou.

No final da quinta-feira Sánchez admitiu que poderia perder a votação, mas manteve a posição de não antecipar a eleição nacional prevista para meados de 2020.

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