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Premiê de Israel quer fazer aliados políticos na América Latina

ÀS SETE - Em viagem que começa na Argentina, Benjamin Netanyahu, dá início à primeira visita oficial de um primeiro-ministro do país à região

Em Buenos Aires, Netanyahu se encontra com o presidente argentino, Mauricio Macri, e também com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes (Ronen Zvulun/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2017 às 06h39.

Última atualização em 11 de setembro de 2017 às 07h38.

A América Latina está no radar de Israel. Em viagem que começa na Argentina nesta segunda-feira, o premiê israelense Benjamin Netanyahu dá início à primeira visita oficial de um primeiro-ministro do país à região, incluindo passagens pela Colômbia, na quarta-feira 13, e pelo México, na quinta 14.

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A visita de “Bibi” termina nos Estados Unidos, onde, na quinta-feira 15, discursa na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

A parada final explica muita coisa sobre o interesse de Israel na América, já que Netanyahu vem se esforçando para angariar novos aliados que votem a seu favor na ONU. A contragosto de Israel, a organização se posiciona contra os mais de 4.000 assentamentos israelenses no território palestino.

Com o mesmo objetivo, o premiê israelense visitou nos últimos meses uma série de países aos quais nunca tinha ido antes, da Oceania à Ásia.

Boa parte da comunidade internacional já considera a Faixa de Gaza e a Cisjordânia como áreas palestinas, mas dos três países escolhidos por Netanyahu na América Latina, Colômbia e México ainda não veem a Palestina como um Estado.

Enquanto isso, a Argentina tem a maior comunidade judaica na região, com cerca de 300.000 pessoas — o país foi um dos principais destinos dos refugiados judeus que saíram da Europa durante a Segunda Guerra.

Em Buenos Aires, Netanyahu se encontra com o presidente argentino, Mauricio Macri, e também com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes.

O premiê participa ainda de uma cerimônia que marca o aniversário de dois ataques que mataram mais de 100 pessoas da comunidade judaico-argentina nos anos 90: um atentado à embaixada de Israel, em 1992, e a um centro judaico, em 1994. Israel acusa o Hezbollah e o Irã pelos ataques.

Tel-Aviv acredita que os tempos são bons para buscar alianças na América Latina, uma vez que os governos à esquerda na última década eram tradicionalmente mais favoráveis à questão palestina.

“Hoje, temos governos muito amigáveis e que têm uma visão parecida com a nossa”, disse o representante israelense na região, Modi Ephraim.

O país quer uma “diplomacia via tecnologia”, nas palavras do próprio Netanyahu. Israel tem um acordo de livre-comércio com o Mercosul desde 2005, e a América do Sul é destino de cerca de 2,4% das exportações israelenses.

Por isso, Netanyahu viaja ao lado de representantes de cerca de 30 empresas de tecnologia e segurança israelenses, e oferecerá oportunidades de negócios no setor aos governos locais.

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