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Pregador saudita quer obrigar uso de véu para crianças

Segundo a tradição muçulmana, as meninas devem cobrir o cabelo com um véu a partir da puberdade

Mulheres numa loja de lingerie, na Arábia Saudita: "Se a menina pode provocar certo desejo, seus pais devem cobrir seu rosto e impor o véu (...) para não tentar os perversos", considerou o pregador. (Amer Hilabi/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 13h06.

Riade - Um pregador saudita propôs obrigar meninas a partir de dois anos a utilizarem o véu para evitar o assédio sexual , o que provocou protestos na imprensa e nas redes sociais.

Durante uma intervenção na rede de programação religiosa Al-Majd, o xeque Abdullah al-Daud considerou que era preciso "impor o hijab (véu) às meninas a partir dos dois anos" e acrescentou que convinha seguir o exemplo "dos países do sudeste asiático".

Segundo a tradição muçulmana, as meninas devem cobrir o cabelo com um véu a partir da puberdade.

"Se a menina pode provocar certo desejo, seus pais devem cobrir seu rosto e impor o véu (...) para não tentar os perversos", considerou o pregador.

"A menina pode tentar os agressores sem saber", acrescentou, e lamentou a quantidade de agressões e de estupros de crianças no reino.

As declarações do pregador provocaram grandes protestos nas redes sociais.

"Queremos que estas declarações não sejam exageradas ou interpretadas como uma fatwa", declarou à AFP o influente pregador Salman al-Audah.

O escritor Badria al-Bisher criticou, em um editorial publicado pelo jornal Al-Hayat, o fato de o pregador "incentivar as meninas a utilizar o véu em vez de propor uma lei contra as agressões sexuais e uma campanha de sensibilização nas escolas e nos meios de comunicação".

As declarações do pregador foram muito criticadas no Twitter. "Punem a vítima", protestou um internauta.

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Riade - Um pregador saudita propôs obrigar meninas a partir de dois anos a utilizarem o véu para evitar o assédio sexual , o que provocou protestos na imprensa e nas redes sociais.

Durante uma intervenção na rede de programação religiosa Al-Majd, o xeque Abdullah al-Daud considerou que era preciso "impor o hijab (véu) às meninas a partir dos dois anos" e acrescentou que convinha seguir o exemplo "dos países do sudeste asiático".

Segundo a tradição muçulmana, as meninas devem cobrir o cabelo com um véu a partir da puberdade.

"Se a menina pode provocar certo desejo, seus pais devem cobrir seu rosto e impor o véu (...) para não tentar os perversos", considerou o pregador.

"A menina pode tentar os agressores sem saber", acrescentou, e lamentou a quantidade de agressões e de estupros de crianças no reino.

As declarações do pregador provocaram grandes protestos nas redes sociais.

"Queremos que estas declarações não sejam exageradas ou interpretadas como uma fatwa", declarou à AFP o influente pregador Salman al-Audah.

O escritor Badria al-Bisher criticou, em um editorial publicado pelo jornal Al-Hayat, o fato de o pregador "incentivar as meninas a utilizar o véu em vez de propor uma lei contra as agressões sexuais e uma campanha de sensibilização nas escolas e nos meios de comunicação".

As declarações do pregador foram muito criticadas no Twitter. "Punem a vítima", protestou um internauta.

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