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Potências fazem último esforço para alcançar acordo com Irã

O presidente iraniano, Hassan Rohani, vai discursar à nação na televisão pública às 17H30 GMT (14H30 de Brasília), anunciou o governo, sem revelar detalhes

O chanceler do Irã, Mohammad Zarif, participa de uma reunião sobre o programa nuclear, em Viena (Carlos Barria/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2015 às 10h22.

Viena - O Irã e as grandes potências lutavam contra o tempo nesta segunda-feira, em Viena, para finalizar um acordo sobre o programa nuclear iraniano até o fim do dia.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, vai discursar à nação na televisão pública às 17H30 GMT (14H30 de Brasília), anunciou o governo, sem revelar detalhes.

O principal representante iraniano em Viena, o ministro das Relações Exteriores Mohamad Javad Zarif, disse nesta segunda-feira que o país negociará "o que for necessário para terminar o trabalho".

"Todos trabalham para alcançar um 'sim' hoje, mas ainda precisamos de vontade política", escreveu no Twitter o diplomata iraniano Alireza Miryusefi, presente na capital austríaca.

"Não posso fazer nenhuma promessa para esta noite ou amanhã", disse nesta segunda-feira Abbas Araghci, um dos principais negociadores iranianos em Viena.

Outra fonte diplomática citou "obstáculos importantes" que ainda precisam ser resolvidos, antes do fim do prazo à meia-noite (19H00 de Brasília).

Mas o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, afirmou que já existem as condições para permitir um "bom acordo" e que não podem acontecer novos atrasos.

"A China pensa que não existe acordo perfeito, mas que as condições já existem para alcançar um bom acordo", declarou Wang, com a ajuda de um intérprete, ao chegar o palácio de Coburg, sede das negociações há 17 dias.

O Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) tentam concluir um acordo sobre o programa nuclear iraniano, que envenena as relações internacionais há mais de 12 anos.

Em 2013, as duas partes iniciaram negociações sérias para encontrar uma solução e, em abril de 2015, entraram em acordo em Lausanne (Suíça) sobre as linhas gerais de um texto, que incluía a diminuição do número de centrífugas e das reservas de urânio enriquecido de Teerã.

Entre os pontos de divergência se encontra o levantamento das restrições sobre as armas, que Teerã, apoiado por Moscou, exige que seja imediato. Os ocidentais consideram delicada esta demanda pelo envolvimento iraniano em vários conflitos, sobretudo em Síria, Iraque ou Iêmen.

Outro ponto de divergência: o ritmo da suspensão das sanções. Os iranianos querem um compromisso imediato de seus interlocutores, mas eles contemplam um levantamento gradual e a possibilidade de recuar em caso de violação do acordo.

O grupo 5+1 também exige que os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) recebam acesso caso necessário, ponto rejeitado por Teerã.

Finalmente os dois grupos negociadores diferem sobre a duração das cláusulas impostas ao Irã.

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Viena - O Irã e as grandes potências lutavam contra o tempo nesta segunda-feira, em Viena, para finalizar um acordo sobre o programa nuclear iraniano até o fim do dia.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, vai discursar à nação na televisão pública às 17H30 GMT (14H30 de Brasília), anunciou o governo, sem revelar detalhes.

O principal representante iraniano em Viena, o ministro das Relações Exteriores Mohamad Javad Zarif, disse nesta segunda-feira que o país negociará "o que for necessário para terminar o trabalho".

"Todos trabalham para alcançar um 'sim' hoje, mas ainda precisamos de vontade política", escreveu no Twitter o diplomata iraniano Alireza Miryusefi, presente na capital austríaca.

"Não posso fazer nenhuma promessa para esta noite ou amanhã", disse nesta segunda-feira Abbas Araghci, um dos principais negociadores iranianos em Viena.

Outra fonte diplomática citou "obstáculos importantes" que ainda precisam ser resolvidos, antes do fim do prazo à meia-noite (19H00 de Brasília).

Mas o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, afirmou que já existem as condições para permitir um "bom acordo" e que não podem acontecer novos atrasos.

"A China pensa que não existe acordo perfeito, mas que as condições já existem para alcançar um bom acordo", declarou Wang, com a ajuda de um intérprete, ao chegar o palácio de Coburg, sede das negociações há 17 dias.

O Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) tentam concluir um acordo sobre o programa nuclear iraniano, que envenena as relações internacionais há mais de 12 anos.

Em 2013, as duas partes iniciaram negociações sérias para encontrar uma solução e, em abril de 2015, entraram em acordo em Lausanne (Suíça) sobre as linhas gerais de um texto, que incluía a diminuição do número de centrífugas e das reservas de urânio enriquecido de Teerã.

Entre os pontos de divergência se encontra o levantamento das restrições sobre as armas, que Teerã, apoiado por Moscou, exige que seja imediato. Os ocidentais consideram delicada esta demanda pelo envolvimento iraniano em vários conflitos, sobretudo em Síria, Iraque ou Iêmen.

Outro ponto de divergência: o ritmo da suspensão das sanções. Os iranianos querem um compromisso imediato de seus interlocutores, mas eles contemplam um levantamento gradual e a possibilidade de recuar em caso de violação do acordo.

O grupo 5+1 também exige que os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) recebam acesso caso necessário, ponto rejeitado por Teerã.

Finalmente os dois grupos negociadores diferem sobre a duração das cláusulas impostas ao Irã.

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