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Possível candidatura de centrista pode alterar eleições da França

François Bayrou deve anunciar hoje se irá concorrer à eleição presidencial francesa, o que pode abalar o apoio ao independente Emmanuel Macron

Emmanuel Macron: se Bayrou decidir não concorrer, tanto Macron quanto o conservador François Fillon irão torcer para se beneficiar e obter uma vaga no segundo turno (Christian Hartmann/Reuters)

Emmanuel Macron: se Bayrou decidir não concorrer, tanto Macron quanto o conservador François Fillon irão torcer para se beneficiar e obter uma vaga no segundo turno (Christian Hartmann/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 11h01.

Paris - François Bayrou, candidato centrista nas três últimas eleições presidenciais da França, deve anunciar nesta quarta-feira se irá concorrer à disputa deste ano pelo Palácio do Eliseu, o que pode abalar o apoio ao independente Emmanuel Macron.

Pesquisas de opinião dão a Bayrou percentagens de um dígito no primeiro turno de 23 de abril, e portanto uma chance mínima de vitória.

Mesmo assim, sua presença na acirrada disputa provavelmente prejudicaria Macron, outro centrista que está entre os mais bem colocados, mas cuja campanha perdeu ímpeto nos últimos dias.

Se Bayrou decidir não concorrer, tanto Macron quanto o conservador François Fillon irão torcer para se beneficiar e obter uma vaga no segundo turno, quase certamente contra a líder de extrema direita Marine Le Pen.

Bayrou, ex-ministro da Educação de 65 anos, já descartou apoiar Fillon e poderia declarar apoio a Macron. Ele disse que irá comunicar sua decisão perto das 16h30 locais na sede de seu movimento político, o MoDem, em Paris.

Sondagens mostram Fillon, ex-primeiro-ministro conservador, e Macron, ex-banqueiro de investimento e ex-ministro da Economia, disputando cabeça a cabeça um segundo lugar no primeiro turno.

A pesquisa mais recente, desta quarta-feira, mostrou pouca diferença no padrão. Le Pen lidera as intenções de voto com 26 por cento de apoio, Macron aparece em segundo com 22 por cento e Fillon vem logo atrás com 21 por cento,

Qualquer um dos dois derrotaria Le Pen no segundo turno em maio, uma tendência confirmada pelo levantamento desta quarta-feira da empresa Opinionway, embora ela venha reduzindo a desvantagem em enquetes recentes.

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