Possibilidade de ataque ao Irã é debatida em Israel
Membros do governo discutem a possibilidade de um ataque contra as instalações nucleares do rival
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2011 às 16h36.
Jerusalém - A possibilidade de ataques a instalações nucleares do Irã tornou-se assunto de discussão entre opositores e defensores da ideia no governo de Israel , que utilizam bem organizados vazamentos à imprensa para incrementar a polêmica.
O debate público põe de um lado o chefe do governo, Benjamin Netanyahu, associado ao ministro da Defesa, Ehud Barak, e ao chefe da diplomacia, Avigdor Lieberman, que propõem a "opção militar", e do outro o restante do gabinete e autoridades das agências de segurança.
Estes últimos defendem a conveniência de sanções econômicas para fazer pressão sobre Teerã.
O Irã já advertiu que "sancionará" Israel no caso de um ataque. "Os Estados Unidos sabem que todo ataque do regime sionista contra o Irã produzirá sérios danos não apenas contra esse regime, mas também contra os Estados Unidos", disse o chefe do Estado Maior iraniano, o general Hasan Firouzabadi, citado pela agência de imprensa Fars.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, negou-se a comentar na quarta-feira "este tipo de especulação".
Neste contexto, o Ministério da Defesa anunciou na quarta-feira que Israel havia realizado com êxito testes de um sistema de propulsão de foguetes, que os veículos da imprensa israelense chamaram de "um míssil balístico".
A rádio pública, citando especialistas militares estrangeiros, afirmou que seria um míssil de longo alcance capaz de atingir o Irã e no qual seria possível instalar dispositivos nucleares.
Israel é considerado uma potência atômica na região, mas jamais confirmou ou desmentiu possuir capacidade militar nuclear.
Em resposta às especulações da imprensa, o ministro Barak desmentiu na segunda-feira informações sobre uma eventual decisão já selada com Netanyahu de atacar o Irã.
Até o momento, a maioria dos 15 ministros que compõem o gabinete de segurança, a única instância com poder de dar luz verde a uma operação ofensiva de tal envergadura, se opõe aos ataques contra o Irã, segundo a rádio militar.
O chefe do Estado Maior, o general Benny Gantz; o diretor do Mossad, Tamir Pardo; o chefe da inteligência militar, general Aviv Kochavi; e o chefe do Shin Beth (segurança interna), Yoram Cohen, também são hostis a uma operação no Irã. Todos eles foram nomeados recentemente.
Entre os ministros que se opõem ao ataque estão o moderado Dan Méridor, encarregado dos serviços de inteligência; Elie Yishai (Interior), chefe do partido ultraortodoxo Shass, e as três "águias": Benny Begin (sem pasta), Moshé Yaalon (Assuntos Estratégicos) e Youval Steinitz (Finanças).
Segundo estes ministros, Israel não pode intervir militarmente sozinho, mas em coordenação com os Estados Unidos.
Barak mencionou essa possibilidade na terça-feira diante do Knesset.
"Pode ser criada uma situação no Oriente Médio na qual Israel tenha de defender seus interesses vitais de forma independente, sem ter que se apoiar necessariamente em forças regionais ou extrarregionais", disse.
Os líderes israelenses esperam o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o programa nuclear iraniano, previsto para 8 de novembro e deverá ter uma "influência decisiva" sobre o governo, afirmou o jornal Haaretz.
Jerusalém - A possibilidade de ataques a instalações nucleares do Irã tornou-se assunto de discussão entre opositores e defensores da ideia no governo de Israel , que utilizam bem organizados vazamentos à imprensa para incrementar a polêmica.
O debate público põe de um lado o chefe do governo, Benjamin Netanyahu, associado ao ministro da Defesa, Ehud Barak, e ao chefe da diplomacia, Avigdor Lieberman, que propõem a "opção militar", e do outro o restante do gabinete e autoridades das agências de segurança.
Estes últimos defendem a conveniência de sanções econômicas para fazer pressão sobre Teerã.
O Irã já advertiu que "sancionará" Israel no caso de um ataque. "Os Estados Unidos sabem que todo ataque do regime sionista contra o Irã produzirá sérios danos não apenas contra esse regime, mas também contra os Estados Unidos", disse o chefe do Estado Maior iraniano, o general Hasan Firouzabadi, citado pela agência de imprensa Fars.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, negou-se a comentar na quarta-feira "este tipo de especulação".
Neste contexto, o Ministério da Defesa anunciou na quarta-feira que Israel havia realizado com êxito testes de um sistema de propulsão de foguetes, que os veículos da imprensa israelense chamaram de "um míssil balístico".
A rádio pública, citando especialistas militares estrangeiros, afirmou que seria um míssil de longo alcance capaz de atingir o Irã e no qual seria possível instalar dispositivos nucleares.
Israel é considerado uma potência atômica na região, mas jamais confirmou ou desmentiu possuir capacidade militar nuclear.
Em resposta às especulações da imprensa, o ministro Barak desmentiu na segunda-feira informações sobre uma eventual decisão já selada com Netanyahu de atacar o Irã.
Até o momento, a maioria dos 15 ministros que compõem o gabinete de segurança, a única instância com poder de dar luz verde a uma operação ofensiva de tal envergadura, se opõe aos ataques contra o Irã, segundo a rádio militar.
O chefe do Estado Maior, o general Benny Gantz; o diretor do Mossad, Tamir Pardo; o chefe da inteligência militar, general Aviv Kochavi; e o chefe do Shin Beth (segurança interna), Yoram Cohen, também são hostis a uma operação no Irã. Todos eles foram nomeados recentemente.
Entre os ministros que se opõem ao ataque estão o moderado Dan Méridor, encarregado dos serviços de inteligência; Elie Yishai (Interior), chefe do partido ultraortodoxo Shass, e as três "águias": Benny Begin (sem pasta), Moshé Yaalon (Assuntos Estratégicos) e Youval Steinitz (Finanças).
Segundo estes ministros, Israel não pode intervir militarmente sozinho, mas em coordenação com os Estados Unidos.
Barak mencionou essa possibilidade na terça-feira diante do Knesset.
"Pode ser criada uma situação no Oriente Médio na qual Israel tenha de defender seus interesses vitais de forma independente, sem ter que se apoiar necessariamente em forças regionais ou extrarregionais", disse.
Os líderes israelenses esperam o relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o programa nuclear iraniano, previsto para 8 de novembro e deverá ter uma "influência decisiva" sobre o governo, afirmou o jornal Haaretz.