Exame Logo

Porta-voz do EI ameaça realizar atentados durante eleições no Iraque

Em uma mensagem de voz, o representante do grupo terrorista advertiu a todos os sunitas do país que "evitem" comparecer aos centros de votação

Iraque: o principal favorito para ganhar as eleições, o atual primeiro-ministro Haidar al Abadi, anunciou em dezembro a derrota do EI (Khalid al Mousily/Reuters)
E

EFE

Publicado em 23 de abril de 2018 às 06h45.

Cairo - O porta-voz do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), Abu al Hassan al Muhajir, convocou neste domingo os jihadistas a cometerem atentados contra as seções eleitorais durante o próximo pleito no Iraque, que está previsto para 12 de maio e será o primeiro após a derrota da organização terrorista no país.

Em mensagem difundida pelo aplicativo de mensagens Telegram, e cuja autenticidade não pôde ser verificada, a suposta voz de Muhajir ameaça com "ataques contra o governo xiita no Iraque e contra todos as seções eleitorais e indivíduos que se encontrarem em seu interior".

Veja também

Na mensagem de voz de quase 49 minutos de duração, o porta-voz do grupo terrorista advertiu a todos os sunitas do Iraque que "evitem" comparecer aos centros de votação.

O principal favorito para ganhar as eleições, o atual primeiro-ministro Haidar al Abadi, anunciou em dezembro a derrota do EI após três anos de ocupação, nos quais os jihadistas controlaram grande parte do território iraquiano.

Muhajir convocou todos os simpatizantes do grupo radical, que ainda controla uma pequena parte da Síria, sobretudo na fronteira com o Iraque, que "deixem em ruínas" os postos de "segurança, econômicos e midiáticos" do governo iraquiano.

Na mensagem, que não está datada, o porta-voz afirmou também que os EUA fracassaram e perguntou se o governo americano acredita que "terá seus crimes contra os sunitas perdoados" "com o bombardeio" contra o regime sírio, que é aliado dos iranianos.

Se a autenticidade da mensagem for comprovada, isso significa que ela foi gravada há poucos dias, já que faz referência ao bombardeio conjunto de EUA, França e Reino Unido em 14 de abril contra posições do governo sírio, que os três países associam ao programa de armamento químico que supostamente foi usado em um ataque nos arredores de Damasco.

Além disso, confirmaria que Muhajir, um dos líderes do grupo terrorista, continua vivo.

Ainda há dúvidas se o líder máximo do EI, Abu Bakr al Baghdadi, morreu ou não, uma vez que, em julho do ano passado, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), citando fontes da própria organização, assegurou que o califa autoproclamado tinha perdido a vida.

Além disso, em 16 de junho de 2017, o Ministério da Defesa russo disse que Baghdadi poderia ter morrido em 28 de maio em um bombardeio da aviação russa ao sul da cidade de Al Raqqa, que era considerada a fortaleza dos extremistas na Síria, mas sem confirmar tal informação.

No entanto, Baghdadi supostamente reapareceu em setembro com uma mensagem de voz incentivando os "soldados do Califado" a continuarem com a sua batalha.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasEstado IslâmicoIraqueMortes

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame