Por que o mês de maio tem tirado o sono de Barack Obama
Três grandes polêmicas rondam a Casa Branca nos últimos dias, mas aprovação do presidente manteve níveis
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2013 às 13h38.
São Paulo – Maio não está sendo um mês fácil para o presidente dos Estados Unidos , Barack Obama . Nos últimos dias, algumas polêmicas surgiram, colocando a imagem da administração do político em risco.
São três principais assuntos que ganharam o noticiário: uma investigação polêmica da Receita Federal dos Estados Unidos, grampos secretos em telefones de uma agência de notícias, e mais polêmica sobre um atentado na Líbia em 2012.
Os primeiros números indicam que as polêmicas não causaram efeito imediato na imagem de Obama. Pesquisa realizada pela CNN e o instituto ORC na semana passada mostra que 53% dos americanos entrevistados aprovam o trabalho do presidente, enquanto 45% desaprovam, níveis muito próximos dos anteriores.
As próximas semanas, porém, prometem trazer mais detalhes sobre as histórias, conforme investigações avançarem.
Conheça as três polêmicas sobre a administração de Obama que surgiram nos últimos dias:
Receita Federal indiscreta
Neste mês, apareceram denúncias de que o Internal Revenue Service (IRS, equivalente a Receita Federal dos Estados Unidos) teria investigado além do necessário e de maneira inapropriada membros de grupos mais conservadores do partido Republicano nos Estados Unidos, que faz oposição a Obama.
O alvo seriam grupos que pediam registro como instituição sem fins lucrativos para obter alguns incentivos fiscais. Nesse caso, é necessária uma averiguação, mas essa seria uma desculpa para investigações consideradas abusivas.
Em 15 de maio, Obama discursou sobre o assunto. Na ocasião, disse que não havia desculpas para tal situação. É indesculpável e os americanos têm todo o direito de ficarem nervosos sobre isso, e eu estou nervoso também. Não vou tolerar este tipo de comportamento em nenhuma agência, especialmente no IRS, dado o poder que o serviço tem sobre a vida de todos, disse o presidente no discurso realizado na Casa Branca.
Na ocasião, Obama anunciou uma investigação sobre o assunto.
Nesta semana o foco está no início dos interrogatórios sobre o caso, que pode determinar que membros do governo poderiam já saber das investigações.
Gravações secretas
Outro escândalo que vem tirando o sono de Obama nos últimos dias é que foi descoberto que o Departamento de Justiça fez gravações secretas em 2012 de ligações da agência de notícias Associated Press (AP).
O escândalo se tornou público porque a agência foi notificada sobre o que aconteceu há alguns dias. Não questionamos o direito de conduzir esse tipo de investigação, mas achamos que fizeram da maneira errada, disse Gary Pruitt, CEO da AP, em entrevista ao programa Face the Nation, da CBS . O executivo classificou as ações de inconstitucionais. Veja a entrevista (em inglês).
http://cnettv.cnet.com/av/video/cbsnews/atlantis2/cbsnews_player_embed.swf
Segundo Pruitt, as gravações foram feitas dentro de um período de dois meses e alcançaram 21 linhas telefônicas usadas por repórteres da AP. As linhas eram tanto profissionais quanto residenciais e de celulares, disse o executivo.
O Departamento de Justiça não explicou o motivo das gravações na notificação, mas a principal hipótese é que elas tenham sido feitas porque a AP descobriu antes do anúncio oficial que os Estados Unidos conseguiram frustrar um ataque terrorista que seria feito pela Al-Qaeda no dia em que a morte de Osama bin Laden completaria um ano.
O executivo disse que o principal problema com essas gravações é que elas não eram restritas ao assunto. Segundo ele, o Departamento de Justiça nunca pediu as gravações feitas pela agência. Caso a companhia não concordasse com o pedido, o assunto poderia ter sido levado para um corte e decidido de maneira mais democrática, na visão de Pruitt. Além disso, o CEO da AP disse que fontes oficiais do governo que conversavam corriqueiramente com os jornalistas da agência já disseram que agora estão mais resistentes a falar, com medo de serem monitorados secretamente pelo governo.
Uma investigação pública sobre as gravações foi iniciada e Obama já precisou se manifestar algumas vezes sobre o assunto nos últimos dias. Em entrevista coletiva na qual foi questionado algumas vezes sobre o assunto, o presidente disse que era preciso alcançar um equilíbrio entre liberdade de imprensa e segurança nacional.
Vazamentos relacionados com a segurança nacional podem colocar pessoas em risco, disse Obama, sem comentar o caso de maneira mais específica.
Benghazi gate
Em setembro do ano passado, uma missão americana sofreu um ataque em Benghazi, cidade da Líbia. Desde o acontecimento, Republicanos, que fazem oposição a Obama, vêm acusando governo de minimizar as circunstâncias do ataque, que poderia ter reflexo ruim na campanha de reeleição de Obama.
Mesmo passado o período de reeleição, as acusações de que o governo estaria escondendo fatos sobre o ataque continuam.
Na tentativa de minimizar as polêmicas, a Casa Branca liberou na semana passada cerca de 100 e-mails com mensagens sobre o caso.
O assunto voltou a ganhar destaque na imprensa americana, Obama precisou responder perguntas sobre o assunto em entrevistas na Casa Branca, e os Republicanos continuam achando a publicação insuficiente.
São Paulo – Maio não está sendo um mês fácil para o presidente dos Estados Unidos , Barack Obama . Nos últimos dias, algumas polêmicas surgiram, colocando a imagem da administração do político em risco.
São três principais assuntos que ganharam o noticiário: uma investigação polêmica da Receita Federal dos Estados Unidos, grampos secretos em telefones de uma agência de notícias, e mais polêmica sobre um atentado na Líbia em 2012.
Os primeiros números indicam que as polêmicas não causaram efeito imediato na imagem de Obama. Pesquisa realizada pela CNN e o instituto ORC na semana passada mostra que 53% dos americanos entrevistados aprovam o trabalho do presidente, enquanto 45% desaprovam, níveis muito próximos dos anteriores.
As próximas semanas, porém, prometem trazer mais detalhes sobre as histórias, conforme investigações avançarem.
Conheça as três polêmicas sobre a administração de Obama que surgiram nos últimos dias:
Receita Federal indiscreta
Neste mês, apareceram denúncias de que o Internal Revenue Service (IRS, equivalente a Receita Federal dos Estados Unidos) teria investigado além do necessário e de maneira inapropriada membros de grupos mais conservadores do partido Republicano nos Estados Unidos, que faz oposição a Obama.
O alvo seriam grupos que pediam registro como instituição sem fins lucrativos para obter alguns incentivos fiscais. Nesse caso, é necessária uma averiguação, mas essa seria uma desculpa para investigações consideradas abusivas.
Em 15 de maio, Obama discursou sobre o assunto. Na ocasião, disse que não havia desculpas para tal situação. É indesculpável e os americanos têm todo o direito de ficarem nervosos sobre isso, e eu estou nervoso também. Não vou tolerar este tipo de comportamento em nenhuma agência, especialmente no IRS, dado o poder que o serviço tem sobre a vida de todos, disse o presidente no discurso realizado na Casa Branca.
Na ocasião, Obama anunciou uma investigação sobre o assunto.
Nesta semana o foco está no início dos interrogatórios sobre o caso, que pode determinar que membros do governo poderiam já saber das investigações.
Gravações secretas
Outro escândalo que vem tirando o sono de Obama nos últimos dias é que foi descoberto que o Departamento de Justiça fez gravações secretas em 2012 de ligações da agência de notícias Associated Press (AP).
O escândalo se tornou público porque a agência foi notificada sobre o que aconteceu há alguns dias. Não questionamos o direito de conduzir esse tipo de investigação, mas achamos que fizeram da maneira errada, disse Gary Pruitt, CEO da AP, em entrevista ao programa Face the Nation, da CBS . O executivo classificou as ações de inconstitucionais. Veja a entrevista (em inglês).
http://cnettv.cnet.com/av/video/cbsnews/atlantis2/cbsnews_player_embed.swf
Segundo Pruitt, as gravações foram feitas dentro de um período de dois meses e alcançaram 21 linhas telefônicas usadas por repórteres da AP. As linhas eram tanto profissionais quanto residenciais e de celulares, disse o executivo.
O Departamento de Justiça não explicou o motivo das gravações na notificação, mas a principal hipótese é que elas tenham sido feitas porque a AP descobriu antes do anúncio oficial que os Estados Unidos conseguiram frustrar um ataque terrorista que seria feito pela Al-Qaeda no dia em que a morte de Osama bin Laden completaria um ano.
O executivo disse que o principal problema com essas gravações é que elas não eram restritas ao assunto. Segundo ele, o Departamento de Justiça nunca pediu as gravações feitas pela agência. Caso a companhia não concordasse com o pedido, o assunto poderia ter sido levado para um corte e decidido de maneira mais democrática, na visão de Pruitt. Além disso, o CEO da AP disse que fontes oficiais do governo que conversavam corriqueiramente com os jornalistas da agência já disseram que agora estão mais resistentes a falar, com medo de serem monitorados secretamente pelo governo.
Uma investigação pública sobre as gravações foi iniciada e Obama já precisou se manifestar algumas vezes sobre o assunto nos últimos dias. Em entrevista coletiva na qual foi questionado algumas vezes sobre o assunto, o presidente disse que era preciso alcançar um equilíbrio entre liberdade de imprensa e segurança nacional.
Vazamentos relacionados com a segurança nacional podem colocar pessoas em risco, disse Obama, sem comentar o caso de maneira mais específica.
Benghazi gate
Em setembro do ano passado, uma missão americana sofreu um ataque em Benghazi, cidade da Líbia. Desde o acontecimento, Republicanos, que fazem oposição a Obama, vêm acusando governo de minimizar as circunstâncias do ataque, que poderia ter reflexo ruim na campanha de reeleição de Obama.
Mesmo passado o período de reeleição, as acusações de que o governo estaria escondendo fatos sobre o ataque continuam.
Na tentativa de minimizar as polêmicas, a Casa Branca liberou na semana passada cerca de 100 e-mails com mensagens sobre o caso.
O assunto voltou a ganhar destaque na imprensa americana, Obama precisou responder perguntas sobre o assunto em entrevistas na Casa Branca, e os Republicanos continuam achando a publicação insuficiente.