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Por coronavírus, Itália decreta quarentena a 16 milhões de habitantes

Com mais de 5 mil infectados, país é o epicentro do surto da doença na Europa; isolamento atinge um quarto da população

Itália: No sábado, país registrou seu maior aumento diário nos casos de coronavírus desde o início do surto no norte do país (Marzio Toniolo/Reuters)

Itália: No sábado, país registrou seu maior aumento diário nos casos de coronavírus desde o início do surto no norte do país (Marzio Toniolo/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 8 de março de 2020 às 09h20.

Última atualização em 8 de março de 2020 às 10h46.

Itália — O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou na madrugada deste domingo (08) uma ampla quarentena para conter o novo coronavírus, impondo restrições de movimento sobre cerca de um quarto da população do país para conter o surto da doença.

Conte firmou um decreto depois da meia-noite (hora local) que restringia o movimento de pessoas na região da Lombardia e em ao menos 14 províncias, nas quais vivem mais de 16 milhões de pessoas. O país tem cerca de 60 milhões de habitantes.

As medidas devem vigorar até 3 de abril. Conte informou que haverá proibição para entrada e saída da área e também restrição a movimentações dentro desse território. A Itália é o epicentro do surto da doença na Europa e enfrenta uma possível recessão.

Veneza cancelou seu movimentado Carnaval e vários governos desaconselharam viagens ao país. As taxas de ocupação em Veneza caíram para patamares próximos de 1% a 2%.

No sábado, a Itália registrou seu maior aumento diário nos casos de coronavírus desde o início do surto no norte do país, em 21 de fevereiro.

A Agência de Defesa Civil informou em seu relatório diário sobre 1.247 novos infectados registrados nas últimas 24 horas, elevando o total a 5.883. Outras 36 pessoas morreram após contrair o vírus, elevando esse total para 233 no país. 

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