Mike Pompeo: americano afirmou que os EUA e seus aliados europeus têm objetivos idênticos: "assegurar que o Irã não obtenha armas nucleares" (Leah Millis/Reuters)
AFP
Publicado em 14 de maio de 2018 às 18h50.
O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, se reuniu nos últimos dias com seus homólogos dos países europeus signatários do acordo nuclear do Irã para lhes pedir que mantenham sua "cooperação forte" com Washington após a retirada dos Estados Unidos.
"O secretário de Estado apontou o bom trabalho que realizaram nos últimos meses para enfrentar as ameaças comuns e disse que esperava que possamos continuar com esta cooperação forte para seguir em frente", informou nesta segunda-feira (14) o Departamento de Estado americano em comunicado.
Trump deu em janeiro um ultimato a França, Reino Unido e Alemanha, signatários como Estados Unidos, China e Rússia do acordo com Teerã para frear o desenvolvimento de armamento nuclear no Irã. O presidente exigiu que fossem encontradas antes de 12 de maio soluções para emendar um texto que considerava que muito flexível.
O presidente dos Estados Unidos decidiu unilateralmente abandonar o acordo na semana passada, apesar de as negociações entre Washington e Europa estarem bastante avançadas.
O secretário de Estado falou por telefone com os ministros das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian; do Reino Unido, Boris Johnson; e Alemanha, Heiko Maas. Pompeo afirmou que os Estados Unidos e seus aliados europeus têm objetivos idênticos: "assegurar que o Irã não obtenha armas nucleares" e "se contrapor às atividades de desestabilização do regime iraniano região".
Pompeo manifestou no domingo sua intenção de trabalhar "estreitamente com os europeus" para alcançar "nos próximos dias ou semanas (...) um acordo que funcione de verdade" no Irã, "e não somente de seu programa nuclear, mas de seus mísseis e de sua conduta maligna".
Antes de Trump anunciar no final de abril sua decisão, o presidente francês, Emmanuel Macron, propôs na Casa Branca trabalhar em um "acordo novo" com o Irã, em que o pacto de 2015 sobre o desenvolvimento nuclear seria o primeiro dos quatro "pilares" para tentar dar uma resposta às preocupações americanas.