Pompeo vai debater desnuclearização com Coreia do Norte na próxima semana
Após a cúpula entre Trump e Kim, o secretário de Estado americano vai visitar a Coreia da Norte para debater os planos de desnuclearização do país
Reuters
Publicado em 28 de junho de 2018 às 16h08.
Última atualização em 28 de junho de 2018 às 16h10.
Washington - O secretário de Estado norte-americano , Mike Pompeo, pretende viajar à Coreia do Norte na próxima semana para debater os planos de desnuclearização do país, noticiou o Financial Times nesta quinta-feira, citando quatro pessoas a par de seus planos.
Autoridades dos EUA disseram que Pompeo cancelou uma reunião com seu homólogo indiano em Washington no dia 6 de julho para voar a Pyongyang, segundo o jornal. Seria sua primeira visita à Coreia do Norte desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, realizaram uma cúpula inédita em 12 de junho em Cingapura.
Um funcionário do Departamento de Estado não confirmou a reportagem do Financial Times e disse à Reuters que não existem planos de viagem a anunciar.
Pompeo, que foi encarregado de liderar as negociações com vista a persuadir Pyongyang a abdicar de um programa nuclear que é fonte de tensão internacional há décadas, viajou duas vezes ao país recluso para preparar a cúpula de Cingapura. Na semana passada ele disse que provavelmente voltaria "antes de um tempo terrivelmente longo" para tentar fortalecer compromissos assumidos durante o encontro Trump-Kim.
Na quarta-feira Pompeo disse a parlamentares que acredita que o regime entende o alcance do desejo norte-americano de ver uma desnuclearização completa, como os dois países negociaram depois da cúpula.
"Temos sido bastante explícitos em nossas conversas quanto ao que queremos dizer quando dizemos desnuclearização completa", afirmou Pompeo em uma audiência de um subcomitê do Senado.
Depois da cúpula Trump foi criticado por analistas de segurança por concordar com um comunicado conjunto que não forneceu detalhes de como Pyongyang abrirá mão de suas armas nucleares e mísseis balísticos.