Polônia diz que 115.000 ucranianos chegaram ao país desde ataque russo
Segundo o governo polonês, 90% dos migrantes têm onde dormir, seja em casas de amigos, ou de familiares. Os demais serão recebidos em centros de acolhimento que serão instalados perto da fronteira
André Lopes
Publicado em 26 de fevereiro de 2022 às 14h21.
Última atualização em 26 de fevereiro de 2022 às 14h21.
Cerca de 115.000 ucranianos cruzaram a fronteira com a Polônia desde o início do ataque russo, na quinta-feira - anunciou vice-ministro polonês do Interior, Pawel Szefernaker, neste sábado, 26.
Ele atualizou o balanço divulgado em uma entrevista coletiva apenas quatro horas antes, de cerca de 100.000 pessoas, o que mostra a rapidez com que os refugiados estão fugindo do país em guerra.
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"Até agora, 115.000 pessoas cruzaram a fronteira ucraniao-polonesa desde que explodiu a guerra", disse Szefernaker à imprensa na cidade polonesa de Dorohusk, no leste do país.
Segundo ele, 90% dos migrantes têm onde dormir, seja em casas de amigos, ou de familiares. Os demais serão recebidos em centros de acolhimento que serão instalados perto da fronteira.
Lá, receberão comida e assistência médica, terão um lugar para dormir e contarão com um centro de informações sobre os procedimentos que precisam realizar.
O diretor da Polícia de Fronteiras, Tomasz Praga, acrescentou, na entrevista coletiva, que apenas na sexta-feira cerca de 50 mil pessoas cruzaram a fronteira.
A Polônia, onde cerca de 1,5 milhão de ucranianos viviam antes da invasão, expressou um forte apoio a Kiev. Até agora, recebeu a maior parte dos deslocados.
"De acordo com a última atualização, 116.000 fugiram para países vizinhos desde 24 de fevereiro, principalmente para Polônia, Hungria, Moldávia, Eslováquia e Romênia", informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), neste sábado, no Twitter.
"Os números estão aumentando", acrescentou.