Policial que fazia segurança na escola não entrou no prédio
O policial Scot Peterson, que estava uniformizado e encarregado pela instituição, era o único agente presente naquele dia. Ele pediu demissão após suspensão
Reuters
Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 09h26.
Última atualização em 23 de fevereiro de 2018 às 09h33.
Flórida - O policial armado encarregado da segurança na escola da Flórida onde 17 pessoas foram mortas a tiros pediu demissão após receber uma suspensão, depois que uma investigação interna mostrou que ele não entrou no colégio para confrontar o agressor durante o ataque, disse o chefe de polícia do distrito na quinta-feira.
O policial Scot Peterson, que estava de plantão e uniformizado encarregado pela escola Marjory Stoneman Douglas, era o único agente de segurança presente no dia 14 de fevereiro quando o ataque começou, disse o chefe de polícia de Broward, Scott Israel.
As ações de Peterson foram registradas em vídeo durante o massacre, o segundo mais letal a acontecer em uma escola pública dos Estados Unidos, conduzido por um ex-aluno armado com um fuzil de assalto semiautomático do tipo AR-15.
Nikolas Cruz, de 19 anos, foi preso e acusado de 17 homicídios premeditados.
"O que eu vi foi um policial chegar ao lado oeste do prédio 12, assumir uma posição e ele nunca entrou", disse Israel, se referindo ao prédio da escola onde autoridades dizem que a maior parte do ataque aconteceu.
Israel disse a repórteres que o ataque na cidade de Parkland durou seis minutos e que Peterson chegou ao prédio cerca de 90 segundos depois dos primeiros disparos, e então ficou do lado de fora por ao menos quatro minutos.
Questionado sobre o que o policial deveria ter feito, Israel respondeu "Entrado. Abordado o assassino. Matado o assassino."
Israel disse que havia decidido suspender Peterson com base em sua análise do vídeo, mas que o policial pediu demissão antes.