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Policiais israelenses e manifestantes se enfrentam em localidade beduína

O Exército israelense expulsou os habitantes de Khan al-Ahmar e anunciou o fechamento das rotas de acesso a essa localidade de 173 habitantes

Mais de 30 pessoas ficaram feridas e 4 foram hospitalizadas, de acordo com a Cruz Vermelha palestina (Mohamad Torokman/Reuters)
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AFP

Publicado em 4 de julho de 2018 às 12h18.

As forças de segurança israelenses e manifestantes se enfrentaram nesta quarta-feira (4) em um povoado beduíno da Cisjordânia ocupada, cuja destruição foi anunciada por Israel.

Na terça-feira, o Exército israelense apresentou uma ordem de expulsão aos habitantes de Khan al-Ahmar, anunciando o fechamento das rotas de acesso a essa localidade de 173 habitantes, segundo a B'Tselem, uma ONG israelense que se opõe à ocupação dos territórios palestinos.

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Khan al-Ahmar fica ao leste de Jerusalém, na estrada que leva ao mar Morto e perto de várias colônias israelenses.

Hoje, vários veículos pesados foram enviados para os arredores da localidade, o que motivou os manifestantes a lançarem pedras antes do início dos confrontos com as forças de segurança israelenses.

"Os preparativos da destruição do lugar se estabeleceram esta manhã, e várias pessoas foram detidas quando protestavam pacificamente, bloqueando um buldôzer", afirmou o porta-voz da B'Tselem, Amit Gilutz, em um comunicado.

Mais de 30 pessoas ficaram feridas, e quatro delas foram hospitalizadas, de acordo com a Cruz Vermelha palestina.

Segundo as autoridades israelenses, o povoado foi construído de forma ilegal, e a Suprema Corte rejeitou em maio um apelo dos moradores contra a demolição.

Os habitantes e os militantes da B'Tselem ressaltam, por sua vez, que é praticamente impossível que os palestinos obtenham permissões de construção das autoridades israelenses nesse setor da Cisjordânia.

As autoridades israelenses propuseram aos habitantes se instalarem em outro setor da região.

O Exército israelense ainda não havia reagido nesta quarta.

As forças de segurança também destruíram estruturas habitacionais e agrícolas no povoado beduíno vizinho de Abu Nuwar, deixando 62 pessoas sem casa, completou a B'Tselem.

De acordo com a ONG, a continuação da construção das colônias israelenses situadas ao leste de Jerusalém pode levar a uma divisão entre o norte e o sul da Cisjordânia, território ocupado por Israel há mais de 50 anos.

"Os habitantes não empregaram os procedimentos que lhes foram oferecidos, embora soubessem que, se não fizessem isso, as construções ilegais seriam destruídas", afirmou, em um comunicado, o organismo israelense encarregado de assuntos cívicos nos territórios palestinos ocupados.

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