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Polícia dissolve manifestação da oposição na Venezuela

Membros da Guarda Nacional Bolivariana dissolveram a concentração opositora na zona de Paraiso quando tentavam marchar para o centro

Protesto na Venezuela: nesta quarta, a Venezuela é palco manifestações a favor e contra o Governo de Nicolás Maduro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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EFE

Publicado em 19 de abril de 2017 às 16h02.

Caracas - A polícia dissolveu nesta quarta-feira com gás lacrimogêneo uma das manifestações opositores no centro de Caracas que pretendia chegar à sede da Defensoria do Povo, enquanto em outra manifestação contrária ao Governo uma pessoa foi baleada.

Membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) dissolveram a concentração opositora na zona de Paraiso quando tentavam marchar para o centro, o que originou no enfrentamento com alguns manifestantes, que responderam lançando pedras contra os agentes, segundo constatou a Agência Efe.

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"Denunciamos um manifestante ferido de bala na Praça La Estrella de San Bernardino. #UnidosContraElGolpe", afirmou em sua conta no Twitter o deputado Jorge Millán, em referência aos fatos ocorridos em outra zona do centro da cidade, dos quais não foram revelados detalhes, nem os autores do disparo.

Vários meios locais informaram que o ferido é um jovem de 19 anos, chamado Carlos José Moreno, que está sendo atendido no Hospital das Clínicas Caracas, centro privado de saúde próxima à zona do fato.

Da sua parte, em sua conta no Twiter, a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) afirmou que, apesar da "repressão" em Paraiso, os cidadãos continuaram marchando.

Desde a marcha que partia desde a cêntrica avenida El Libertador de Caracas, o deputado Henry Ramos Allup e o governador do ocidental estado Lara, Henri Falcón, tentaram dialogar com funcionários da estatal Polícia Nacional Bolivariana (PNB) para que permitissem a passagem desde o leste ao oeste da cidade.

"Quer dizer que a oposição só pode se manifestar no leste? Isso não pode ser porque, por exemplo, eu sou deputado por Caracas e eu tenho direito a me manifestar em Caracas", disse Ramos Allup aos agentes da PNB.

O deputado indicou posteriormente aos jornalistas que explicou a um uniformizado que sua intenção era entregar um comunicado perante a Defensoria do Povo.

"O oficial nos disse que um representante da Defensoria viria para onde estamos", acrescentou o deputado desde a barreira policial, apontando que isto "não é suficiente" porque os venezuelanos têm direito a circular por todo o país.

A Venezuela é palco manifestações a favor e contra o Governo de Nicolás Maduro.

As manifestações ocorrem em um momento de incerteza no país, com diversos protestos antigovernamentais que deixaram pelo menos seis mortos - entre eles um agente policial - dezenas de feridos e mais de 500 detidos, dos quais mais de 200 estão privados de liberdade, segundo balanços da oposição e da ONG Fórum Penal Venezuelano.

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