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Polícia da Ucrânia se retira de praça em Kiev

A polícia e agentes do Ministério do Interior deixaram a Praça da Independência, em Kiev, após retirar durante a madrugada as barricadas instaladas no local

Agentes da Polícia da Ucrânia fazem fila durante manifestação em Kiev: ônibus com centenas de policiais se dirigiram para outras zonas do centro da capital (REUTERS/Alexander Demianchuk)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 08h33.

Kiev - A polícia e agentes do Ministério do Interior deixaram nesta quarta-feira a Praça da Independência, em Kiev, após retirar durante a madrugada as barricadas instaladas no local, principal reduto dos protestos opositores.

Ônibus com centenas de policiais se dirigiram para outras zonas do centro da capital, como a sede do governo.

Após a saída dos agentes, os manifestantes começaram a erguer novas barricadas nos acessos da praça, onde milhares de pessoas se concentram.

"Para casa, para casa!", gritaram os manifestantes enquanto os soldados do temido destacamento antidistúrbios Berkut entravam nos ônibus e abandonavam a área.

A polícia também levantou os cordões que tinha instalado na avenida Kreschatik, a principal artéria da cidade, em cujo centro está localizada a Praça da Independência, conhecida popularmente como Euromaidan (maidan é praça em ucraniano).

Além disso, as autoridades locais reabriram várias estações de metrô.

Após a ação policial desta noite os opositores começaram a exigir não só a renúncia do governo, mas também a do próprio presidente, Viktor Yanukovich.


Yanukovich "cuspiu na cara dos Estados Unidos, dos países da União Europeia e dos 46 milhões de ucranianos. Não o perdoaremos", disse Arseni Yatseniuk, um dos líderes opositores.

Yatseniuk afirmou que na praça "hoje há milhares, ontem eram centenas e amanhã serão milhões e o regime de Yanukovich cairá".

Na manhã de hoje, o primeiro-ministro, Nikolai Azarov, assegurou que a polícia não dissolverá pela força os manifestantes concentrados na Praça da Independência.

"Não se usará a força contra os manifestantes. Do que se trata é limpar as ruas para garantir o funcionamento normal da cidade", disse.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, condenou hoje o uso da força pela polícia antidistúrbios "sob a cobertura da noite para agir mediante o uso da força".

Os participantes dos protestos se mantêm na Praça da Independência, assim como na Casa dos Sindicatos e na prefeitura de Kiev, edifícios ocupados pelos manifestantes no dia 1º de dezembro.

A secretária adjunta dos EUA para Assuntos Europeus, Victoria Nuland, visitou hoje a Praça da Independência, onde foi recebida pelos manifestantes com gritos de "Que deus a abençoe".

Nuland, que estava acompanhada do embaixador americano em Kiev, Geoffrey Pyatt, dividiu algumas bolachas com os manifestantes e depois fez o mesmo com um grupo de policais.

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Kiev - A polícia e agentes do Ministério do Interior deixaram nesta quarta-feira a Praça da Independência, em Kiev, após retirar durante a madrugada as barricadas instaladas no local, principal reduto dos protestos opositores.

Ônibus com centenas de policiais se dirigiram para outras zonas do centro da capital, como a sede do governo.

Após a saída dos agentes, os manifestantes começaram a erguer novas barricadas nos acessos da praça, onde milhares de pessoas se concentram.

"Para casa, para casa!", gritaram os manifestantes enquanto os soldados do temido destacamento antidistúrbios Berkut entravam nos ônibus e abandonavam a área.

A polícia também levantou os cordões que tinha instalado na avenida Kreschatik, a principal artéria da cidade, em cujo centro está localizada a Praça da Independência, conhecida popularmente como Euromaidan (maidan é praça em ucraniano).

Além disso, as autoridades locais reabriram várias estações de metrô.

Após a ação policial desta noite os opositores começaram a exigir não só a renúncia do governo, mas também a do próprio presidente, Viktor Yanukovich.


Yanukovich "cuspiu na cara dos Estados Unidos, dos países da União Europeia e dos 46 milhões de ucranianos. Não o perdoaremos", disse Arseni Yatseniuk, um dos líderes opositores.

Yatseniuk afirmou que na praça "hoje há milhares, ontem eram centenas e amanhã serão milhões e o regime de Yanukovich cairá".

Na manhã de hoje, o primeiro-ministro, Nikolai Azarov, assegurou que a polícia não dissolverá pela força os manifestantes concentrados na Praça da Independência.

"Não se usará a força contra os manifestantes. Do que se trata é limpar as ruas para garantir o funcionamento normal da cidade", disse.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, condenou hoje o uso da força pela polícia antidistúrbios "sob a cobertura da noite para agir mediante o uso da força".

Os participantes dos protestos se mantêm na Praça da Independência, assim como na Casa dos Sindicatos e na prefeitura de Kiev, edifícios ocupados pelos manifestantes no dia 1º de dezembro.

A secretária adjunta dos EUA para Assuntos Europeus, Victoria Nuland, visitou hoje a Praça da Independência, onde foi recebida pelos manifestantes com gritos de "Que deus a abençoe".

Nuland, que estava acompanhada do embaixador americano em Kiev, Geoffrey Pyatt, dividiu algumas bolachas com os manifestantes e depois fez o mesmo com um grupo de policais.

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