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Plano da China de limitar CO2 é um avanço para o clima

Segundo governo, país estabelecerá um teto para suas emissões de CO2 a partir de 2016

Mulher cobre o rosto para se proteger da poluição na praça de Tiananmen, em Pequim (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 16h44.

Pequim - A China estabelecerá um teto para suas emissões de CO2 a partir de 2016, disse um destacado conselheiro do governo nesta segunda-feira, um dia após os Estados Unidos terem anunciado novas metas para seu setor de energia, indicando assim uma potencial superação de diferenças em duras negociações climáticas na Organização das Nações Unidas (ONU).

O progresso nas negociações climáticas globais tem sido frequentemente frustrado por uma grande divisão entre países ricos e pobres, liderados pelos Estados Unidos e pela China, respectivamente, sobre quem deveria adotar mais medidas para reduzir emissões.

Mas a declaração do conselheiro aliada ao anúncio dos EUA levaram otimismo entre os observadores, que esperam ver o fim de décadas de impasse na questão.

As medidas estão sendo divulgadas antes de um encontro global sobre mudanças climáticas na quarta-feira, na Alemanha.

A China, maior emissor do mundo, vai estabelecer um teto para suas emissões de CO2 quando seu próximo plano quinquenal entrar em vigor em 2016, disse He Jiankun, presidente do Comitê Consultivo de Mudanças Climáticas da China, em uma coletiva em Pequim.

As emissões de carbono na economia chinesa, ainda dependente de carvão, devem continuar a crescer até 2030, mas estabelecer um teto absoluto significa que a questão será mais regulamentada.

"O anúncio chinês marca, potencialmente, o ponto mais importante de mudanças na questão climática em uma década no cenário mundial”, disse Michael Grubb, professor de energia internacional e políticas climáticas da Universidade de Londres.

São Paulo – A China é o terceiro país com a pior qualidade do ar de uma lista com 178 países, segundo o Environmental Performance Index (EPI), ranking bienal elaborado por uma equipe de especialistas das universidades americanas de Yale e de Columbia. Nesta semana, Pequim , a capital chinesa, foi considerada uma cidade imprópria para um ser humano viver, de tão elevados os níveis de partículas nocivas em suspensão no ar. As condições do ar foram um dos índices utilizados para avaliar o desempenho ambiental no ranking EPI, que elege os países mais verdes do mundo. Esta categoria avalia a exposição média da população à poluição pelas chamadas PM2.5, partículas finas e inaláveis com diâmetro inferior a 2,5μm (micro-metros) que se instalam nos alvéolos pulmonares e bronquiolos no pulmão. Também é levado em conta a exposição à poluição interior, dentro de residências, causada em sua maior parte pela queima de combustíveis sólidos, como resíduos de colheitas, estrume e carvão. Veja a seguir os 10 países onde respirar coloca a própria vida em risco.
  • 2. Bangladesh

    2 /12(Munir Uz Zaman/AFP)

  • Veja também

    População: 154,7 milhões
    PIB per capita: US$ 840,00 Qualidade do ar geral – 13,83 pontos / 100 Qualidade do ar interior – 9 pontos / 100
    Exposição às nocivas PM2.5*– 32,49 pontos / 100

    * partículas inaláveis finas com diâmetro inferior a 2,5μm (micro-metros) que se instalam nos alvéolos pulmonares e bronquiolos no pulmão
  • 3. Nepal

    3 /12(Paula Bronstein/Getty Images)

  • População: 27.47 milhões
    PIB per capita: US$ 700,00 Qualidade do ar geral – 13,23 pontos / 100
    Qualidade do ar interior – 18 pontos / 100
    Exposição às nocivas PM2.5 – 30.69 pontos/ 100
  • 4. China

    4 /12(Getty Images)

    População: 1.3 bilhão
    PIB per capita: US$ 5.680,00 Qualidade do ar geral – 18,81 pontos / 100
    Qualidade do ar interior – 54 pontos / 100
    Exposição às nocivas PM2.5 – 2.44 pontos / 100
  • 5. Paquistão

    5 /12(Getty Images)

    População: 179.16 milhões
    PIB per capita: US$ 1.260,00 Qualidade do ar geral – 23,02 pontos /100
    Qualidade do ar interior – 36 pontos/100
    Exposição às nocivas PM2.5 – 33,06 pontos/100
  • 6. Índia

    6 /12(Getty Images)

    População: 1,2 bilhão
    PIB per capita: US$ 1.530,00 Qualidade do ar geral – 23,24 pontos / 100
    Qualidade do ar interior – 42 pontos / 100

    Exposição às nocivas PM2.5 – 27,72 pontos/100
  • 7. Laos

    7 /12(Andy Wright/ WikimediaCommons)

    População: 6.65 milhões
    PIB per capita: US$ 1.260,00

    Qualidade do ar geral – 29,23 pontos/100

    Qualidade do ar interior – 4 pontos/100
    Exposição às nocivas PM2.5 – 53,47 pontos/100
  • 8. Butão

    8 /12(Wilimedia Commons)

    População: 740 mil
    PIB per capita: US$ 2.420,00 Qualidade do ar geral – 60 pontos / 100
    Qualidade do ar interior – 50,48 pontos / 100
    Exposição às nocivas PM2.5 – 24,1 pontos / 100
  • 9. Mianmar

    9 /12(Reuters/Minzayar)

    População: 52.80 milhões
    PIB per capita: US$ 1.144,00 Qualidade do ar geral – 47,68 pontos/100 Qualidade do ar interior – 8 pontos/100
    Exposição às nocivas PM2.5 – 78,56 pontos/100
  • 10. Vietnã

    10 /12(Wikimedia Commons)

    População: 88.78 milhões
    PIB per capita: US$ 1.400,00 Qualidade do ar geral – 51,32 pontos / 100
    Qualidade do ar interior – 44 pontos / 100
    Exposição às nocivas PM2.5 – 63,92 pontos / 100
  • 11. República Democrática do Congo

    11 /12(Getty Images)

    População: 65.71 milhões
    PIB per capita: US$ 220,00
    Qualidade do ar geral – 56,26 pontos / 100
    Qualidade do ar interior – 7 pontos / 100
    Exposição às nocivas PM2.5 – 91,26 / 100
  • 12. Eles dão exemplo

    12 /12(Wikimedia Commons)

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