Exame Logo

Petrobras reduz previsão de produção em 1 milhão de barris/dia

O volume representa metade do que a estatal produz atualmente no Brasil

Barco da Petrobras: no plano anterior, a companhia esperava produzir mais de 3 milhões de barris já em 2015 (Agência Petrobras/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 16h44.

Rio de Janeiro - A Petrobras produzirá 1 milhão de barris diários de petróleo a menos do que previa anteriormente, de acordo com dados da nova curva de produção da companhia até 2020, disse nesta segunda-feira a presidente da empresa, Maria das Graças Foster, em evento para detalhar o plano de negócios para o período 2012-2016.

O volume representa metade do que a estatal produz atualmente no Brasil. Em 2016, agora a empresa prevê produzir cerca de 2,5 milhões de barris/dia, e em 2020 a Petrobras projeta 4,2 milhões de barris/dia, cerca de 700 mil barris diários a menos que a previsão anterior, de 4,9 milhões de barris diários.

No plano anterior, a companhia esperava produzir mais de 3 milhões de barris já em 2015.

Segundo a presidente da Petrobras, que prefere ser chamada de Graça Foster, a redução das perspectivas futuras de produção foi necessária porque as metas anteriores "eram ousadas demais", e agora os objetivos são realistas.

"A minha primeira ação foi a revisão da meta, pautada em projetos reais. Durante três meses a equipe revisitou os projetos, trabalhando intensamente na revisão da capacidade de produção, e com metas realistas e visão pragmática nós definimos que a curva de produção para o período até 2020 terá uma redução próxima a 1 milhão de barris de petróleo (por dia), disse Graça Foster.


A executiva disse que nos últimos oito planos de negócios a Petrobras não conseguiu cumprir o que foi prometido. A nova curva representa um atraso de dois a três anos na produção da estatal, segundo o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa.

Baixa eficiência

Além da mudança no cronograma de produção, a baixa eficiência da bacia de Campos, de onde provém a maior parte do petróleo extraído no Brasil, é uma das principais causas da redução da curva de produção projetada para os próximos anos, disse ela.

Em 2008, havia uma eficiência operacional de 89 por cento em Campos, e em 2011 esse percentual caiu para 71 por cento, segundo o diretor de exploração e produção da estatal, José Formigli, em meio ao declínio natural da produção dos poços.

Para recuperar a produtividade em Campos a empresa deverá lançar nos próximos dias um programa de aumento de eficiência, prevendo retomar para o patamar de 90 por cento em 2016, segundo Formigli.

Esse programa prevê uma campanha intensiva de recuperação de poços e a substituição de equipamentos, por exemplo.

Outro motivo da redução das metas de produção, segundo Graça Foster, é o atraso na entrega de equipamentos.

"Das 10 sondas de perfuração feitas no exterior que teríamos que receber em 2011, com conteúdo local zero, algumas chegaram a ter 542 dias de atraso", afirmou ela.

Neste ano, a média de atraso se manteve, e, das 14 sondas previstas para entrega neste ano, todas construídas no exterior, apenas sete foram recebidas e estão em operação.

No novo orçamento da Petrobras, 90 bilhões de dólares vão para desenvolvimento da produção e 25 bilhões de dólares para exploração, disse o diretor de Exploração e Produção da estatal, José Formigli, nesta segunda-feira.

Ele afirmou ainda que a empresa tem 19 novos projetos de produção de petróleo até 2016 e 38 projetos previstos até 2020.

Veja também

Rio de Janeiro - A Petrobras produzirá 1 milhão de barris diários de petróleo a menos do que previa anteriormente, de acordo com dados da nova curva de produção da companhia até 2020, disse nesta segunda-feira a presidente da empresa, Maria das Graças Foster, em evento para detalhar o plano de negócios para o período 2012-2016.

O volume representa metade do que a estatal produz atualmente no Brasil. Em 2016, agora a empresa prevê produzir cerca de 2,5 milhões de barris/dia, e em 2020 a Petrobras projeta 4,2 milhões de barris/dia, cerca de 700 mil barris diários a menos que a previsão anterior, de 4,9 milhões de barris diários.

No plano anterior, a companhia esperava produzir mais de 3 milhões de barris já em 2015.

Segundo a presidente da Petrobras, que prefere ser chamada de Graça Foster, a redução das perspectivas futuras de produção foi necessária porque as metas anteriores "eram ousadas demais", e agora os objetivos são realistas.

"A minha primeira ação foi a revisão da meta, pautada em projetos reais. Durante três meses a equipe revisitou os projetos, trabalhando intensamente na revisão da capacidade de produção, e com metas realistas e visão pragmática nós definimos que a curva de produção para o período até 2020 terá uma redução próxima a 1 milhão de barris de petróleo (por dia), disse Graça Foster.


A executiva disse que nos últimos oito planos de negócios a Petrobras não conseguiu cumprir o que foi prometido. A nova curva representa um atraso de dois a três anos na produção da estatal, segundo o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa.

Baixa eficiência

Além da mudança no cronograma de produção, a baixa eficiência da bacia de Campos, de onde provém a maior parte do petróleo extraído no Brasil, é uma das principais causas da redução da curva de produção projetada para os próximos anos, disse ela.

Em 2008, havia uma eficiência operacional de 89 por cento em Campos, e em 2011 esse percentual caiu para 71 por cento, segundo o diretor de exploração e produção da estatal, José Formigli, em meio ao declínio natural da produção dos poços.

Para recuperar a produtividade em Campos a empresa deverá lançar nos próximos dias um programa de aumento de eficiência, prevendo retomar para o patamar de 90 por cento em 2016, segundo Formigli.

Esse programa prevê uma campanha intensiva de recuperação de poços e a substituição de equipamentos, por exemplo.

Outro motivo da redução das metas de produção, segundo Graça Foster, é o atraso na entrega de equipamentos.

"Das 10 sondas de perfuração feitas no exterior que teríamos que receber em 2011, com conteúdo local zero, algumas chegaram a ter 542 dias de atraso", afirmou ela.

Neste ano, a média de atraso se manteve, e, das 14 sondas previstas para entrega neste ano, todas construídas no exterior, apenas sete foram recebidas e estão em operação.

No novo orçamento da Petrobras, 90 bilhões de dólares vão para desenvolvimento da produção e 25 bilhões de dólares para exploração, disse o diretor de Exploração e Produção da estatal, José Formigli, nesta segunda-feira.

Ele afirmou ainda que a empresa tem 19 novos projetos de produção de petróleo até 2016 e 38 projetos previstos até 2020.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame