59% dos americanos quer mudanças para acabar com racismo
Relatório divulgado pelo Centro Pew Research divulgou que 6 de cada 10 americanos acham que o país precisa mudar as políticas para garantir direitos iguais
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2015 às 10h14.
Washington - Seis de cada dez americanos (59%) acham que seu país precisa mudar suas políticas para acabar com o racismo e conseguir que os afro-americanos tenham os mesmos direitos que os brancos, segundo um novo relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Centro Pew Research.
A publicação do estudo coincide com a celebração hoje do meio século de vida da histórica Lei de Direito ao Voto, assinada pelo então presidente Lyndon B. Johnson para acabar com os impedimentos que impediam os afro-americanos de votar.
O centro Pew Research destaca que, durante o último ano, se produziu um aumento substancial do número de americanos - de todos os grupos raciais e étnicos - que considera que o racismo é um dos grandes problemas do país.
Concretamente, 59% dos indagados pensa que devem ser promovidas mudanças para conseguir uma maior igualdade de direitos, enquanto 32% acredita que o país já fez mudanças suficientes para conseguir a igualdade reivindicada pelo movimento pelos direitos civis com suas marchas e atos de resistência pacífica.
Os EUA viveram vários momentos carregados de tensão racial nos últimos meses, especialmente desde a morte em Ferguson (Missouri) em agosto do ano passado do jovem negro Michael Brown, desarmado, por um policial branco, que depois foi exonerado de todas as acusações.
Depois de Brown ocorreram mais casos de morte de afro-americanos por policiais brancos em circunstâncias controvertidas, como Eric Garner, que morreu em julho de 2014 asfixiado em Nova York, e Freddie Gray, morto em Baltimore sob custódia policial.
Segundo o Pew, as mudanças se manifestaram especialmente na opinião pública dos brancos, pois agora 53% deles pensa que é preciso fazer mais para conseguir a igualdade racial, um número muito maior que o do ano passado, quando só 39% respaldava esta ideia.
Os afro-americanos advogaram sempre em grande número pela continuidade das mudanças para conseguir justiça, igualdade e respeito, mas o número de membros desta comunidade que alçou sua voz por esta causa aumentou este ano até 86%, um número especialmente alto, segundo o Pew.
Do mesmo modo, metade das pessoas consultadas pensa que o racismo é um grande problema nos EUA, enquanto que, há cinco anos, apenas 33% apoiava esta ideia.
A percepção que o racismo é um dos maiores problemas dos EUA é menor entre os brancos (44%), embora este número tenha aumentado 17 pontos desde 2010.
Em sua análise, o Pew destaca que a evolução da opinião pública se produziu em todas as regiões do país e todos os grupos demográficos.
As maiores diferenças se encontram na categoria de partidos políticos, pois enquanto 78% dos democratas pensa que se deve dar um passo à frente para acabar com as diferenças raciais, apenas 42% dos republicanos defende essa tese.
Para realizar a análise, entre os dias 14 e 20 de julho deste ano, o Pew efetuou entrevistas por telefone com 2.002 adultos de mais de 18 anos que vivem nos 50 estados do país e no Distrito de Columbia, onde se encontra a capital federal.
A pesquisa tem uma margem de erro igual ou menor a 2,5%.
Washington - Seis de cada dez americanos (59%) acham que seu país precisa mudar suas políticas para acabar com o racismo e conseguir que os afro-americanos tenham os mesmos direitos que os brancos, segundo um novo relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Centro Pew Research.
A publicação do estudo coincide com a celebração hoje do meio século de vida da histórica Lei de Direito ao Voto, assinada pelo então presidente Lyndon B. Johnson para acabar com os impedimentos que impediam os afro-americanos de votar.
O centro Pew Research destaca que, durante o último ano, se produziu um aumento substancial do número de americanos - de todos os grupos raciais e étnicos - que considera que o racismo é um dos grandes problemas do país.
Concretamente, 59% dos indagados pensa que devem ser promovidas mudanças para conseguir uma maior igualdade de direitos, enquanto 32% acredita que o país já fez mudanças suficientes para conseguir a igualdade reivindicada pelo movimento pelos direitos civis com suas marchas e atos de resistência pacífica.
Os EUA viveram vários momentos carregados de tensão racial nos últimos meses, especialmente desde a morte em Ferguson (Missouri) em agosto do ano passado do jovem negro Michael Brown, desarmado, por um policial branco, que depois foi exonerado de todas as acusações.
Depois de Brown ocorreram mais casos de morte de afro-americanos por policiais brancos em circunstâncias controvertidas, como Eric Garner, que morreu em julho de 2014 asfixiado em Nova York, e Freddie Gray, morto em Baltimore sob custódia policial.
Segundo o Pew, as mudanças se manifestaram especialmente na opinião pública dos brancos, pois agora 53% deles pensa que é preciso fazer mais para conseguir a igualdade racial, um número muito maior que o do ano passado, quando só 39% respaldava esta ideia.
Os afro-americanos advogaram sempre em grande número pela continuidade das mudanças para conseguir justiça, igualdade e respeito, mas o número de membros desta comunidade que alçou sua voz por esta causa aumentou este ano até 86%, um número especialmente alto, segundo o Pew.
Do mesmo modo, metade das pessoas consultadas pensa que o racismo é um grande problema nos EUA, enquanto que, há cinco anos, apenas 33% apoiava esta ideia.
A percepção que o racismo é um dos maiores problemas dos EUA é menor entre os brancos (44%), embora este número tenha aumentado 17 pontos desde 2010.
Em sua análise, o Pew destaca que a evolução da opinião pública se produziu em todas as regiões do país e todos os grupos demográficos.
As maiores diferenças se encontram na categoria de partidos políticos, pois enquanto 78% dos democratas pensa que se deve dar um passo à frente para acabar com as diferenças raciais, apenas 42% dos republicanos defende essa tese.
Para realizar a análise, entre os dias 14 e 20 de julho deste ano, o Pew efetuou entrevistas por telefone com 2.002 adultos de mais de 18 anos que vivem nos 50 estados do país e no Distrito de Columbia, onde se encontra a capital federal.
A pesquisa tem uma margem de erro igual ou menor a 2,5%.