Peru lidera produção mundial de coca
Em 2010, a superfície cultivada com folha de coca chegou a 61.200 hectares e em 2011 foi de 62.500 hectares, de acordo com o monitoramento
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 17h44.
Lima - O Peru é o maior produtor mundial de coca, o insumo da cocaína , apesar de ter reduzido seu cultivos para 60.400 hectares no país em 2012, queda de 3,4% em relação ao ano anterior, informou nesta terça-feira a presidente à Comissão de Desenvolvimento e Vida sem Drogas (Devida), Carmen Masías.
Durante a apresentação do relatório Monitoração de Cultivos de Coca 2012, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Delito (UNODC), Masías confirmou que o Peru "é o maior produtor de coca, o que não é uma surpresa" para o governo peruano.
Com as 60.400 hectares registradas no monitoramento no Peru em 2012 "superamos a Colômbia, que tem 48 mil hectares de folha de coca", reconheceu Masías em declarações aos jornalistas.
O representante da UNODC para o Peru e Equador, Flavio Mirella, apresentou o relatório, realizado em conjunto com a Devida, que mostra que a queda de 3,4% é "um ponto de quebra importante" depois de sete anos de crescimento contínuo.
Em 2010, a superfície cultivada com folha de coca chegou a 61.200 hectares e em 2011 foi de 62.500 hectares, de acordo com o monitoramento.
Em relação à oferta da folha seca (primeiro passo para a elaboração da droga), Mirella informou que foi calculada em 128.739 toneladas, o que representa uma redução de 1,9% em relação a 2011, das quais 119.739 toneladas são utilizadas pelo narcotráfico e nove mil no consumo tradicional do mascado ou "chacchado".
Sobre as novas regiões detectadas, como por exemplo, na região de Loreto, na fronteira com o Brasil, que cresceu 73%, e em Puno, fronteiriça com a Bolívia, que cresceu 14,8% em 2012, Masía diz que é preciso atacar outras frentes.
"É preciso trabalhar em todas as frentes, estamos trabalhamos arduamente com a guarda-costeira, no desenvolvimento em Caballococha (Loreto), e temos operações conjuntas com o Brasil, nas quais foram destruídos 43 laboratórios clandestinos", disse a titular da Devida.
Outra região de preocupação para o governo peruano é o Vale dos rios Apurímac, Jan e Mantaro (VRAEM), onde "toda a coca cultivada vai para o narcotráfico", afirmou Masías.
O VRAEM é a região com mais coca por hectare do país, pois nessa selva, no sul do Peru, "há cem mil plantas por hectare, em comparação com 30 mil ou 60 mil plantas que podem ter em outras áreas", precisou Masías.
"A vontade política do presidente (Ollanta) Humala é entrar no VRAEM", mas são necessárias "estratégias diferentes" pela presença terrorista e os assassinatos, disse.
Na atualidade, as ações de interdição para erradicar os cultivos de folha de coca se concentram nas regiões de Huánuco e Ucayali, onde foram destruídos 14.234 hectares em 2012, um aumento de 38% em relação a 2011.
Mirella afirmou que a redução de cultivos registrada ano passado pode ser atribuída aos esforços do Estado na erradicação e ao investimento no combate ao narcotráfico, motivos pelos quais estimou que a tendência de baixa pode continuar no próximo ano.
A monitoração também mostrou que o preço do quilo de cocaína no Peru foi de US$ 993 em 2012, enquanto na Colômbia é de US$ 2.473 dólares e na Bolívia a US$ 2.479.
Lima - O Peru é o maior produtor mundial de coca, o insumo da cocaína , apesar de ter reduzido seu cultivos para 60.400 hectares no país em 2012, queda de 3,4% em relação ao ano anterior, informou nesta terça-feira a presidente à Comissão de Desenvolvimento e Vida sem Drogas (Devida), Carmen Masías.
Durante a apresentação do relatório Monitoração de Cultivos de Coca 2012, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Delito (UNODC), Masías confirmou que o Peru "é o maior produtor de coca, o que não é uma surpresa" para o governo peruano.
Com as 60.400 hectares registradas no monitoramento no Peru em 2012 "superamos a Colômbia, que tem 48 mil hectares de folha de coca", reconheceu Masías em declarações aos jornalistas.
O representante da UNODC para o Peru e Equador, Flavio Mirella, apresentou o relatório, realizado em conjunto com a Devida, que mostra que a queda de 3,4% é "um ponto de quebra importante" depois de sete anos de crescimento contínuo.
Em 2010, a superfície cultivada com folha de coca chegou a 61.200 hectares e em 2011 foi de 62.500 hectares, de acordo com o monitoramento.
Em relação à oferta da folha seca (primeiro passo para a elaboração da droga), Mirella informou que foi calculada em 128.739 toneladas, o que representa uma redução de 1,9% em relação a 2011, das quais 119.739 toneladas são utilizadas pelo narcotráfico e nove mil no consumo tradicional do mascado ou "chacchado".
Sobre as novas regiões detectadas, como por exemplo, na região de Loreto, na fronteira com o Brasil, que cresceu 73%, e em Puno, fronteiriça com a Bolívia, que cresceu 14,8% em 2012, Masía diz que é preciso atacar outras frentes.
"É preciso trabalhar em todas as frentes, estamos trabalhamos arduamente com a guarda-costeira, no desenvolvimento em Caballococha (Loreto), e temos operações conjuntas com o Brasil, nas quais foram destruídos 43 laboratórios clandestinos", disse a titular da Devida.
Outra região de preocupação para o governo peruano é o Vale dos rios Apurímac, Jan e Mantaro (VRAEM), onde "toda a coca cultivada vai para o narcotráfico", afirmou Masías.
O VRAEM é a região com mais coca por hectare do país, pois nessa selva, no sul do Peru, "há cem mil plantas por hectare, em comparação com 30 mil ou 60 mil plantas que podem ter em outras áreas", precisou Masías.
"A vontade política do presidente (Ollanta) Humala é entrar no VRAEM", mas são necessárias "estratégias diferentes" pela presença terrorista e os assassinatos, disse.
Na atualidade, as ações de interdição para erradicar os cultivos de folha de coca se concentram nas regiões de Huánuco e Ucayali, onde foram destruídos 14.234 hectares em 2012, um aumento de 38% em relação a 2011.
Mirella afirmou que a redução de cultivos registrada ano passado pode ser atribuída aos esforços do Estado na erradicação e ao investimento no combate ao narcotráfico, motivos pelos quais estimou que a tendência de baixa pode continuar no próximo ano.
A monitoração também mostrou que o preço do quilo de cocaína no Peru foi de US$ 993 em 2012, enquanto na Colômbia é de US$ 2.473 dólares e na Bolívia a US$ 2.479.